01 dezembro 2013

O direito a desopilar de vez em quando

Vasco Pulido Valente no seu melhor


De vez em quando, nem que seja para desopilar um bocado, não faz mal nenhum voltar a Vasco Pulido Valente e às suas frequentes incongruênCias, arrogâncias e patetices.

Por isso aqui se regista que a sua crónica de hoje no Público arranca assim (atenção aos meus sublinhados):«Um dia em 1984 ou 85, no meio de uma daquelas zaragatas em que os portugueses são especialistas, escrevi que o fim do “marcelismo” tinha sido a época mais feliz da minha vida. A indignação dos jornalistas foi grande: só um monstro podia gostar de viver sob uma ditadura. Em 1973, com o doutoramento acabado de fazer, alguns tostões para gastar no Gambrinus e a certeza mais maciça que o regime não durava muito, o mundo não me parecia mal
Comentário seco:que eu saiba o «fim do marcelismo» só ocorreu com o 25 de Abril de 1974 e por isso não percebo como pode VPV situar a questão em 1973 ou porque raio haviam os jornalistas, segundo diz VPV, de o acusar de «gostar de viver sob uma ditadura». Mas como Vasco Pulido Valente é historiador, quem sabe se não estará a preparar alguma obra que nos traga a surpresa de nos revelar que entre «o fim do marcelismo» e o 25 de Abril de 1974 houve outro Presidente do Conselho que malevolamente todos apagámos da memória e da história.

P.S.: Nesta crónica, além de chamar «coronel anafalbeto» a Vasco Gonçalves (coisa perfeitamente digna da sarjeta mental que é a cabeça do autor), Vasco Pulido Valente refere também que não vieram as coisas boas que ele esperava mas «Veio o dr. Cunhal com a ambição de transformar Portugal numa espécie de Bulgária do Sul.». A este respeito, a coisa caluniosa também é estranha pois dizem os mapas que a Bulgária já é e era um país do Sul da Europa pelo que aquela de transformar Portugal numa Bulgária do Sul até faz crer que, para VPV, a Bulgária estará no sítio que os mapas atribuem à Dinamarca.


11 comentários:

  1. Mas vale a pena perder tempo com VPV e outros que tais, que recebem pelo que escrevem e embolsam cf os caracteres com espaços ? Dar-lhes o palco ? Às vezes VPV escreve alguma coisa de jeito, mas na maior parte dos casos faz parte daquela "tertúlia" saxónica que espadeira nos jornais de "reverência"

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  2. Vitor Dias
    VPV já todos o conhecemos está sempre do "lado errado da vida" é assim e com a idade já não muda. Julgo no entanto que o teu reparo sobre a parte em que ele escreve "só um monstro podia gostar de viver em ditadura" não são os jornalistas que dizem, mas sim VPV a pensar que eles pensam.Se for assim a critica não se põe.A hora já vai tarde e se calhar sou eu que não estou certo.Não precisas de publicar. Até sempre!

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    1. Caro Adelino: não há no meu texto nenhuma crítica aos jornalistas. Mas vou fazer uma pequena emenda para evitar qualquer dúvida.

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  3. Creio que quando VPV fala de "o fim do marcelismo" se refere aos últimos tempos do marcelismo, antes do 25 de Abril. Ainda torna a coisa pior, ser esse o melhor tempo das

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    1. Caro Vasconcelos-Costa:

      Pelo desculpa mas recuso-me terminantemente a acreditar que um tão gabado prosador e cultor da língua portuguesa querendo escrever «os últimos tempos do marcelismo» tivesse escrito o «fim do marcelismo». Isso só seria de admitir em quem, como eu, escreve com os pés.

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  4. qual a alternativa, Nogueira? deixá-lo sem contraditório em lado nenhum?

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    1. Aí está o busílis. Não se pode deixar sem contraditório e sem mostrar que afinal o rei vai mesmo nu.
      De

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    2. os jornais de "reverência" têm tantos escribas da treta, no Público como no Expresso, que o nosso tempo não chega para "responder" a todos. Há uns mais "influentes" que outros, "adaptando" JPP; mas achei oportuno o post sobre Correia de Campos, p.ex. :-)

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  5. Que confusão de texto esse do VPV. Não dá para entender!!!

    Um beijo.

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