31 janeiro 2021

Jazz para o seu domingo

 The Straggler
de Nick Lombardelli



Zipline
com Tom Tallischt...


...  e Tid (Time)
por Tobias Grim

30 janeiro 2021

Apocalipse

 Os 60,7% de Marcelo
 subiram-lhes à cabeça


No último «Expresso» Miguel Sousa Tavares propõs que o Presidente demita o governo e forme um governo de iniciativa presidencial. E no «DN» Santana Lopes, enquanto não regressa à casa-mãe, defende a formação de um «governo de emergência nacional».

Por grandes que sejam as críticas ao actual governo, a solução adiantada por estes dois cavaleiros do apocalipse nada traria de melhor, é dificilmente compatível com o actual desenho constitucional e apenas traduz a desmedida ânsia da direita de voltar ao poder nem que seja a meias com alguém.

Santa paciência

 Escrever
por ouvir dizer

«A extrema-direita do burgo rejubila com a hipótese de retirar eleitores ao partido comunista, ou à esquerda, o que aconteceu nestas eleições no Alentejo».

- Clara Ferreira Alves,
no «Expresso» de 29.1.2021

A fantasia em que Clara Ferreira Alves caiu já foi esclarecida aqui e em muitos outros lados. Por isso, apenas me resta sugerir à distinta cronista que, na sua próxima e sempre bela prosa (falo a sério), aborde a avalanche de votos comunistas recebidos por André Ventura na Quinta da Marinha, em Cascais, na freguesia da Estrela em Lisboa e na freguesia da Foz no Porto. 

Porque hoje é sábado ( )

 Ani DiFranco


Aposto singelo contra dobrado

 Vão ver que é só garganta



28 janeiro 2021

É demais !

 Desgraçada informação

Uma avaria no sistema de condutas de oxigènio é transformada em falta de oxigênio.Directos e mais directos das filas de ambulâncias às portas de hospitais mas depois, quando um administrador hospitalar explica o que verdadeiramente se passa (só 15% eram casos urgentes, recurso em parte injustificado dos utentes a ambulâncias, número considerável de casos não-covid), logo lhe cortam o pio. A palavra caos é repetida quatro ou cinco vezes num telejornal. Por muito grave que a situação seja, e é, estamos com telejornais que sopram o pânico irresponsavelmente. E este frenesim noticioso e esta avidez pela desgraça só podem dar mau resultado.

Despedimentos colectivos

 O outro lado da pandemia

«O número de processos de despedimento coletivo mais do que duplicou em 2020 face ao ano anterior, para 698, tendo sido despedidos 7.513 trabalhadores, os valores mais altos desde 2013, pico da anterior crise, segundo dados oficiais» (JN)

26 janeiro 2021

INTERMEZZO

Voltando sempre
 a Lila Downs



Sondagem

 Ora tomem !

Sondagem da Aximage para a TSF sobre transferência de votos de presidenciais para partidos em legislativas


Se não há transferências para a CDU também é provável que poucos eleitores da CDU tenham votado Ventura ou Marcelo
Nota: com isto não se pretende negar que eleitores da CDU possam ter votado Ventura e Marcelo. O que fica demonstrado é que não têm relevância estística.

25 janeiro 2021

Parem com a fantasia

 A segunda
manobra da noite

A segunda manobra da noite eleitoral foi protagonizada por numerosos jornalistas. comentadores e políticos (aqui com destaque para Rui Rio que quase subia às nuvens de satisfação) procurando inculcar a ideia de que no Alentejo teria havido uma grande transferência de votos do PCP para André Ventura só porque este ficou em 2º lugar em Portalegre, Évora e Beja.

A manobra não tem o mais pequeno fundamento pela simples razão de que presidenciais só comparam com presidenciais. E esta comparação o que revela é que João Ferreira teve nesses distritos   sensivelmente os mesmos votos e percentagem que o candidato do PCP em 2016 quando não houve André Ventura na corrida,não  se detectando por isso qualquer relevante transferência de votos para André Ventura.

Melhor seria Rui Rio reparar no seguinte: em Bragança André Ventura teve 17,59% ( mais do que em 2 nos 3 distritos alentejanos) e não foi certamente à custa de transferências de votos do PCP mas sim do PSD e CDS.

24 janeiro 2021

Rescaldo

A manobra da noite

Mais do que avaliar cada resultado dos candidatos, o que me importa é sublinhar a falta de fundamento de um PSD e CDS e de uma Manuela Ferreira Leite na TVI que. em bicos de pés, puxam dos galões de apoiantes de Marcelo e pretendem inculcar a ideia de que estas presidenciais seriam umas novas legislativas e mostrariam um país  já maioritariamente voltado para a direita.  A especificidade de eleições presidenciais não autoriza esta manobra de propaganda que certamente terá prolongamentos a partir de amanhã.

Melhor faria a direita em   atentar como André Ventura  se posiciona como parte constitutiva de qualquer eventual solução governativa à direita mas já sabemos que isso não os incomoda. Mesmo que legislativas não sejam o mesmo que presidenciais (em França Marine Le Pen teve 33% nas presidenciais e nas legislativas seguintes teve 13%)

Quanto ao mais voltou a acontecer que, numa eleição extrordináriamente dificil, uma campanha digna, competente e qualificada  como a de João Ferreira   não teve o reconhecimento  eleitoral que merecia. É uma frase feita e talvez gasta mas a verdade   é que a luta continua.          

23 janeiro 2021

A boa escolha


na segunda linha a contar do fim do boletim de voto

Porque
a seriedade, a preparação, a elevação
e a coerência merecem ser reconhecidas.
Porque
os votos em João Ferreira não se esgotam no
 dia 24 nem servem apenas para melhorar
a sua biografia, antes se projectarão num 
caminho de lutas pelo progresso e justiça
social na sociedade portuguesa.
Porque
uma boa votação em João Ferreira muita mossa
 fará e muito doerá ao candidato
da extrema-direita,
 da ordinarice, do racismo,
 do ódio, do desprezo pelos mais pobres
e sofredores e da subversão do regime democrático.
Porque
uma boa votação em João Ferreira dará mais
 força a uma corrente de ideais e acções que
 é tão firme  na denúncia do que está mal e
errado como pronta a aproveitar todas as
oportunidades para conseguir importantes
medidas de melhoria das condições de vida
e direitos dos portugueses, como se viu na
 discussão do último Orçamento de Estado.
Porque
nos tempos ásperos e sombrios
que vivemos a candidatura de João Ferreira
rasga um clarão e um horizonte de esperança.

Porque hoje é sábado ( )

Carla Morrison

22 janeiro 2021

Feliz aniversário

 Parabéns, Jaime Serra


O muito estimado camarada Jaime Serra faz hoje 100 anos, tantos quantos o partido que ele abraçou desde jovem fará daqui por umas semanas. Uma longa vida marcada por uma determinação. coragem e inteligência política que todos os que chegámos depois não esquecemos. Parabéns, votos de boa saúde e obrigado, muito obrigado, Jaime.

Desabafo de velho

Mudam-se os tempos

Hoje, no «Público» e precisamente no último dia em que é possível publicar materiais sobre a campanha, Rui Tavares assina um artigo de opinião que leva logo no título o apelo ao voto em Ana Gomes. E, como sou velho, não pude deixar de me lembrar que, há mais de 20 anos, o saudoso Luis Sá era despedido de colunista do mesmo jornal sob a acusação completamente infundada de proselitismo a favor do PCP. E que em 2007, com a mesma falta de fundamento, o mesmo me aconteceu a mim. Tudo visto, não estou mesmo a criticar ninguém, só venho registar que mudaram os tempos mas não a tempo de colunistas comunistas disso se aproveitarem.

20 janeiro 2021

As outras vítimas da pandemia

 Atenção,
 muita atenção

Até às vésperas desta notícia, havia muitos a falar da diminuição do desemprego. Em matéria de pandemia, ao contrário de 90% dos meus compatriotas, eu não tenho certezas sobre nada. Só acho que quem defende confinamentos totais à moda de Março/Abril do ano passado e com encerramento total de escolas devia ponderar também as suas consequências sobre o emprego.


Mais tarde será tarde

 Mais 22 que se fiam
na virgem e acreditam
 em milagres

«No texto, intitulado “Votar para mobilizar Portugal”, os autarcas Fernando Medina (Lisboa), Basílio Horta (Sintra), Eduardo Vítor (Gaia), Manuel Machado (Coimbra), ou Isilda Gomes (Portimão) e os ex-ministros Vieira da Silva, Correia de Campos e Pedro Marques apoiam Marcelo na expectativa de que o ainda Presidente cumpra o que prometeu no lançamento da candidatura: ser “o mesmo de sempre". Paulo Cafôfo, deputado no parlamento madeirense, é outro dos signatários.» (Público online)

É fartar vilanagem !

 Trump despede-se
 perdoando aos amigos

Recorde-se que Steve Bannon, ideólogo e dinamizador da extrema-direita a nível mundial, estava acusado de ter roubado dinheiro de uma campanha de recolha de fundos para a ampliação do muro com o México.

19 janeiro 2021

O erro de Pacheco Pereira

 Para evitar 
um terceira vez

Esta é uma passagem da peça em que o «Público» resumiu a «conversa improvável» de Pacheco Pereira com João Ferreira ( que infeiizmente não pude ouvir).
Pacheco Pereira voltou pois a insistir (já o havia feito em artigo de 14 de Novembro de 2020) num erro de apreciação muito grave que alíás João Ferreira pôs em evidência.
E, em 15 de Novembro, eu já tinha esclarecido aqui o seguinte:


Eu talvez possa compreender que, mergulhado na história do PCP durante 48 anos de fascismo, Pacheco Pereira não possa dedicar atenção à história do PCP nos últimos 46 anos.  
Mas permito-me anotar que não seria muito prestigiante para o historiador Pacheco Pereira vir a insistir uma terceira vez neste erro clamoroso.

14 janeiro 2021

Passando todas as marcas

 Uma besta
que é candidato


Manda um mínimo de decência e higiene que não se reproduzam aqui os insultos soezes e pessoalmente ofensivos que Ventura cuspiu. Mas acredite~se que representam o momento mais porco desta campanha eleitoral e mais um notável contributo para o justo retrato desta besta que é candidato e que só devia merecer repulsa e nojo. Ao pé dele os carroceiros são pessoas dignas de respeito e consideração e altos exemplos de educação e civismo. O coiso fede e por isso, sempre que ele aparecer. apertemos o nariz e abramos as janelas. 

13 janeiro 2021

Ontem à noite na RTP

 A frase do debate

«Os afectos presidenciais são
 como a riqueza nacional. Existem
mas estão muito mal distribuidos»

- João Ferreira

10 janeiro 2021

09 janeiro 2021

Miguel Sousa Tavares volta a atacar

 Em defesa da verdade
e da minha honra

No último «Expresso», a pretexto de uma alegado diálogo entre Carlos do Carmo e Álvaro Cunhal, Miguel Sousa Tavares gasta mais de metade da sua página para praticar um dos seus desportos favoritos: atacar, caricaturar e caluniar os comunistas (não por acaso atingindo  também  sem nenhum fundamento João Ferreira).  

Acontece que  nessa sua digressão M.S.T. acaba por meter ao barulho o meu nome (já o havia feito em 2013) a propósito de um suposto episódio que consistia em que, após uma sua entrevista televisiva a Álvaro Cunhal, eu o teria desancado à frente do secretário-geral  do PCP e que depois, na minha ausência,Álvaro Cunhal lhe  teria dito que a sua entrevista tinha sido «muito bem preparada e muito séria».   

Faltando-me a paciência para desmontar todas as fantasias, confusões e sofismas que M.S.T. semeia pelo seu texto, só me resta republicar a resposta que aqui lhe dei no dia 21 de Maio de 2013.

Apenas com um conselho muito cordial: era bom que Miguel Sousa Tavares não confundisse a redacção de um artigo de opinião com a escrita de «Equador».

(clicar nas imagens para ler melhor)



Discutamos antes se a Terra é plana

 Chama-se a isto
 perder tempo e saliva
 com uma impossibilidade

A SIC Notícias dedicou ontem todo o seu «Expresso da Meia Noite»   a debater o adiamento das eleições presidenciais.  O programa contou com a participação de uma jornalista bem informada, de dois direitolas encartados e de um notório apoiante de Ana Gomes que aproveitou gulosamente para fazer descarada propaganda da sua candidata.

Mal empregado tempo e que desperdício de saliva ! Na verdade, dispõe  o artigo Artigo 125.º da Constituição:

Data da eleição

1. O Presidente da República será eleito nos sessenta dias anteriores ao termo do mandato do seu antecessor ou nos sessenta dias posteriores à vagatura do cargo.

Acresce que, aberto um processo  de  revisão constitucional, dispõe a Constituição que os partidos têm 30 dias para apresentar projectos de recvisão. E acresce também que, debaixo de estado de emergência, não é possíovel haver revisões constitucionais.

Tudo visto, era mais apropriado e produtivo discutir o sexo dos anjos.


Os trumpinhos e trumpões de cá

 Nem mais.

José Pacheco Pereira no «Público» de hoje :«(...) Agora estão caladinhos. Em blogues de extrema-direita como o Blasfémias, ou da ala da direita radical nostálgica do PàF, ou em particular no Observador, não faltam artigos em defesa de Trump, das suas políticas, muitas vezes aparecendo apenas como comentários contra os democratas, e o Black Lives Matter. Trump é demasiado histriónico e pouco educado para os nossos direitistas, que se classificam como conservadores e que não gostavam da propensão do homem para o insulto soez. Mas gostavam das suas políticas, projectavam-nas para os projectos políticos nacionais, a começar pelo Chega, mas indo mais significativamente para os think tanks que têm vido a proliferar na direita radical portuguesa, influenciando o CDS e o PSD, mas acima de tudo os mecanismos comunicacionais. Aí, numa linguagem mais educada, o elogio a Trump foi evidente, manifestado nas opções de voto em Novembro de 2020, nas análises geoestratégicas, no elogio à redução dos impostos, na cobertura pró-sionista e pró-Arábia Saudita no Médio Oriente e na sistemática desculpa dos excessos de Trump.

Trumpinhos e trumpões vão continuar por cá. Sofreram uma derrota importante, mas a deslocação à direita e o populismo são a sua única esperança eleitoral e representam uma política que lhes agrada. É por isso que a procissão ainda está no adro, não da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, mas do clube de golfe de Mar-a-Lago. Isto, se o homem não for preso.»

Porque hoje é sábado ( )

 Jazmine Sullivan


08 janeiro 2021

07 janeiro 2021

Tudo para os tribunais daqui por diante

Um queixinhas
chamado Rui Rio


Esta ideia estapafúrdia de que o debate e a polémica políticas devem passar a ser derimidos nos Tribunais só podia passar pela cabeça de um autoritário mal-disfarçado como é Rui Rio.


 

06 janeiro 2021

Tensão e violência -última hora

 Se pudesse, Trump fazia
 um golpe de Estado


«Manifestantes pró-Trump invadem o Capitólio, interrompendo a certificação dos resultados eleitorais»

Um ocupante senta-se na mesa do Senado
Ocupantes veraneiam-se numa das salas do Congresso



Nenhuma admiração

 E o candidato 
do «Observador» é...


Com papas e bolos ...

 A arte de
embelezar as estatísticas

04 janeiro 2021

Debate Marcelo - João Ferreira

 Muito bem !

Num debate obviamente dificil, João Ferreira mostrou elevação, clareza, grande sensibilidade social, ideias arrumadas e progressistas e marcou diferenças substantivas com o actual Presidente. A meu ver, esteve muito bem.

03 janeiro 2021

O debate J. Ferreira - A. Ventura

 Botão para desligar
o microfone precisa-se !

Se os telespectadores portugueses nunca tivessem sabido o que foi o 1º debate Trump-Biden, podem ficar agora a saber que Trump fez tudo aquilo que André Ventura fez na TVI24 no debate com João Ferreira: xingou, caluniou, mentiu e, pior que tudo, esteve sempre a falar não deixando ouvir com nitidez as justas estocadas que João Ferreira ainda assim lhe assestou.

Uma moderação laxista e parcial facilitou tudo o que não devia ser facilitado. Se não forem parvos, os outros candidatos vão aproveitar esta sessão de gritaria venturiana para exigir que, nos debates com Ventura, sejam proibidas as interrupções e sobreposições de vozes. 

Jazz para o seu domingo

 Connie Marotta



02 janeiro 2021

Um desinteresse inexplicável

 O que fica por explicar

Esta reportagem do «Público» tem a honestidade de reconhecer que João Ferreira, Ana Gomes e Marisa Matias andam em pré-campanha há dois meses mas «muitas vezes sem acompanhamento da comunicação social» (eu diria antes que, tirando as entrevistas, quase sempre sem acompanhamento da comunicação social). A reportagem até vai ao ponto de reconhecer que João Ferreira «é seguramente o candidato que, um pouco por todo o país, mais acções realizou».

Tudo visto, falta de facto uma explicação para este monumental desinteresse da comunicação social pela pré-campanha. Foi por Marcelo ainda não ser oficialmente candidato nesses dois meses ? Não pode ser razão ou argumento porque por virtude das suas funções Marcelo esteve sempre em pré-campanha ! Uma coisa é portanto certa: este desinteresse da comunicação social representou um factor de desigualdade em relação a Marcelo e representou um notório empobrecinmento do curso normal da vida democrática.

Porque hoje é sábado ( )

 Sister Sadie