30 novembro 2012

Ideias fortes para a mudança

Em nome da luta,
da esperança e de Portugal

Jerónimo de Sousa, hoje, na abertura 
do XIX Congreesso do PCP

«(...)A urgência de uma ruptura com esta política, de uma mudança na vida nacional que abra caminho à construção de uma política alternativa, patriótica e de esquerda, constitui um imperativo nacional, uma condição para assegurar um Portugal de justiça social e progresso, um país soberano e independente. 

Uma política que é não só necessária, como possível se cada um tomar em suas mãos a vontade de a concretizar e de lhe dar sentido.

Uma política patriótica e de esquerda que coloca como tarefa prioritária o combate à profunda crise económica e social que atravessa o País e que pressupõe dar uma resposta imediata em seis direcções essenciais:

- Rejeição do Pacto de Agressão, contrapondo a renegociação da dívida de acordo com os interesses nacionais, desamarrando o país da submissão e colonização a que está sujeito.

- Recentrar todo o esforço da política económica e financeira e do investimento do país na promoção e desenvolvimento da produção e riqueza nacionais rantia de uma justa distribuição da riqueza criada.

- Alteração radical da política fiscal, rompendo com o escandaloso favorecimento do grande capital económico e financeiro.

- Administração e serviços públicos ao serviço do país capazes de garantir o direito à saúde, à educação, à protecção social dos portugueses.

- A recuperação pelo Estado do comando democrático da economia, pondo fim às privatizações e garantindo a efectiva subordinação do poder económico ao poder político.

- Assegurar a libertação do país das imposições supranacionais de política económica, social e financeira, contrárias ao interesse do desenvolvimento do país.

Seis direcções essenciais que poderíamos sintetizar em três grandes ideias:

Resgastar o país da teia da submissão e dependência;

Recuperar para o país o que é do país, os seus recursos, os seus sectores e empresas estratégicas, o seu direito ao crescimento económico e ao desenvolvimento;

Devolver aos trabalhadores e ao povo os seus salários, rendimentos e direitos sociais, indispensáveis a uma vida digna.

Uma política patriótica e de esquerda que não basta ser enunciada, precisa de ganhar vida e expressão com um governo que com ela esteja comprometido e que a execute. 

Uma política patriótica e de esquerda que precisa de um governo patriótico e de esquerda para a concretizar.

Uma política ao serviço do povo e do país que exige desde logo a derrota definitiva deste governo e a sua demissão.

Uma demissão que se exige e impõe não para que da sua derrota e demissão resulte, à margem da decisão do povo, uma outra solução governativa para continuar a mesma política de direita, como alguns já congeminam, mas para abrir com a sua derrota e demissão espaço a uma solução de mudança e de ruptura com essa política.

Derrota e demissão que em toda e qualquer circunstância exige devolver ao povo a decisão sobre o futuro do país com a realização de eleições antecipadas.`

Demissão e eleições antecipadas que são, neste quadro, a saída legítima e necessária para interromper o caminho de desastre do país que está em curso. 

Uma solução que não prescinde, antes exige a continuação e reforço da luta. Dessa luta que é decisiva não só para travar a presente ofensiva, como a libertação do país desta desastrosa política. 

O País não está condenado ao ciclo vicioso do rotativismo da alternância sem alternativa e não se limita, nem esgota no actual quadro político e partidário e muito menos se confina aos partidos da troika, subscritores do Pacto de Agressão. 

Como o PCP, há centenas de milhar de patriotas e democratas, centenas de milhar de trabalhadores e de outros portugueses, centenas de organizações sociais e de massas que sabem que é tempo de pôr termo a esta política, que é possível um outro caminho, que olham com esperança essa profunda aspiração de ver no país uma política patriótica e de esquerda.

É a todos esses portugueses – trabalhadores e intelectuais, empresários e agricultores, jovens e mulheres, reformados e quadros técnicos, católicos e não católicos, com ou sem convicções religiosas, independentes ou com filiação partidária; a todas essas organizações de classe e de massas – organizações sindicais, associações culturais; movimento associativo, escolas e universidades, comunidades cientificas e religiosas, instituições sociais e organizações sócio-profissionais; aos sectores e forças progressistas e de esquerda sincera e genuinamente interessados em romper com o ciclo da alternância que perpetua a política de ruína nacional, que o PCP se dirige a partir do seu XIX Congresso:  Está na mão do povo português, da sua vontade democrática, do seu brio patriótico, da sua identificação com os valores de Abril, da sua determinação em construir uma outra política. Uma política que dê uma oportunidade ao país de sobreviver como nação soberana, de assegurar uma vida digna aos trabalhadores e ao povo num Portugal com futuro.

A todos dizemos podem contar com o PCP, a sua coragem e determinação, a sua coerência e compromisso com os interesses nacionais, a sua dedicação e entrega na luta em defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores e de todas as camadas anti-monopolistas. 

É a todos eles que o PCP se dirigirá no futuro imediato para, em torno de uma política patriótica e de esquerda, ampliar no país a exigência de um outro rumo e construir a base social e política que lhe dê concretização. 

Nós antes de saber de um governo com quem, dizemos um governo para quê e para quem! No actual quadro de arrumação e expressão das forças políticas, a alternativa. política está em construção.
Se há quem pense que a sociedade é uma realidade imutável, desengane-se. É uma realidade em movimento. Ninguém, nenhum partido se pode julgar dono da vontade maioritária dos portugueses. Ninguém, nenhum partido tem conseguido impedir que muitos dos seus apoiantes ou votantes integrem connosco a corrente de protesto e luta onde alicerçará a construção da alternativa! (...)»

Convoque-se o Conselho de Segurança da ONU

Mais bombas de fragmentação




29 novembro 2012

Cegueira e desumanidade

Só uma coisa


Confesso que há em mim uma indignação, uma revolta e uma raiva tão grandes que me impedem de gastar as meninges e perder tempo a comentar com muito detalhe as afirmações do primeiro-ministro em entrevista à TVI.

Não soubesse eu de ginjeira o que, bem no fundo, os move e que interesses servem e escreveria que esta gente que hoje nos desgoverna não conhece o país real que somos e, se lê números e estatísticas sobre ele, não consegue descortinar o seu significado e consequências.

Basta referir um ponto: pretendem cortar até 2014 quatro mil milhões de euros sobretudo na saúde, na educação (com essa infâmia das propinas no secundário !) e nas prestações sociais (e aqui sempre esquecem que grande parte destas não sai dos impostos mas dos descontos de trabalhadores e das entidades patronais !) e nem sequer percebem que, se e quando conseguirem aplicar esta trágica punção, o vão fazer sobre uma população já notavelmente empobrecida e em situação de desespero social em resultado das medidas contidas no Orçamento de 2013.

E, no entanto, deveria bastar conhecer os dados sobre os montantes do salário mínimo ou médio em Portugal  e do valor médio das pensões e reformas em Portugal, sobre as centenas de milhares de desempregados que não recebem qualquer subsídio, considerar os  já devastadores roubos que vão ser cometidos em 2013 por vias fiscais e outras, e sobre as previsíveis e devastadoras lacerações no tecido económico para se ter a certeza que um corte de 4 mil milhões de euros em funções sociais do Estado nos empurrará inexoravelmente para uma situação de inominável barbárie e tragédia sociais.


É tão simples como isto mas há ainda  demasiados que não o querem ver: os portugueses não têm o nível de vida dos alemães que lhes permitisse as reservas  para enfrentar um tremendo abaixamento do nível de vida durante dois ou três anos. Somos sim um povo de pobres e de gente que maioritariamente vive à justa ou remediadamente. O que faz toda a diferença.                         
-------------- 

para memória 
de um charlatão ver aqui                                     

Mais velho que a Sé de Braga

Um truque universal


Neste título de Marianne, na sequência de uma velhíssima prática, a gente lê «la gauche» e depois vai a ver e trata-se do «governo», isto é, do PS e dos seus aliados. Já antes, há uns bons tempos, eu havia dado o seguinte  exemplo, colhido dessa vez no Nouvel Observateur, do mesmo truque nada inocente e muitíssimo desonesto.

28 novembro 2012

Ou talvez não

Mistérios das sondagens



Como se pode ver acima na manchete do i, este jornal proclama que uma sondagem por si encomendada revela que 63,5% dos inquiridos defendem o cumprimento do memorando da troika e, ao mesmo tempo, que 84,1% querem a sua renegociação. Ora, desculpem lá, mas como 84,1% é bastante mais que 63,5%, isso só pode significar que uma grande  maioria dos que dizem querer que o memorando seja cumprido afinal não quer que ele seja cumprido em diversos pontos importantes.
Por outro lado, é bem provável que quando a sondagem perguntou aos inquiridos sobre o cumprimento do memorando sem mais, a maioria dos inquiridos tenha entendido por memorando «aquela coisa em troca da qual veio o dinheiro». Dito isto, concluo apenas que o que eu gostava de conhecer eram os resultados de uma sondagem que, em vez de  perguntar genericamente pelo cumprimento do memorando, tivesse perguntado pelo cumprimento discriminado de cada uma das medidas e orientações constantes do memorando que mais agrediram as condições de vida dos portugueses ou lesaram os seus direitos.

Ignorância atrevida ou...

... perplexidades de
um cidadão mal informado


Ficam os leitores avisados de que este post pode ser filho de uma ignorância cavalar e que até tremo só de entrar nos terrenos da competência do reputado especialista em transportes que é o Eng. Nunes da Silva, vereador da Câmara Municipal de Lisboa. Acontece, porém, que face à quantidade de coisas que as notícias na imprensa não explicam, eu acho que cidadãos comuns como eu têm direito a certas perplexidades. Assim sendo, pergunto, por exemplo: se o controlo destas projectadas restrições e excepções vai ser confiado a câmaras de filmar, têm estas algumas condições para, pela matrícula, perceber se um condutor é comerciante ou habitante em Lisboa ? E se não é por câmaras de filmar, vai haver no centro da cidade, uma série de postos físicos de controlo em que funcionários da CML pedem aos condutores documentos comprovativos de que  habitam em Lisboa  ?

E hoje a banda irlandesa

Altan




ThistleRadio's 
100 Essential Celtic Songs aqui

Se é assim...

... alguém andou a
mentir descaradamente




Somos todos ouvidos, dr. Miguel Macedo !

27 novembro 2012

Para gravar na memória ou...

... há sempre alguém que resiste !


«(...)Este é na verdade o pior Orçamento de que há memória. É um Orçamento que não resolverá nenhum dos problemas nacionais, que agravará a dívida pública e que terá devastadoras consequências no plano económico e social, com os cortes no investimento, com a quebra dos rendimentos dos trabalhadores e dos reformados, com o empobrecimento da generalidade da população, com a falência das micro, pequenas e médias empresas, com os cortes nas funções sociais do Estado. É um Orçamento de recessão, de falências, de desempregados, de famílias insolventes, de abandono escolar, de empobrecimento e miséria, de jovens forçados a emigrar.
Numa situação já marcada por uma profunda recessão de oito trimestres consecutivos, por um desemprego sem precedentes e em crescimento, por um generalizado processo de regressão social e de empobrecimento dos portugueses, este Orçamento é um ato de agressão contra o povo e o país.
O IRS conhece o maior aumento de que há memória. São reestruturados os escalões de forma a penalizar mais duramente os rendimentos mais baixos e a taxar as camadas intermédias como se fossem grandes fortunas, são reduzidas as deduções com a habitação, a saúde e a educação, e é imposta a infame sobretaxa de 3,5% a todos os contribuintes que foi a forma encontrada pelo Governo para confiscar um mês de salário aos trabalhadores e aos reformados. A política tributária deste Governo é muito simples. Os ricos pagam como se fossem pobres e os que se tornam pobres pagam como se fossem ricos.(...)» . Mais aqui.

Passos, Portas, Gaspar e Cª

C de chupistas,
c de cobardes


Independentemente de outras considerações e análises sobre o fundo da questão, a verdade é que não se pode deixar de registar que o governo saliva só a pensar na ideia de beneficiar do que acaba de ser concedido à Grécia, ou seja aparentemente  o mais tempo e menos juros que sempre se recusou a reclamar, mas jamais foi capaz de fazer alguma coisa por isso e Passos Coelho até declarou há dias que não se conhecia nenhum caso de alguém que não tivesse cumprido os objectivos acordados e, em renegociação, tivesse obtido melhor. Chupistas e cobardes, é o que são.

E hoje foi assim







Hoje



26 novembro 2012

Editorial do "New York Times"

Quatro anos depois da
promessa incumprida, será desta ?






ler o resto aqui

Estudo da União Europeia

A crise e o seu impacto nas
discriminações no trabalho





na íntegra
aqui

Sondagem do «i» hoje

Breve história de uma ingratidão


Passos Coelho acabou declarar que confiava na inteligência dos portugueses. Fez bem, agora só lhe falta tirar as conclusões da inteligência destes 62,1,%.

Finalmente escrevo sobre ...

... os malefícios do (aumento
de impostos sobre o) tabaco


Sim, este post, de todo em todo politicamente incorrecto, representa a conversão em texto escrito de algo que há muitas décadas sempre formulei em termos de desabafo ou conversa de café.
Ou seja, eu sei que o tabaco é um vício terrivelmente perigoso para a saúde e sou obviamente favorável a que o maior número possível de cidadãos abandone ou não se inicie nesse vício.
Mas sempre me revoltou a impunidade com que todos os governos sempre aumentaram o tabaco protegidos pela não pequena censura social sobre esse vício e pela correspondente intimidação psicológica das vítimas desses aumentos.
E, por isso, digo agora finalmente por escrito o que nunca tinha dito antes por esta forma: os aumentos do tabaco ou dos impostos sobre ele  nunca foram decididos por carinho ou preocupação com a saúde pública ou com a  dos fumadores mas precisamente porque quem os decide sabe melhor do que ninguém que, tratando-se de um vício, a procura do tabaco é relativamente rígida.
Enfim, desculpem lá, mas os fumadores têm tanto direito de protestar contra estes aumentos como todos temos de protestar contra outros.

"Vamos supor" ?!!!

A coelheira não tem janelas,
está sem luz e insonorizada

«(...) Vamos supor que eles têm razão.
Vamos supor que estamos a atingir
 o limite das nossas possibilidades,
que as pessoas não aguentam
estas medidas.(...)»

«Claro que hoje sabemos que
quem mais acesso tem à televisão
e quem mais vocalmente contesta
 o que estamos a fazer
são aqueles que têm mais».

Passos Coelho no Funchal

25 novembro 2012

Para o seu domingo

Willie Dixon e 
The  Mississippi Blues Project                                                                                                                                        




mais aqui

Se for só parvoíce..

...ou diz-me como ilustras,
dir-te-ei o que tens na cabeça


hoje, no DN online

24 novembro 2012

Pergunto franca e indignadamente

Estão doidos ou quê ?


É um perfeito mas significativo absurdo que o ministro da Administração Interna tenha decidido pedir  à Procuradoria-Geral da República  um parecer  sobre se a PSP pode exigir o acesso a imagens não editadas das televisões. É   óbvio e mete-se pelos olhos adentro que não pode. Primeiro, mesmo que a RTP seja uma empresa pública isso não pode fazer dela uma dependência do MAI ou da Polícia, continuando sempre  ser um órgão de comunicação social protegido por legislação e garantias específicas. E, segundo,  aceder a imagens   não editadas de televisões seria exactamente a mesma e abominável coisa que exigir a um jornalista que forneça os seus cadernos de notas ou as fracções de texto que resolveu não incluir nas peças que escreveu e assinou. Há perguntas ou pedidos de parecer que nem se fazem.

Era o que faltava ! Tomem chá de tília ! 

Porque hoje é sábado (300)

Carla Marciano


 A sugestão musical de hoje distingue
 a saxofonista italiana Carla Marciano

(e o seu Quarteto),
 cujo último álbum se intitula
 
Stream Of Consciousness.

Preceding/Inner blast


23 novembro 2012

O PCP e o trabalho precário

As contagens que o Público não fez



Numa pergunta da entrevista a Jerónimo de Sousa hoje publicada, o Público afirma que «nas teses [para o seu XIX Congresso], o PCP só tem um parágrafo sobre trabalho precário», querendo com isso obviamente insinuar que o PCP não presta a devida atenção ao problema.

Ora, devem os leitores ficar a saber que nesse parágrafo se afirma o essencial, ou seja que «A  precariedade dos vínculos laborais é especialmente grave: gera instabilidade no trabalho e na vida, fomenta o desemprego, agrava a exploração. A luta contra a precariedade expressa-se por objectivos reivindicativos concretos nos locais de trabalho, apoiados por acções mais gerais de denúncia e sensibilização pública. A sindicalização e organização dos trabalhadores em situação de vínculo precário é vital para a sua inserção na luta e para favorecer a unidade de classe entre os trabalhadores.»

Em matéria de pesquisas e contagens, já agora devem os leitores ficar a saber que há uma que o Público não fez: é que a palavra ou termo «precariedade» aparece no texto 21 vezes.

Mas muito mais importante que estatísticas sobre palavras ou parágrafos, teria sido se os jornalistas entrevistadores tivessem feito previamente uma viagem informativa e uma contagem às múltiplas iniciativas legislativas que, desde há imensos anos, o PCP vem apresentando para combater esse perverso fenómeno que agride profundamente a vida de mais de um milhão de portugueses e representa, nas suas consequências práticas, uma grave lesão ao exercício dos seus direitos democráticos enquanto trabalhadores.

Contra um crime infame

Um grande
combate do nosso tempo






Aqui têm números mas na verdade têm nome, rosto, história de vida, filhos. E olhos que nos olham e interpelam agora.

22 novembro 2012

Fim de dia com

Lord Huron





Desde principio que se estava a ver...

Porque a memória é curta, 
repito este lembrete antigo




post de 27 de Junho de 2012

A este respeito, é bom recordar o que o PCP
 disse aqui e aqui
E, por causa da tosse, leia-se
 ainda 
aqui o seguinte:


Contagem de votos nos EUA

Maravilhas do país
de Silicon Valley




On Thursday (a seguir à votação), more than a hundred people — activists, high school students who worked for months to register voters, and voters who said they were forced to use provisional ballots — protested outside the election center

Arizona’s Ballot Count Fiasco


Aqui: «By the end of today, Arizona will have finally finished counting all of its ballots from the election that took place more than two weeks ago. More than a quarter of the roughly 2.2 million votes were cast as early or provisional ballots, and the delay in getting them all counted has stirred great controversy in state in which people of color have grown accustomed to dirty tricks. Some watchdogs charged that Latinos were being targeted for disenfranchisement, but as more and more of those ballot were tallied, it became increasingly apparent that all sorts of voters have had to wait for their ballots to be counted. Still, the last two weeks have illustrated that Arizona needs to revamp the way it conducts elections.(...).

Por fim, só acrescentar que no país tecnologicamente mais avançado do mundo, a exemplo do que aconteceu em 2008, os resultados finais definitivos da última eleição presidencial deverão demorar mais quatro ou cinco meses a serem conhecidos.

P.S.: Enquanto isto e a uma escala que nenhum europeu podia supor, proliferam nos EUA os sites, ora de republicanos ora de democratas, denunciando fraudes alheias, com destaque para os estranhos casos em que, em diversas assembleias de voto de certos condados, um dos candidatos teve zero votos.

21 novembro 2012

Palavras de administrador

Quem me manda a mim
ter caído 
em pequenino
no caldeirão da ingenuidade



na primeira página do i de hoje

Tendo caído em pequenino no caldeirão da ingenuidade e supondo que o administrador da Siemens viva em Portugal, preparava-me eu para advertir que talvez, na primeira curva da estrada, tivéssemos o senhor administrador a protestar contra a insegurança  e falta de polícias nas ruas, contra a falta de professores para lhe ensinar os filhos, contra a falta de médicos e enfermeiros que lhe cuidem da saúde de si e da família, contra a degradação dos múltiplos serviços que lhe são prestados pela administração local, and so on, so on, so on.

Mas parei a tempo. Nas minhas debilitadas meninges acendeu-se um raio de luz que me mostrou que o senhor administrador da Siemens,m pelos vistos nada ralado com esta má publicidade para a marca,  ao contrário de 98% dos portugueses, há-de ter meios e capim suficientes para resolver isso tudo pagando no privado.

O campeão do descaramento

Se Vexa está amnésico,
muitos de nós não !



As mais jovens gerações podem não ter visto isso mas ainda somos às carradas os portugueses que bem nos lembramos como na década de 85 a 95, sob o ilustre magistério governativo do actual PR, se afundou boa parte da agricultura portuguesa a troco de uns cobres europeus, se procedeu a um vasto abate da nossa frota de pesca e se acelerou a desindustrialização do país.

E, agora, o inenarrável personagem vem-nos dizer que a culpa é de um «estigma». Ao menos, cale-se e vá cuidar dos netos !

O parlapié do senhor Selassié

Eternamente gratos, senhor Selassié..



Como Daniel Oliveira bem assinala, agora temos este senhor do FMI a intervir e interferir descaradamente no debate político nacional. Talvez poderes de governador-geral da colónia...


... o pior é que não somos parvos.


JN de 25.11.2011

20 novembro 2012

Submarinos e contrapartidas

Confesso que desisti de perceber



Chamem-lhe preguiça, falta de conhecimentos ou de estudo mas confesso que desisti de perceber seja o que for sobre o caso das contrapartidas dos submarinos que está agora, ao fim de anos e anos, em julgamento.

Desde logo, acho uma graça imensa aos advogados dos réus que vêm agora dizer que a celebração de um novo contrato anularia todas as acusações relativas ao processo do contrato antigo. Percebo que é para isso que são pagos mas não percebo como é que, juridicamente, um novo contrato  pode anular acusações de «burla qualificada» e «falsificação de documentos».

Depois vejo que o novo contrato abrange a recuperação de um hotel no Algarve e fico a perguntar de quem é o hotel e se vai haver uma espécie de bodo aos pobres hoteleiros.

A imprensa relembra-me também que houve 19 projectos de contrapartidas que «nunca saíram do papel» mas na lista dos réus não me parece que figure alguém dos muitos que, representando os interesses do Estado, terão andado a dormir na forma.


Tudo visto, despeço-me do assunto sentenciando que os submarinos estarão à tona de água mas a defesa do interesse público há muito que submergiu.