31 dezembro 2022

Avisem o ministro Cravinho

Era uma vez um Guaidó


«Os partidos da oposição venezuelana decidiram extinguir o “governo interino” que era liderado desde 2019 por Juan Guaidó. A votação que decorreu na sexta-feira representa o culminar de um processo de divisão interna entre os partidos oposicionistas e a queda da experiência protagonizada por Guaidó.

A eliminação do governo interino foi decidida com 78 votos a favor, 29 contra e oito abstenções dos deputados dos partidos da oposição com assento na Assembleia Nacional – órgão onde desde 2015 a oposição a Nicolás Maduro tem maioria, mas que perdeu praticamente todos os seus poderes efectivos e não é reconhecida pelo Governo chavista.

No entanto, a ausência de qualquer progresso efectivo e episódios como o da tentativa de organizar um golpe para derrubar o Governo chavista que não recebeu qualquer apoio, em Abril de 2019, cimentaram a ideia de que o modelo de Guaidó estava destinado a falhar.

A viragem à esquerda em vários países sul-americanos nos últimos anos, tal como a derrota de Donald Trump nos EUA, também veio tornar o contexto internacional mais adverso às pretensões da oposição venezuelana que contavam com o alinhamento de governos conservadores a nível regional até há bem pouco tempo.» (no «Público »)

29 dezembro 2022

Medina não sabia ?

 Um senhor pormenor


«Todo o processo foi acompanhado pelos serviços jurídicos da TAP e por uma sociedade de advogados externa à empresa, contratada para prestar assessoria nestes processos, não tendo sido remetida qualquer informação sobre a existência de dúvidas jurídicas em torno do acordo que estava a ser celebrado, nem de outras alternativas possíveis ao pagamento da indemnização que estava em causa;»

~-Extracto do comunicado de Pedro Nuno Santos

E agora só falta acrescentar que ao mesmo tempo diversos órgãos de informação têm referido que o gabinete juridico da TAP foi à época dirigido pela mulher de Fernando Medina.

27 dezembro 2022

É comparar !

 De Espanha também
vem bom vento

«Entre as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez, conta-se o fim da cobrança do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) de alimentos considerados de primeira necessidade, como o pão, o leite, o queijo, os ovos, a fruta, os legumes e leguminosas, as batatas e os cereais.

Estes produtos tinham um IVA de 4%.

O Governo espanhol decidiu também, em reunião de Conselho de Ministros hoje realizada, reduzir o IVA de azeite e massas de 10 para 5%.

Além disso, o executivo de Madrid vai dar um pacote de ajudas a vários setores, a começar pelas famílias com rendimentos anuais até 27.000 euros.

Segundo foi anunciado, 4,2 milhões de famílias vão receber ajudas de 200 euros, e foi ainda decidido que as condições dos contratos de arrendamento que terminem até 30 de junho de 2023 serão prorrogadas durante seis meses para evitar aumentos abusivos.

Também os agricultores vão ter ajudas diretas do Estado, no valor de 300 milhões de euros, com o objetivo de compensar o aumento dos custos devido ao aumento do custo dos fertilizantes, enquanto a indústria de gás recebe uma nova linha de liquidez de 500 milhões de euros.

Por outro lado, Sánchez adiantou que algumas medidas já adotadas vão manter-se no próximo ano, como é o caso da gratuitidade das viagens em transportes públicos de média distância, a redução de 30% do custo dos transportes urbanos e interurbanos e a prorrogação por seis meses da redução do impostosobre a eletricidade e o gás.
As ajudas preveem ainda que se mantenha, em 2023, o congelamento do preço máximo das garrafas de gás, que seja prolongado o limite de 2% nas atualizações anuais das rendas de casas e as suspensões de despejos de famílias «vulneráveis.» (Diário de Notícias)

26 dezembro 2022

07 dezembro 2022

Prémio ao mérito

 Uma bela notícia !

Obrigados a lutar ?

Nem tudo são rosas
 na história dos ciganos
 na Restauração


«De forma sistemática, mulheres e homens ciganos foram condenados a trabalhos forçados ou deportados para diferentes espaços coloniais portugueses – até o mais frio dos historiadores se sensibiliza com os relatos de netos que perderem o rasto aos avós “degredados” ou das mães ciganas que, desesperadas, “renegavam Deus” ao saberem que os seus maridos estavam na antecâmara de algum navio que os levaria para um lugar distante (episódio passado na Tavira dos inícios do século XVIII, num grupo familiar encarcerado apenas “por ser cigano”). Logo em 1641, estavam as batalhas contra Espanha ainda no início, o conselho de guerra determinava a prisão de todos os ciganos que se encontrassem nos batalhões militares, “para se meterem nas Galés” em companhia de “mouros” escravizados, o que demonstra a violência deste “recrutamento” (o documento foi publicado pelo general Chaby, nos finais de oitocentos).» - Francisco Mangas no «Público»

02 dezembro 2022

Descaramento

 Inacreditável !


Melhor seria que o Presidente da CAP fosse capaz de nos jurar que os empresários agrícolas não contratam trabalhadores através de intermediários mafiosos e que pagam os salários directamente a cada trabalhador.

Isto está mesmo feio !

 





01 dezembro 2022

Alguma coisa se perde

 O 25 de Novembro
e a emenda sistemática


«Quando Melo Antunes defendeu a “sociedade

pluralista”que não estava na cabeça de

Jaime Neves e disse que o PCP

tinha um papel “indispensável”

para a democracia, o 25

de novembro que a direita celebra foi

derrotado, prevalecendo uma normalização

democrática em continuidade com o 25 de abril.»

Daniel Oliveira no «Expresso»


O que Melo Antunes

realmente declarou


Pode dizer-se que, nos 47 anos que já passaram, muito raramente Melo Antunes foi devidamente citado e que sistemáticamente a sua referência ao «socialismo» foi convertida numa referência à «democracia».

Eu até posso ter alguma compreensão por comentadores e historiadores temerem que nosdias de hoje a citação exacta poder ser algo estranha. Mas com esta transformação (se Melo Antunes tivesse falado em «democracia» também estaria bem) alguma coisa de muito importante se perde: a saber, a verdade histórica de que, em 25 de Novembro de 1975, os moderados vencedores também ainda falavam de «socialismo», o que ilustra que naquela época a semântica mais generalizada ainda estava muito à esquerda.