21 março 2022

´É demais !

 Uma campanha miserável
movida pelo ódio e má-fe

Manuel Carvalho em editorial no «Público de hoje
«O PCP e os que se contorcem com as dificuldades em condenar a agressão da Rússia encontraram um argumento para as contornar»

Jerónimo de Sousa no Campo Pequeno em 6.3.2022

«Não caricaturem a posição do PCP que sem equívocos, e ao contrário de outros, condena (...) a recente intervenção militar da Rússia na Ucrânia (...).

O PCP não apoia – e condena – a violação dos princípios do direito internacional, da Carta da ONU e da Acta Final da Conferência de Helsínquia, princípios que o PCP sempre defendeu e que continua em coerência a defender hoje com a mesma convicção.»

Sobre Manuel Gusmão

 Hoje no cinema Nimas
Av. 5 de Outubro, 42, Lisboa



18 março 2022

Coisas de neo-nazis

 Inacreditável !

(Expresso)

E assim ficamos a saber que há decisões judiciais que são comandadas pelas opiniões dos juízes sobre as partes em confronto na guerra. É mesmo inacreditável !

Perda de poder de compra

 Estilhaços portugueses


16 março 2022

Têm uma pala nos olhos

 Está visto: Fernanda Câncio
 não sabe o que aconteceu
em 30 de Setembro de 1938


Uma foto que Fernanda Câncio também não deve conhecer : regressado de Munique, Neville Chamberlain agita em Londres o papelinho que, segundo ele, garantia a paz na Europa.

Numa peça (mais uma)no «DN» de deturpação e omissão do que o PCP realmente disse (aqui e aqui) sobre a invasão da Ucrânia, Fernando Câncio veio acusar o PCP de sempre exaltar o heroísmo do Exército Vermelho e sempre esquecer a celebração do pacto de não-agressão germano-soviético.

Ora,  a este respeito o que Fernanda Câncio (e carradas de outros) sempre esquecem é que:

-o pacto germano-soviético foi assinado em 23 de Agosto de 1939 ou seja 11 meses mais tarde que o pacto de Munique que foi assinado em 30 de Setembro de 1938 no final de conversações (de que a URSS foi excluída)  entre a Alemanha nazi, a Itália fascista. a França e a Inglaterra e que, sacrificando a Checoslováquia, foi à época a expressão máxima da política de «apaziguamento» das potências ocidentais face Hitler:

- é historicamente indiscutível que, antes de Munique, a URSS desenvolveu sem êxito inúmeras diligências diplomáticas com vista ao estabelecimento de uma frente comum contra Hitler, sempre encontrando a hostilidade da França e da Inglaterra (países sempre esperançados que a guerra começasse a Leste;

- não é arriscado dizer que a contra-ofensiva do Exército Vermelho que chegaria a Berlim em Maio de 1945 só foi possível porque a URSS aproveitou o tempo dado pelo pacto germano-soviético para transferir para Leste grande parte da sua indústria de armamento.

09 março 2022

Nada que justifique a invasão em curso

 Uma promessa muito antiga


artigo completo aqui no site de
«Le Monde Diplomatique»

sobre o mesmo tema também tem interesse os textos publicados pelo Natinal Security Archive dos EUA

07 março 2022

Comicio do PCP no Campo Pequeno

 A verdade contra a mentira

«Vivemos no Leste da Europa, na Ucrânia, uma situação de guerra. Uma guerra que urge parar e que nunca deveria ter começado.

São acontecimentos dramáticos os que se vivem ali, que causam compreensiva e legítima consternação e apreensão.

Acontecimentos com trágicas consequências, que comportam sérios perigos e importantes repercussões por todo o mundo e que têm sido pretexto para uma nova campanha anticomunista, assente em grosseiras falsificações por parte daqueles que foram cúmplices com a política de ingerência e agressão que está na origem da grave situação que se vive na Europa e no mundo.

O PCP não apoia a guerra. Dizer o contrário é uma vergonhosa calúnia. O PCP tem um património inigualável na luta pela paz. O PCP não tem nada a ver com o governo russo e o seu presidente. A opção de classe do PCP é oposta à das forças políticas que governam a Rússia capitalista e dos seus grupos económicos.(...)

Não caricaturem a posição do PCP que sem equívocos, e ao contrário de outros, condena todo um caminho de ingerência, violência e confrontação,(...) a recente intervenção militar da Rússia na Ucrânia (...).

O PCP não apoia – e condena – a violação dos princípios do direito internacional, da Carta da ONU e da Acta Final da Conferência de Helsínquia, princípios que o PCP sempre defendeu e que continua em coerência a defender hoje com a mesma convicção.

O posicionamento do PCP é ditado, como sempre foi, pela defesa da paz e pela solidariedade com os povos que sofrem a violência e as consequências da guerra.

(...)

O PCP está do lado da paz, não da guerra!

O PCP apela ao povo português para a mobilização e a acção pela paz e não para a escalada da guerra, e apela à solidariedade e ajuda humanitária às populações, que não se pode confundir com o apoio a grupos fascistas e neonazis.

É urgente parar a política de instigação do confronto que só levará ao agravamento do conflito, à perda de mais vidas humanas, a maior sofrimento.

São necessárias iniciativas que contribuam para a desescalada do conflito na Ucrânia, para o cessar fogo e para um processo de diálogo com vista a uma solução negociada para o conflito, à resposta aos problemas de segurança colectiva e do desarmamento na Europa, ao cumprimento dos princípios da Carta da ONU e da Acta Final da Conferência de Helsínquia, no interesse da paz e cooperação entre os povos.»

. Extracto do discurso de Jerónimo de Sousa

04 março 2022

Há 30 anos

Pacheco Pereira
sobre o começo de tudo

«No meio do bulício da entrada, com militares a passar apressados, a segurança nos portões e gente por todo o lado, chegou uma senhora de bata branca, um lenço branco na cabeça, uma mãe russa com ar cansado, indiferente a tudo, vinda de umas cozinhas algures no gigantesco edifício, empurrando um carrinho com sopa quente, com as canecas a fumegar. Dirigia-se lentamente aos gabinetes do interior. Era invisível, ninguém falava com ela.

Num daqueles momentos difíceis de explicar, os homens sentados à espera, nós, parámos de falar e houve um súbito silêncio. O nosso americano, talvez o mais expansivo de todo o grupo, quebrou-o, dizendo mais ou menos isto: “Nós pensávamos que estávamos a lidar com uma grande potência e esmagámo-los”. Não havia uma ponta de arrogância na frase, havia uma estranha pena. O “esmagámos” não era para os militares, com fardas cheias de condecorações, era para a senhora do carrinho.

 Mas, de um modo geral, a vida era difícil, num grau de exaustão quotidiana que era o dia-a-dia do russo comum, e em breve ir-se-ia tornar ainda mais difícil quando as experiências liberais, trazidas pelos economistas de Chicago que tomaram conta das Finanças, distribuíram a riqueza da URSS em vouchers que não valiam nada, e foram comprados em massa pelos novos oligarcas em formação. Estes ficaram com os bens nacionais, numa distribuição em que a família de Ieltsin teve um papel relevante, e os que se portavam bem politicamente estão hoje com Putin. Os outros estão na cadeia. Seguiram-se as violentas expulsões de casas apetecíveis no mercado, e a ostentação mais chocante.  (...)

01 março 2022

Malvadez patronal

 Ecos da moderna escravatura

Esta foi uma situação passada porque se fosse actual bem se justificava um completo boicote aos produtos de uma empresa chamada Sudberry.