14 dezembro 2013

Por uma política de verdade e um debate sério

Apelos bem intencionados 
à «unidade das esquerdas»
que não comecem por responder
a isto, alguma  coisa acabam por
esconder e de 
alguma coisa querem fugir


aqui e muitas vezes repetido

3 comentários:

  1. Bem poderemos esperar sentados, caso contrário seria pior que estar na tortura da estátua, que a pide não deixaria estar tantos anos à espera de definições.
    Mas vamos lá ser objectivos: Rui Tavares e demais rapaziada "livre" já disseram indirectamente o que pensam, sobretudo nas votações que RT tem feito no Parlamento "Europeu (zinho)".
    E, se qualquer um de nós tem amigos, por vezes desde a nossa infância, que pensam de forma bem contrário à que pensamos, não deixa de ser verdade que para os mui recentes o provérbio "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és" tem um grande fundo de verdade. E onde é que RT se tem encostado nas votações no PE? Na direita fascizante? Não, na direita escondida sob o nome de "socialista, social-democrata"! Direita sim, nem sequer centro, que só nas questões das minorias e nem de todas é que tal gentalha tem posição decente. De resto, NADA os separa no encher legalmente os bolsos aos capitalistas com o que roubam aos trabalhadores! Nada, mesmo nada! Nem as negociatas! Se uns têm os seus submarinos, outros têm os seus bpn's, outros ainda as suas ppp's e por aí adiante que é um fartar vilanagem! Quanto à NATO, desde que ela bombardeie "os totalitários", nada a dizer, quanto à autodeterminação sem ingerências externas, idem, idem, quanto ao capitalismo, "arre que estes gajos são chatos, só sabem falar à là cassette".
    Portanto, não esperemos o que não pode acontecer, porque é paradigma do oportunismo político a ausência de definições claras, seja no domínio da táctica, seja no domínio da estratégia. O que não significa que não nos possamos encontrar, em sede de opções tácticas, do mesmo lado, ora aqui, ora alí. Tenho a certeza que encontraríamos na luta muitos militantes do PS se caíssemos numa qualquer ditadura fascizante. Já quanto a dirigentes, talvez alguns, dos restantes, os ciáticos, não encontraríamos a não ser quando a maré se voltasse para o lado popular, desde sempre o nosso! O oportunismo foi, é e será sempre oportunismo, com novas caras, novos nomes, sob máscaras aqui ou acolá, mas o seu objectivo foi, é e será sempre o mesmo: cavalgar no "lombo" do Movimento Popular, do Povo".

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  2. Pois é caro Vitor Dias, fazer acordos, compromissos, com quem está de acordo connosco é muito mais fácil. Mas ainda me lembro de quando militava no PCP e gente importante dizia: o PS é aquilo que é mas sem ele não vamos a lado nenhum.
    É verdade que do lado do PS não é de esperar nada porque apesar de estar na mó de baixo da alternância aguarda apenas que o poder lhe caia no colo. Mas do lado do PCP, que se saiba, também não há iniciativa para desatar este nó que é o voto dos dois partidos mais o BE ser suficiente para governar mas é sempre a direita, com menos votos, a unir-se para destruir o que foi construido, não esqueçamos, com o contributo por vezes activo, por vezes passivo, do PS.
    Esta de que se fala é mais uma de gente que está fora desses dois inimigos históricos, se calhar com 'coisas para esconder ou de que querem fugir' mas que um PCP confiante das suas ideias, valores e propostas não tem que ter medo de dizer 'sim, vamos lá ver o que vocês querem'?
    Porque não valorizar experiencias conjuntas nas autarquias que funcionam bem? E mesmo votações no mesmo sentido na AR para fazer uma lista enorme de pontos em acordo e partir daí para um estudo sério de outras possibilidades? Porque não criar no PCP uma comissão formal para avaliar das possibilidades de entendimento e estudar pontos para um programa comum? Temos medo de ser engolidos? É uma possibilidade real e demonstrada por várias experiencias historicas. Mas a situação do país e dos trabalhadores permitem que se diga nunca mais? Marx dizia que os proletarios não tinham nada a perder e era verdade na época. Mas no Portugal de hoje já podem perder serviço nacional de saude, educação publica, reformas de velhice.
    Não será um sinal de sectarismo, de falta de segurança na validade das suas proprias ideias, valores, propostas?

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    1. Em breve, porque sobre muitos pontos do seu texto, tenho escrito neste blogue, apenas dois registos:

      - um é que o leitor parece atribuir-me ideias, posições ou juízos que não formulei;

      - o outro é que como é o leitor - e não eu - que escreve que «É verdade que do lado do PS não é de esperar nada porque apesar de estar na mó de baixo da alternância aguarda apenas que o poder lhe caia no colo» , estou certo que com toda a facilidade estará disposto a dar ao PCP a receita para que seja ele «a desatar o nó».

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