07 dezembro 2024

Há exactos 10 anos

 A propósito dos 100 anos
 de Mário Soares um post
por ocasião dos seus 90

07 dezembro 2014

Informação para os mais novos ou...

... uma certa rectificação a Maria João Avillez

Na série de depoimentos que o «Público» hoje publica a propósito do 90º aniversário de Mário Soares (a quem felicito e cumprimento pela bonita data) inclui-se um de Maria João Avillez, jornalista com quem durante muitíssimos anos por razões profissionais mantive sempre relações muito cordiais, onde afirma a dado passo:
Quero crer que M. J. Avillez terá mais sido vítima da pressa do que de qualquer vontade de enevoar as coisas. Mas, como nem todos temos a minha idade e a dela, então talvez seja justo esclarecer que dizer que «o PS lhe retirou apoio por causa da recandidatura do general Eanes» é uma maneira algo embrulhada de contar as coisas. O que realmente aconteceu é, contra a opinião do Secretariado do PS, Mário Soares resolveu retirar o apoio à candidatura de Eanes em 1980 (contra Soares Carneiro) e se auto-suspendeu das funções de Secretário-geral do PS. E, pior que tudo, para além do problema de assinaturas que isso causou à candidatura de Eanes (como ele se resolveu não posso contar), Mário Soares não se remeteu a uma prudente reserva, antes fez numerosas declarações e deu numerosas entrevistas  em defesa da sua atitude. Algures, em sítio indeterminado, devo aliás ainda ter muitas dessas entrevistas que seria pura crueldade revisitar agora pois, efectivamente, entre outros, não foi dos momentos mais bonitos da longa carreira de Mário Soares. Mas, pronto, hoje é dia de parabéns.

PORQUE HOJE É SÀBADO ( )

 Luedji Luna

06 dezembro 2024

Nos 50 anos do 25 de Abril

"A Colónia" -
uma peça a não perder
 na Culturgest

"Partindo de uma investigação da jornalista Joana Pereira Bastos, o encenador e cineasta Marco Martins constrói um espetáculo sobre uma inédita colónia de férias para filhos de presos políticos, em 1972, nas Caldas da Rainha. Durante duas semanas, 18 crianças entre os 3 e os 14 anos, marcadas pela prisão dos pais e com um passado de clandestinidade e solidão, aprenderam pela primeira vez a brincar em conjunto e em liberdade. Marco Martins reúne um elenco de crianças e alguns dos participantes da colónia para trabalhar a partir das histórias e vivências pessoais e aproximar-se de uma reflexão mais ampla sobre a história, a memória e a opressão, numa peça em que o legado da música de intervenção é um aspeto fundamental."

06 DEZ 2024

SEX 21:00

07 DEZ 2024
SÁB 19:00

08 DEZ 2024
DOM 17:00

11 DEZ 2024
QUA 21:00

12 DEZ 2024
QUI 21:00

13 DEZ 2024
SEX 21:00

14 DEZ 2024
SÁB 19:00


Sessão solene

 O PCP na AR
sobre Mário Soares

05 dezembro 2024

O nosso mundo

 Os "danados" da terra

"As fortunas mundiais superiores a mil milhões de dólares aumentaram 121% entre 2015 e 2024 e o número de multimilionários passou de 1757 para 2682, segundo o relatório anual sobre grandes patrimónios elaborado pelo banco UBS." DN

O relatório, que este ano cumpre o seu décimo aniversário, centra-se nas mudanças registadas nessa década, destaca que o crescimento das grandes fortunas mundiais superou o dos mercados, uma vez que os valores subiram em média 73% nesse perío

02 dezembro 2024

As coisas que se acabam por saber

 O homem que trabalhou
para duas campanhas
presidenciais ao mesmo tempo

Antonio Campos, antigo governante e dirigente
 do PS, em entrevista ao Publico de hoje
Havia uma reunião onde a Pintasilgo estava a decidir se devia desistir da candidatura. Eu fico aflito, estava no Rato, saltei imediatamente para ir ao Botequim e falei com a Natália Correia. “Ó Natália, só você é que me pode salvar. Tem que ir a Santarém rapidamente” — já nem sei quem é que a levou — “e tem que convencer a Pintasilgo. Faço eu a campanha, mas ela não pode desistir.” Era óbvio que, se desistisse, punha em risco a segunda volta. A Natália era muito minha amiga e até na antologia tem um poema dedicado a mim. E lá convence a Pintasilgo e comecei a fazer as duas campanhas até ao fim. Arranjei um grupo para ir para a campanha da Pintasilgo, colavam os cartazes que eu imprimia. E também dei alguma orientação política, a dizer à Pintasilgo como era… '''

Nos bem desconfiavamos !

 Estava se mesmo a ver


O líder da Iniciativa Liberal admitiu, esta segunda-feira, que há "pontos de contacto" entre o seu partido e as políticas adoptadas pelo Presidente argentino, Javier Milei, mas ressalvou que isso não significa "uma visão completamente alinhada".
"Há pontos de contacto. Não quer dizer que tenhamos uma visão completamente alinhada, nem completamente desalinhada. Acompanhamos com muito interesse o que se passa naquele país", disse Rui Rocha, em declarações aos jornalistas em frente à embaixada da Argentina em Lisboa após uma reunião com o novo embaixador no país, Federico Alejandro Barttfeld. =Publico=


29 novembro 2024

É no que dá a política do governo da "AD"

 Um escândalo 
 de bradar aos céus !


Não aconteceu agora mas...

Um post de 2016
 que nos recorda quão
 democratas eles são

29 novembro 2016

Que grande lata !

Rangel no seu melhor

Imodéstia à parte, nem precisava de ler o artigo de Paulo Rangel hoje no Público para saber que argumento fundamental iria usar para tentar justificar um tão escabroso título: nem mais menos que os EUA são uma República Federal, daí o Colégio Eleitoral e, no fundo, uma espécie de eleição indirecta  Presidente. Mas tem azar Paulo Rangel: é que, por exemplo, o Brasil também é um República federal e não consta que lá alguma vez o segundo mais votado tenha sido eleito Presidente.  Bem no fundo, Paulo Rangel, tal como outros, refugia-se num formalismo seco onde a vontade real e maioritária dos votantes é um pormenor a esquecer depressa, onde o principio fundador de um homem - um voto é esmagado por obsoletas e velhas regras com 186 anos e através do qual aqueles que atiram para o lixo dois ou três milhões de votos são capazes depois de perorar candidamente sobre o desencanto dos cidadãos com a política.
P.S. Quem não pensa como Rangel é uma larga maioria de norte-americanos que, segundo sondagens, pelo menos desde há 20 anos, dizem preferir que se acabe com o Colégio Eleitoral e se dê primazia aos voos populares.
á 20 a

27 novembro 2024

No programa da SIC Noticias «As Causas»

 Uma das últimas
 (felizmente!) do antigo membro
do gabinete político do MDLP

No mesmo programa de ontem (dedicado ao 25 de Novembro) em que anunciou que, em 24 de Dezembro próximo, os seus comentários semanais terminarão. José Miguel Júdice para enfatizar um avassalador  poder do MFA sobre a vida política citou o  caso da Comissão Constitucional que funcionou na dependência do Conselho da Revolução e era presidida por Melo Antunes. 
Acontece que o que Júdice não contou foi que, se é certo que  o Conselho da Revolução designou 4 vogais (2 dos quais do PS e 1 do PSD), também é certo que o PR designou 2, a A.R. outros dois (1 dos quais do PS), o Conselho Superior da Magistratura 3 e o Supremo Tribunal de Justiça 1,
Mas o que Júdice bem podia ao menos ter lembrado é que da referida Comissão, no 1º mandato, fizeram parte o Prof. Jorge Miranda (do PSD) e o Prof. Mota Pinto (que viria a ser líder do PSD).
Fica-se assim a saber que os novembristas, além do mais, respeitam pouco a verdade.

Rescaldo de uma triste comemoração

"O 25 de Novembro
em tons de 28 de Maio"

Manuel Loff no «Público»

(...) «A direita nunca gostou do 25 de Abril. E, impossibilitada de comemorar o que quer que seja a 25 de Abril, quer encontrar no 25 de Novembro uma data para comemorar. Ela e os seus presidentes (Cavaco, Marcelo) já fizeram regressar a comemoração do 10 de Junho, Dia de Camões, aos tempos da Guerra Colonial, transformando-o no “Dia dos Combatentes”, frequentemente com discursos que roçam o elogio da própria guerra, como se ela tivesse sido uma guerra “em nome de Portugal”. Mas, entre as datas da contemporaneidade, a única alternativa disponível – e não exagero – era continuar a comemorar o 28 de Maio e a “Revolução Nacional” de que falava Salazar. Sendo-lhes inviável fazê-lo, as direitas querem comemorar o 25 de Novembro mas como Salazar comemorava o 28 de Maio: como o momento em que se pôs fim “à ruína da economia, ao assalto da propriedade, à desordem da rua e dos espíritos, (…) à “justiça popular”, à “indisciplina” (discurso de 1940). O 25 de Novembro em tons de 28 de Maio.
Não há originalidade alguma. Nesta falsificação repetitiva da história, é sempre assim que as direitas veem os processos de mudança democrática. A democracia fez-se apesar delas, contra elas. Mas ainda não desistiram de vingar-se.»

26 novembro 2024

Alegado consenso ocidental quebrado ?

 Uma voz dissonante

Angela Merkel defende bloqueio
 à entrada da Ucrânia na OTAN
 e acordos com Putin

« A ex-chanceler da Alemanha, Angela Merkel, defendeu sua política externa em relação à Rússia e à Ucrânia durante uma rara entrevista concedida à jornalista Katya Adler, editora de Europa da BBC, publicada em 25 de novembro de 2024. Merkel afirmou que sua decisão de bloquear a entrada da Ucrânia na OTAN em 2008 foi crucial para evitar um conflito militar antecipado e que os acordos de gás firmados com a Rússia visavam tanto interesses econômicos alemães quanto a manutenção da paz.

Para mim, estava completamente claro que o presidente Putin não ficaria de braços cruzados vendo a Ucrânia se juntar à OTAN”, disse Merkel. Ela argumentou que a Ucrânia, na época, não estava preparada para enfrentar os desafios que a adesão à aliança militar implicaria. Segundo a ex-chanceler, o conflito militar iniciado em 2022 poderia ter ocorrido muito antes e de forma mais grave caso a Ucrânia tivesse avançado em direção à OTAN.» (Brasil 247)

25 novembro 2024

Que os novembristas vão pregar para outra freguesia !

 A data
que celebramos 
com
 toda a força da nossa alma


Lamentamos muito mas não há nenhuma fotografia ou imagem que exprima com verdade a inesquecível e tocante manifestação popular na Av. da Liberdade em 25 de Abril deste ano.




Sobre a data de hoje
apenas isto

Aqui em 01 dezembro 2022

Pode dizer-se que, nos 47 anos que já passaram, muito raramente Melo Antunes foi devidamente citado e que sistemáticamente a sua referência ao «socialismo» foi convertida numa referência à «democracia».

Eu até posso ter alguma compreensão por comentadores e historiadores temerem que nos dias de hoje a citação exacta poder ser algo estranha. Mas com esta transformação (se Melo Antunes tivesse falado em «democracia» também estaria bem) alguma coisa de muito importante se perde: a saber, a verdade histórica de que, em 25 de Novembro de 1975, os moderados vencedores também ainda falavam de «socialismo», o que ilustra que naquela época a semântica mais generalizada ainda estava muito à esquerda

e já agora uma voz insupeita





Uma  questão de datas
 muito esclarecedora
(...)E a resistência começava no combate ao Governo. Todas as forças que o viam como um braço armado do PCP acabariam por se encostar ao Grupo dos Nove e ao seu “documento”, que apareceu como uma bomba numa edição especial do Jornal Novo em 7 de Agosto de 1975. O movimento era transversal e tinha uma estratégiaLogo em Agosto, começa a desenhar um plano operacional para responder a um eventual golpe militar. Seria aplicado no 25 de Novembro. (...) O seu maior problema era saber quem liderava. Se o Grupo Militar dos moderados tinha há semanas um plano operacional e uma estrutura de comando, na esquerda reinava a indefinição (...) Entre comunistas e extrema-esquerda, não havia conciliação possível. A esquerda moderada e toda a direita ficaram a assim de mãos livres para passar de uma situação defensiva para o ataque deliberado.(...). (Manuel Carvalho no «Público» de 24.11.2024)

Notícia no «Público» de 25/11:

«Para Pezarat Correia, "a democracia conseguiu-se não por causa do 25 de Novembro, mas apesar do 25 Novembro". "Logo a seguir, em Abril de 1976, aprovou-se a Constituição revolucionária e as conquistas estavam lá, embora depois disso ela tenha sido adulterada e abandonada por força do processo que se foi seguindo", afirmou, acrescentando que a Constituição também "foi aprovada não por causa do 25 de Novembro, mas apesar do 25 de Novembro".

P.S.: Quem tenha ouvido ontem num debate na CNN Miguel Macedo (PSD) a evocar o para mim mal chamado «cerco à Constituinte» pode encontrar aqui uma outra versão dos acontecimentos.

24 novembro 2024

Pelo Teatro dos Aloés

«Os Rústicos»
 de Carlo Goldoni
- uma peça muito divertida




Encenação de José Peixoto
nos Recreios da Amadora
Dias 25 e 26 Novembro e 29 Nov. a 3 Dez.
Seg. a Sábado- 21 hs, Dom. 16 hs.

«Os Rústicos trata das relações inter-geracionais, igualdade de género e violência doméstica. Para além da pertinência dos temas, o que torna esta obra distinta é a escrita, a “carpintaria” teatral que lhe confere capacidade de atualização rara nas comédias da sua época. Se por um lado segue a linha tradicional da comédia de enganos, cheia de equívocos e mal-entendidos, por outro penetra profundamente nas pequenas subtilezas das relações sociais e domésticas, onde se torna intemporal. Vemos a tentativa de resistir à mudança por parte dos homens e o nascer das pequenas revoluções que se fazem no microcosmos familiar pela ação subtil, mas firme das mulheres e dos jovens. A ação situa-se no Carnaval, numa Veneza a pulsar de vida, cor e transgressão que contrasta com o ambiente cinzento e repressor das casas burguesas dos “rústicos”. Duas forças opostas numa enorme tensão. Pressente-se uma revolução de costumes para a qual os personagens mais conservadores deixam de ter argumentos para resistir.»

Jazz para o seu domingo

Kirsten Gustafson


23 novembro 2024

Sobre uma guerra extremamente perigosa

Palavras sensatas

Miguel Sousa Tavares no «Expresso»

«Imagine que Portugal e Marrocos estão em guerra e que a Espanha, oficialmente, não participa nessa guerra. Agora imagine que, continuando oficialmente de fora, a Espanha fornecia a Marrocos mísseis para serem disparados contra território português, fabricados em Espanha, operados ou assistidos por militares espanhóis e guiados até aos alvos por sistemas de localização e orientação espanhóis. Ainda acharia que a Espanha estava fora da guerra? Foi isso que Joe Biden acabou de fazer, autorizando a Ucrânia a utilizar livremente contra território russo os mísseis Atacms que já lhe tinha fornecido e cujo uso estava até aqui limitado ao território da Ucrânia. (...)»

«Há mais de mil dias, meses antes de a guerra começar, que digo o mesmo: esta guerra era perfeitamente evitável se tivesse havido vontade para isso. A Ucrânia queria a segurança de saber que a Rússia não a invadiria e a Rússia queria garantias de que a Ucrânia não aderiria à NATO, fechando-lhe o cerco pelo sul e podendo, como agora, utilizar o seu território para, com armas da NATO, a atacar. Mil dias depois, ambos os lados perderam: a Ucrânia foi invadida pela Rússia e a Rússia é atacada pela NATO a partir da Ucrânia e está mais cercada do que nunca. Sem falar, claro, das centenas de milhares de mortos de ambos os lados e da devastação da Ucrânia. Tudo isto teria sido facilmente evitado desde o início ou acabado pouco depois se Joe Biden e Boris Johnson não tivessem boicotado os acordos de paz já prestes a serem firmados. Mas, sem conceder na ilegitimidade da invasão russa, eternamente seguirei convencido de que os Estados Unidos e a NATO não só nada fizeram para evitar a guerra como até a desejaram. Mais do que quaisquer manobras militares, a guerra da Ucrânia deu aos Estados Unidos e à NATO a possibilidade única de testar as suas capacidades de equipamento e estratégia militar em cenário real; de perceber as forças ou debilidades militares da Rússia; de a desgastar e enfraquecer na hipótese de um futuro conflito com a China, onde a Rússia seria sua aliada; de ressuscitar uma NATO declarada em estado de “morte cerebral” por Macron, e em nome da defesa dos valores das “democracias liberais” ou agitando o fantasma, criado do nada, da continua­ção da ofensiva militar russa até às praias da Normandia; de possibilitar lucros escabrosos à indústria militar americana; de assentar um golpe fulminante na economia europeia, proibindo-lhe as relações comerciais com a Rússia, e impondo-lhe, a bem ou a mal — nem que fosse pela sabotagem dos gasodutos russos — o corte de fornecimento de energia russa à Europa, substituindo-a, a preços bem mais caros, pelo fornecimento do gás liquefeito americano, a bem da balança comercial americana e da concorrência industrial com a Europa. (...)»

Porque hoje é sábado ( )

 Nina Simone
em "Mississippi Goddam"

uma canção inserida na luta pelos
direitos civis nos EUA na década de 60

excerto da letra

(...)

Piquetes, boicotes escolares
Tentam dizer que é um complôt comunista
Tudo o que eu quero é igualdade
Pela minha irmã, pelo meu irmão,
pelo meu povo e por mim

Sim, você mentiu para mim todos esses anos
Você me disse para lavar e limpar meus ouvidos
E falar muito bem como uma senhora
E você pararia de me chamar de irmã Sadie

Ah, mas este país inteiro está cheio de mentiras
Todos vocês vão morrer e morrer como moscas
Eu não confio mais em você
Você continua dizendo "Vá devagar!"
"Vá devagar!"
(...)

22 novembro 2024

Coisas do «Espesso»

Uma manchete que é 
um grande frete ao govern0

´«
Montenegro diz que há menos 89% de alunos sem aulas. PS, BE e PCP criticam “números martelados”. 
Pelo PCP, a líder parlamentar acusou o Governo de "aldrabice" e de querer "criar confusão" com os dados divulgados sobre o número de alunos sem aulas, com o objectivo de "ocultar a real dimensão do problema".» (Público)

P.S: Uma desenvolvida desmontagem desta propaganda governamental pode ser consultada aqui em «os ladrões de bicicletas»

O «Expresso» emenda a mão num quadradinho pequenino

28.11.2024

Derrota do golpismo no Brasil


Uma excelente notícia



«A Polícia Federal indiciou
o ex-presidente 
Jair Bolsonaro,
os ex-ministros Braga Netto
(Defesa e Casa Civil), 
Augusto
Heleno
 (Gabinete de Segurança
Institucional) e 
Paulo Sérgio
Nogueira
 (Defesa) e mais 33
 pessoas pelos crimes de
tentativa de golpe de Estado,
tentativa de abolição do Estado
democrático de direito e organização 

criminosa. De acordo com a PF,
foi identificada uma "organização
criminosa que atuou de forma
coordenada, em 2022, na tentativa 
de manutenção do então presidente
da República no poder.»

mais aqui


    21 novembro 2024

    Um dado muito importante

     Larga maioria dos
     americanos preferia
    acabar com o sistema
     de Colégio Eleitoral



    Por uma larga maioria,  americanos
    querem o voto popular - e não
    o Colégio Eleitoral - a decidir
     quem é  Presidente

    Linha vermelha- os que querem que sejam os votos populares a determinar quem ganha (actualmente 63%);
    Linha  castanha - os que preferem o sistema actual em que o vencedor é decidido pelo Colégio Eleitoral (actualmente 35%).
    De salientar que esta maioria existe pelo menos desde o ano de 2000 (ano a partir do qual foram consideradas sondagens sobre esta matéria).
    Esta questão não tem relevo quanto às últimas eleições porque Trump também ganhou no voto popular. Mas se vigorasse o sistema da linha vermelha Al Gore (mais 543.895 votos do que George W. Bush) e Hilary Clinton (quase mais 3 milhões de votos do que Trump) teriam sido eles os eleitos.

    Uma quadrilha de fanáticos

     Nomeações de Trump:
    cada cavadela, minhoca !

    Donald Trump acaba de nomear secretária de Estado (equivalente a Ministra) das palhaçadas, perdão, da educação uma empresária de wrestling.

    aqui três cartoons sobre
    as nomeações de Trump

    20 novembro 2024

    O disparate de Leitão Amaro

     Além do mais cobardes

    O que disse Leitão Amaro? (DN)
    «Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião semanal do executivo, na passada quinta-feira, o ministro da Presidência afirmou que “não é muito conhecido, mas Portugal tem o segundo pior desempenho ao nível do número por quilómetro de ferrovia de acidentes que ocorrem" e que tem "um desempenho cerca de sete vezes pior do que a primeira metade dos países europeus”. Esse foi o contexto em que anunciou que o Governo aprovou uma proposta de lei que reforça “as medidas de contraordenação para os maquinistas deste transporte ferroviário, criando uma proibição de condução sob o efeito de álcool”. “Estando Portugal numa das piores situações em termos de nível de acidentes, tem do quadro contraordenacional mais leve e mais baixo da Europa”, rematou Leitão Amaro.»
    Entretanto
    O que disse o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF)?
    O gabinete que tem a incumbência de investigar todos os acidentes na ferrovia também tomou uma posição. Citado pelo Público, o gabinete adianta que desde 2014 "nunca foi detetada nos maquinistas taxa de alcoolemia superior a 0,5 g/l, nem aspetos correlacionados com essa matéria foram identificados como factor interveniente em quaisquer acidentes ou incidentes".
    Depois de Leitão Amaro ter dito aquilo e perante os protestos do sindicato de maquinistas que acusaram o ministro da Presidência de ter associado acidentes ferroviários a consumo de álcool, o ministro Pinto Luz teve  desplante de vir dizer que nem pensar, que o seu colega de governo nem por sombras quis fazer tal associação.
    Forçoso é concluir que no governo da AD há gente que, por cobardia, nem sequer é capaz de manter o que disse.

    Humor em torno da desgraça

    Quatro cartoons
    pós-vitória de Trump
    - Jantar  terminado. Por favor
     caminhem para os vagões
    de deportação...

    Outros 3 cartoons aqui 
    em «os papeis de Alexandria»

    19 novembro 2024

    Uma sugestão inocente

     «Sem outra terra»
    - um documentário que
     a RTP bem podia comprar





     «O filme segue a trajetória de Basel, um jovem palestino dessa comunidade na Cisjordânia, que desde pequeno tem registrado com sua câmera a constante destruição e deslocação do seu povoado pelas autoridades israelenses. As imagens capturadas por ele são testemunhos de uma dor permanente: a destruição de lares, a dispersão de famílias e a batalha contínua pela sobrevivência em uma terra que sempre lhes negou direitos fundamentais. Neste cenário de desespero, Basel conhece Yuval, um jovem jornalista israelita que decide apoiá-lo na sua luta de resistência. Apesar das circunstâncias improváveis, uma forte amizade se forma entre os dois, tingida pela desigualdade intrínseca às suas existências: Basel, encurralado pelo jugo da ocupação militar; Yuval, gozando de uma liberdade que lhe permite, ao fim do dia, escapar para a segurança do seu lar do outro lado do muro. 

    “No Other Land” é mais do que uma crítica feroz ao Estado de Israel; é um clamor por humanidade, um apelo à paz e a uma possível coexistência, numa região dilacerada por décadas de conflitos que parecem não ter solução à vista. Através das lentes de Basel e Yuval, o documentário expõe a crua realidade dos habitantes de Masafer Yatta enquanto questiona as fronteiras visíveis (e invisíveis) que segregam corações e mentes, propondo que a empatia, e o reconhecimento do outro, uma visão de mundo que parece ainda muito distante, possa se transformar numa realidade cada vez mais possível.»

    Ler mais sobre o documentário aqui 

    REPAREM BEM !

     Privatização do INEM:
    Hugo Soares nega mas...


    ... o líder parlamentar do PSD lá vai adiantando que «Um cidadão português quando está doente está pouco preocupado sobre se quem o socorre, quem o atende, é o Serviço Nacional de Saúde (SNS), se é o privado, se são as misericórdias… Não quer é pagar e quer ter o serviço».
    Ora esta é a clássica e insistente argumentação que a direita usa quando pretende justificar privatizações na saúde  !

    16 novembro 2024

    O que estava a fazer falta

     Ora muito bem !

    Associação 25 de Abril
    não vai participar nas
    comemorações
    do 25 de Novembro

    «Instituição fundada pelos militares de Abril argumenta que comemorar o 25 de Novembro, mas não outros momentos-chave do pós-25 de Abril, é uma “deturpação” da História da construção da democracia.»

    Uma Europa subordinada aos EUA

    Um tempo maldito

    (Carlos Matos Gomes, in Medium.com, 14/11/2024) s.

    (...) «No essencial, a germinação e cultivo em estufa de dirigentes quer nos Estados Unidos quer na Europa obedece ao mesmo processo: um grande apoderado paga uma generosa bolsa de estudos para um seu pupilo vir a ocupar um lugar na administração do Estado que favoreça os seus negócios. Musk financiou Trump, mas Peter Thiel, o cofundador do PayPal, rastejando nas sombras, garantiu que o seu homem, JD Vance, entrasse no par presidencial como vice-presidente. Jeff Bezos, atrasado para a festa, entrou na onda falhando alguns dias, mas garantindo que o seu Washington Post não endossasse nenhum candidato. Aqui na Europa ninguém que coloque em causa as verdades únicas da guerra na Ucrânia e do aumento das despesas militares chegará a qualquer posto de relevo. Apenas têm lugar à manjedoura os que que puxam a carroça do dono.

    Quer nos Estados Unidos quer na Europa existe uma oligarquia no poder que funde os negócios do Estado e os negócios privados e constitui uma elite governante. Os negócios renderão biliões, milhões de pessoas morrerão e incontáveis crimes serão cometidos. Como li em algum lugar: “Estamos além do espelho. Estamos todos a viajar pelos esgotos da informação. Trump é um bacilo, mas o problema são os canos.” E pelos canos escorrem muitos outros dejetos.(...) »

    O essencial são os valores. O valor da palavra dada. A democracia assenta no caráter dos cidadãos e em particular dos que têm maiores responsabilidades. Quando não há caráter há canalhas. Temos um regime de canalhas. Quando se abicam dos valores criamos um mundo de faquistas e de trafulhas.

    PORQUE HOJE É SÁBADO ( )

    Angel Olson

    15 novembro 2024

    NOTICIA TRISTE

     Faleceu a camarada 
    Celeste Caeiro

    Celeste Caeiro em desenho de Nuno Saraiva

    Nota do PCP aqui

    14 novembro 2024

    Habilidades e silêncios

     Aquilo de que
     Ricardo Leão nunca fala

    «Reconheço que as afirmações que
    proferi foram 
    um momento menos feliz.»
    Ricardo Leão em artigo
     hoje no «Público»

    Em onze parágrafos de texto a frase acima representa a unica menção de tom autocrítico constante do artigo de opinião em causa.  Mas é caso para dizer que é curto, muito curto, embora represente a sua continuada tentativa de escamotear o que verdadeiramente está na origem da polémica que se seguiu ao acontecido na Câmara de Loures.

    Porque a verdade é que o escândalo e indignação não rebentaram apenas por causa do «sem dó nem piedade» de Ricardo Leão. Muito mais importante e muito mais grave do que isso foi aquilo de que, desde há semanas, o Presidente da Câmara de Loures não fala: a saber, que ele próprio mais os eleitos do PS e (a não esquecer) do PSD aprovaram uma proposta do Chega no sentido de alterar o regulamento de habitação municipal para que fossem despejados  os autores de violência ou desacatos, o que além de ilegal é desumano porque os incriminados ou julgados podem pela certa ter ascendentes ou descendentes (inocentes!) a viver na sua casa.

    É disto que, nas suas já frequentes explicações, Ricardo Leão nunca fala. Mas é isto que é grave, intolerável e é preciso lembrar.

    Adenda repescando uma notícia de 8 de Novembro:

    Também a Iniciativa Liberal
    «
    Assembleia Municipal de Loures chumbou proposta da CDU para revogar a recomendação do Chega sobre despejos de habitações municipais, aprovada com os votos de PS e PSD. IL juntou-se no voto contra

    Já em 2019 isto era actual

     

    Sobre antisemitismo e antisionismo

    Desfazendo uma confusão

     nada inocente
    «Porque é que assimilar o antisionismo ao antisemitismo é inepto e perigoso»

    Ler aqui