De vez em quando, nem que seja para desopilar um bocado, não faz mal nenhum voltar a Vasco Pulido Valente e às suas frequentes incongruênCias, arrogâncias e patetices.
Por isso aqui se regista que a sua crónica de hoje no Público arranca assim (atenção aos meus sublinhados):«Um dia em 1984 ou 85, no meio de uma daquelas zaragatas em que os portugueses são especialistas, escrevi que o fim do “marcelismo” tinha sido a época mais feliz da minha vida. A indignação dos jornalistas foi grande: só um monstro podia gostar de viver sob uma ditadura. Em 1973, com o doutoramento acabado de fazer, alguns tostões para gastar no Gambrinus e a certeza mais maciça que o regime não durava muito, o mundo não me parecia mal.»
Comentário seco:que eu saiba o «fim do marcelismo» só ocorreu com o 25 de Abril de 1974 e por isso não percebo como pode VPV situar a questão em 1973 ou porque raio haviam os jornalistas, segundo diz VPV, de o acusar de «gostar de viver sob uma ditadura». Mas como Vasco Pulido Valente é historiador, quem sabe se não estará a preparar alguma obra que nos traga a surpresa de nos revelar que entre «o fim do marcelismo» e o 25 de Abril de 1974 houve outro Presidente do Conselho que malevolamente todos apagámos da memória e da história.
P.S.: Nesta crónica, além de chamar «coronel anafalbeto» a Vasco Gonçalves (coisa perfeitamente digna da sarjeta mental que é a cabeça do autor), Vasco Pulido Valente refere também que não vieram as coisas boas que ele esperava mas «Veio o dr. Cunhal com a ambição de transformar Portugal numa espécie de Bulgária do Sul.». A este respeito, a coisa caluniosa também é estranha pois dizem os mapas que a Bulgária já é e era um país do Sul da Europa pelo que aquela de transformar Portugal numa Bulgária do Sul até faz crer que, para VPV, a Bulgária estará no sítio que os mapas atribuem à Dinamarca.
Excelente.
ResponderEliminarMas vale a pena perder tempo com VPV e outros que tais, que recebem pelo que escrevem e embolsam cf os caracteres com espaços ? Dar-lhes o palco ? Às vezes VPV escreve alguma coisa de jeito, mas na maior parte dos casos faz parte daquela "tertúlia" saxónica que espadeira nos jornais de "reverência"
ResponderEliminarVitor Dias
ResponderEliminarVPV já todos o conhecemos está sempre do "lado errado da vida" é assim e com a idade já não muda. Julgo no entanto que o teu reparo sobre a parte em que ele escreve "só um monstro podia gostar de viver em ditadura" não são os jornalistas que dizem, mas sim VPV a pensar que eles pensam.Se for assim a critica não se põe.A hora já vai tarde e se calhar sou eu que não estou certo.Não precisas de publicar. Até sempre!
Caro Adelino: não há no meu texto nenhuma crítica aos jornalistas. Mas vou fazer uma pequena emenda para evitar qualquer dúvida.
EliminarCreio que quando VPV fala de "o fim do marcelismo" se refere aos últimos tempos do marcelismo, antes do 25 de Abril. Ainda torna a coisa pior, ser esse o melhor tempo das
ResponderEliminarCaro Vasconcelos-Costa:
EliminarPelo desculpa mas recuso-me terminantemente a acreditar que um tão gabado prosador e cultor da língua portuguesa querendo escrever «os últimos tempos do marcelismo» tivesse escrito o «fim do marcelismo». Isso só seria de admitir em quem, como eu, escreve com os pés.
qual a alternativa, Nogueira? deixá-lo sem contraditório em lado nenhum?
ResponderEliminarAí está o busílis. Não se pode deixar sem contraditório e sem mostrar que afinal o rei vai mesmo nu.
EliminarDe
os jornais de "reverência" têm tantos escribas da treta, no Público como no Expresso, que o nosso tempo não chega para "responder" a todos. Há uns mais "influentes" que outros, "adaptando" JPP; mas achei oportuno o post sobre Correia de Campos, p.ex. :-)
EliminarVou levar. Este, vou levar!
ResponderEliminarQue confusão de texto esse do VPV. Não dá para entender!!!
ResponderEliminarUm beijo.