nestes últimos 3 anos !
Pormenor da capa do ultimo Courrier Internacional responde a capa do último Sénior com José Gomes Ferreira (ai, como custa escrever este nome).
José Gomes Ferreira
O NOSSO MUNDO É ESTE
O nosso mundo é este
Vil suado
Dos dedos dos homens
Sujos de morte.
Um mundo forrado
De pele de mãos
Com pedras roídas
das nossas sombras.
Um mundo lodoso
Do suor dos outros
E sangue nos ecos
Colado aos passos…
Um mundo tocado
Dos nossos olhos
A chorarem musgo
De lágrimas podres…
Um mundo de cárceres
Com grades de súplica
E o vento a soprar
Nos muros de gritos.
Um mundo de látegos
E vielas negras
Com braços de fome
A saírem das pedras…
O nosso mundo é este
Suado de morte
E não o das árvores
Floridas de música
A ignorarem
Que vão morrer.
E se soubessem, dariam flor?
Pois os homens sabem
E cantam e cantam
Com morte e suor.
O nosso mundo é este….
( Mas há-de ser outro.)
Um lacaio do grande capital financeiro e económico.Já há muito que não consigo ouvir este pássaro que consegue fazer perguntas mais extensas do que as próprias respostas.É mais um Medina carreirista
ResponderEliminarÉ verdade!... É preciso ter azar que este sujeito tenha o mesmo nome que um grande escritor português...
ResponderEliminardaqui a algum tempo, este bandideco volta ao olvido e o José Gomes Ferreira continuará a maravilhar quem o leia e conheça!
ResponderEliminarBoas festas Camarada
ARamos
Li com toda a atenção o livro que o JGF publicou, se não me erra a memória, "O meu programa de governo".
ResponderEliminarPara além de um diagnóstico em muitos aspectos que podemos corroborar, falta-lhe de facto visão filosófica que lhe permita compreender a fundo o que é que se passou e continua a passar. Tem propostas que qualquer um de nós tem já como óbvias - a não privatização do pacote de acções que a Seg. Social tem, segundo ele muito melhor geridas pelo sector público do que seria alguma vez pelo privado, até atendendo à desbragada desbunda em que o sector financeiro trata o dinheiro dos outros. Peca, de facto, pela incompreensão da realidade e pelo posicionamento ideológico que professa publicamente. Ambos lhe impedem de perceber a vida real, pois só "admite" este quadro de "patrões", logo, do capitalismo. Para ele, uma economia planificada é coisa horrorosa, que não funciona - seguramente que nunca analisou "peva" sobre o colapso "propositado e provocado a partir de dentro", das economias planificadas.
Quanto à austeridade e à intervenção estrangeira, ele defende-a porque afirma "que nós sozinhos nuca iriamos lá", afinal uma mesma versão dos "feios, porcos e maus" com que muito fdp nos tratou e trata. Nunca se refere à fatia do rendimento nacional que é atribuído ao trabalho, nunca apresenta estudos comparativos com detalhe mínimo sobre os diversos países da OCDE, enfim, um trabalho de pequeníssima profundidade, que me desiludiu, não pelo posicionamento que já conhecia mas sim pela sustentação teórica.
"Esquece-se" de quem nunca foi governo, de quem apelou, apela e continuará a apelar para a correcção de uma realidade de destruição de sectores produtivos - industria, agricultura e pescas, passa por cima de quem falou no devido tempo, seja contra uma entrada na UE, seja no euro, mesmo que fosse só por questões ideológicas - nunca existem "só" questões ideológicas!!!!!!.
Não digo que seja, como pessoa, isto ou aquilo, pois não o conheço. Como jornalista e tirando um certo "ódio" de eleição aos ex-governantes do tempo do Socrates, que diria ser justificado por critérios que afinal não são de todo os dele, fica o que já se espera pelos "jornalistas do sistema central", uma vacuidade de argumentação, uma superficialidade de análise. Mas a ler, qaté porque é importante saber-se o que pensa o "inimigo de classe"!
Belo poema para ser declamado nestes dias de "Paz e Alegria" tão cantados neste Natal.
ResponderEliminarUm beijo.