31 janeiro 2020

Estamos feitos ao bife

Não tenho maneira de
reproduzir mas na página
 14 do "Público" de hoje há
uma foto do Ventura
com 22 x 15 cm.
 
(é maior que o texto sobre as
 declarações racistas do sujeito)

é qualquer coisa parecida com isto

Desculpem ser em francês

(clicar para aumentar)
« Os Estados Unidos apoiam-se cada vez mais em prestadores privados para um grande número de operações militares no estrangeiro, o que dissimula a verdadeira amplitude do poder militar americano, e provoca numerosos novos perigos».

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Para inveja de lisboetas e portuenses

Estes não tiveram pruridos

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30 janeiro 2020

O plano de Trump

«O roubo do século»
chamou-lhe a insuspeita
 «The Economist»






COMUNICADO 02/2020
MPPM denuncia o «embuste do século» que os EUA
querem impor aos palestinos

«O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) condena firmemente o conteúdo do chamado «acordo do século» para a resolução da questão palestina, apresentado no dia 28 de Janeiro pelo presidente dos EUA, Donald Trump, acolitado pelo ainda primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Apresentado com soberba imperial, o mal designado plano «Paz para a Prosperidade» rasga todas as resoluções aprovadas ao longo de décadas pela ONU sobre a questão palestina, e rasga mesmo os acordos, como Oslo, promovidos sob a égide dos Estados Unidos da América desde a década de 90. O «Plano» acompanha inteiramente as posições da extrema-direita israelita e assume a forma de um diktat que pretende impor ao povo palestino, cujos representantes não foram sequer considerados dignos de consulta, a total renúncia aos seus direitos nacionais, reconhecidos e consagrados pelo direito internacional.
A legitimação da anexação e o prosseguimento da limpeza étnica dos palestinos
O «acordo do século» proclama (de novo) Jerusalém indivisa como capital do Estado de Israel; promove a anexação por Israel de todos os colonatos judaicos na Cisjordânia ocupada; reconhece a anexação do Vale do Jordão por Israel; nega aos refugiados palestinos, expulsos em sucessivas campanhas de limpeza étnica pelas forças sionistas e depois por Israel, o direito ao retorno. O mapa que acompanha o «Plano» traça uma fronteira que anexa a Israel os Montes Golã sírios, ao arrepio de toda a legitimidade internacional.
O arguido por corrupção Netanyahu não perde tempo: abençoado por Trump, quer que o governo de Israel discuta a primeira fase da anexação já no próximo domingo.
Em contrapartida, aos palestinos caberia aceitar um «Estado» de farsa, ainda assim remetido mais uma vez para as calendas gregas: uma entidade informe, fragmentada em guetos descontínuos que fazem lembrar os planos de bantustões da África do Sul do Apartheid, sem controlo das fronteiras, sem controlo do espaço aéreo e das águas territoriais, com capital num arrabalde de Jerusalém Oriental, sem o direito a ter forças militares próprias mas sujeita à eterna presença militar de Israel. Além disso, os palestinos teriam de renunciar aos subsídios financeiros às famílias dos presos e das vítimas mortais da repressão israelita; de reconhecer Israel como «Estado-nação do povo judeu», ou seja, a discriminação dos palestinos cidadãos de Israel; e de aceitar o desarmamento dos movimentos da resistência palestina.
Uma parte dos palestinos cidadãos de Israel estariam destinados a ser anexados à força ao pseudo-Estado palestino. A coberto do falacioso argumento de um Estado-nação para os judeus e de um Estado-nação para os palestinos, a pretexto de «compensação territorial» pelos colonatos implantados no coração da Cisjordânia, trata-se na realidade de mais uma medida de limpeza étnica, visando aquilo que o sionismo não conseguiu realizar em 1948: um Estado judaico «etnicamente puro», desembaraçado dos seus habitantes palestinos, muçulmanos e cristãos.
Na linha directa de medidas anteriores da administração Trump — reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e transferência para aí da embaixada dos EUA; corte do financiamento à UNRWA, a agência da ONU de assistência aos refugiados palestinos; anexação dos Montes Golã sírios ocupados em 1967; negação do carácter ilegal dos colonatos israelitas nos territórios palestinos ocupados —, o plano estado-unidense parece saído da pena dos sionistas mais radicais, dos colonos mais extremistas. E não por acaso: é significativo que Trump e Netanyahu tenham ambos saudado o papel desempenhado neste processo por David Friedman, embaixador dos EUA em Israel, por Jason Greenblatt, enviado especial para o Médio Oriente, e por Jared Kushner, genro de Trump e principal autor do plano, todos sionistas assumidos com ligações estreitas ao movimento dos colonos. (...)»

29 janeiro 2020

Olha a «democracia cristã»

As costas largas do «contexto»

Se já era conhecido, mais uma razão para não ser levado a dirigente.

Entrar com o pé esquerdo

  Primeira cavadela,
primeira minhoca

(JN)
Está visto que ninguém ensinou ao pequeno  que, à saída do Palácio de Belém, não se divulgam as opiniões do Presidente.

A primeira minhoca é perdoada mas, à segunda, pode apanhar com uma coisa assim:

Jornal oficioso ?

Já repararam que o
 Ventura tirou assinatura
 para a 1ª página do «i» ?

A tiragem do jornal não compensa mas a exposição em bancas e escaparates vale a pena.

28 janeiro 2020

Há 30 anos

As traições da memória
(«Expresso» online)
Assim falou o actual Presidente da República numa sessão evocativa dos “30 anos do Moderno Planeamento Estratégico de Lisboa”, elaborado no período em que Jorge Sampaio esteve à frente da Câmara Municipal de Lisboa», na sequência de uma coligação PS-PCP-Verdes-MDP/CDE.

Mas eu, que sou desmancha-prazeres, só me lembro deste momento especialmente "elevado", "civilizado" e "racional":





Nota: o «quase lhe valeu Lisboa» é um bocadinho exagerado pois a coligação de direita teve menos 26 mil votos e menos 7 pontos que a coligação vencedora.

25 janeiro 2020

Azares da profissão

O maldito latim (?)
que, de vez em quando, 
ataca os jornais


É isto que, em vez da habitual citação, se pode ler hoje na pág. 9 do «Público». E, nâo sei explicar a origem, mas resulta da antiquíssima tradição de os jornais, enquanto não chega o texto definitivo, sinalizarem nas maquetes o espaço em falta com umas frases em latim. Até tem graça, não vale a pena chatearem o jornalista que fechou a edição.

Eu sei do que estás órfão

Pois, pois.



Acredito piamente  nesta canção de embalar. Até tenho ouvido dizer que o PSD tem sido sempre social-democrata e o CDS sempre centrista.

Recordando

Afinal a transição
espanhola meteu sangue
« En este 24 de enero se cumplen 43 años del asesinato de los abogados de Atocha. Hoy hemos homenajeado en la plaza de Antón Martín a los cuatro abogados y un empleado administrativo que fueron asesinados a tiros en su despacho de la calle Atocha 55. Por los sicarios fascistas. Cuatro abogados más fueron heridos. Enrique Valdevira Ibáñez, Luis Javier Benavides Orgaz, Francisco Javier Sauquillo, Serafín Holgado y Ángel Rodríguez Leal no sobrevivieron. Miguel Sarabia Gil, Alejandro Ruiz-Huerta Carbonell, Luis Ramos Pardo y Lola González Ruiz quedaron malheridos con secuelas de por vida.»

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Porque hoje é sábado ( )

The Bergamot



Asugestão musical de hoje ai para o duo
 norte-americano The Bergamot

23 janeiro 2020

A destituição de Trump

A coisa pode estar boa
para Trump no Senado
 mas não está boa na opinião 

pública norte-americana
Por uma pequena margem, americanos
 dizem que o julgamento no Senado deve
resultar na destituição de Trump
51% consideram que o julgamento deve
resultar na destituição;
63% consideram que acções de Trump foram
ilegais
70% que não foram éticas

mais aqui
O meu Senado, as minhas regras

22 janeiro 2020

Para a breve história do preconceito

Só para não ir mais atrás, registo que hoje no «Público» :
- Paula Teixeira da Cruz se espraia por duas colunas a dar umas piadas a Rui Rio e a explicar-nos a honra que sente por ter feito campanha por Luís Montenegro;
- Ricardo Sá Fernandes, do Conselho de  Jurisdição Nacional do Livre, se espraia ao longo de cinco colunas sobre os momentosos problemas da sua agremiação.
E assim, neste dia invernoso, lá tenho de soltar o desabafo de que longe vão os tempos em que o Luís Sá e este vosso criado eram corridos de colunistas do «Público» com o pretexto, totalmente infundado aliás, de que faziam proselitismo explícito a favor do PCP.

Uma exposição e um livro estrangeiros

Nova Iorque :
cidade de trabalhadores,
cidade de luta



(Algumas das trabalhadoras da têxtil de Nova York que entraram em greve em 1909 por uma melhor remuneração, condições de trabalho e horário  mais curto. A greve, conhecida como a Revolta das 20.000, teve como alvo mais de 600 lojas de vestuário e fábricas.)

como os movimentos de trabalhadores
 mudaram Nova Iorque


Edição da Columbia University Press, 40 $

ler aqui

21 janeiro 2020

Espantoso !

Rui Tavares a achar que
 Marcelo devia ter imitado
 Cavaco em 2015

Rui Tavares em entrevista ao «DN»

Sobre esta afirmação apenas quatro  pazadas de terra :
1. Ao pretender que Marcelo Rebelo de Sousa adoptasse a exigência (acordo escrito) de Cavaco Silva em 2015, Rui Tavares  alinha lamentavelmente numa concepção mais do que discutível dos poderes constitucionais do PR.
2. Rui Tavares não tem, nesta entrevista, a generosidade de nos explicar o que, no contexto dos resultados eleitorais verificados,  faria depois Marcelo se os partidos lhe dissessem que  não queriam ou não era possível um acordo escrito.
3. Rui Tavares não percebe a diferença abismal que existe entre um cidadão qualquer ter desejado que houvesse um acordo escrito e ser o  PR o exigi-lo.
4. Forçoso é concluir pois que, ao menos por uma vez, o Presidente da República teve muito mais bom senso e sentido das realidades do que Rui Tavares.

Uma revelação muito importante



- Ministro Pedro Nuno Santos, em
 entrevista ao «Expresso» de 18.1.2020

«Público» de 9.1.2019

20 janeiro 2020

Post para idosos

Se aceitar, é já a fazendeira
 que aceita, não a personagem de «Malú Mulher» de 1979



ler aqui

19 janeiro 2020

Artigo no último «Expresso»

Miguel Sousa Tavares
 à beira de se filiar no
 Iniciativa Liberal ?


«E o que eu sinto é que partidos e partidecos que não ganharam as eleições — e em alguns casos até, claramente, as perderam e recuaram eleitoralmente — chantageiam o partido que as ganhou, tirando vantagem da ausência de maioria absoluta deste para governar apenas com o seu programa, e actuam como se eles também tivessem recebido um mandato dos portugueses para nos co-governarem nos próximos quatro anos. E com que chantageiam eles? Com o meu dinheiro. Com o dinheiro que me custa muito a ganhar, fruto do meu trabalho e da enormidade do que dele dou ao Estado em troca do nada que lhe peço.»

- conclusão : Miguel Sousa Tavares não vive em sociedade, é um conhecido eremita que não pede nada ao Estado.Nem polícia que garanta a sua segurança, nem escola pública para os seus netos, nem SNS para si ou seus familiares.

«É a classe média que produz os cientistas, os economistas, os arquitectos, os músicos, os escritores, os filósofos, os empresários visionários, os matemáticos, que acrescentam valor, inovação, riqueza às nações. Numa palavra, aquilo a que chamamos elites. Mas sucede que toda esta gente só existe e só funciona num quadro de absoluta liberdade individual e económica — sem depender do Estado e, se necessário, contra o Estado»



- conclusão  : se só a classe média traz riqueza ao país, eu proponho que, por ponte aérea, se mandem todos os trabalhadores de férias para Punta Cana.

«Voltando então ao nosso banquete do Estado e à parte da pornografia, ela consiste simplesmente no infindável e despudorado rol de exigências de mais e mais despesas públicas, mais e mais impostos sobre tudo o que mexe (..), apresentadas, tipo concurso de ideias, por todos os partidos à esquerda do PS. Que, uma vez garantidas, eles irão afixar em cartazes de rua como conquistas suas — com o dinheiro nosso. E assim, abstendo-se na generalidade, estes partidos dedicam-se depois, na especialidade, a acrescentar, grão a grão, mais umas centenas de milhares ou milhões de despesa pública, para cujo pagamento só prevêem, quando prevêem, dois tipos de cobertura: ou mais défice ou  mais impostos.»


- conclusão 1 : em próximo artigo, MST vai propor uma revisão constitucional que passe a determinar que partidos que não ganhem eleições não podem fazer propostas de alteração ao Orçamento;


- conclusão 2: MST tinha uma imensa vontade mas faltou-lhe espaço para falar nos 850 milhões de euros que estão inscritos no OE para 2020 destinados ao Novo Banco.

- conclusão 3 : MST teve azar pois, no mesmo «Expresso» em que ele despeja a sua indignação com a quantidade de propostas de alteração na especialidade ao OE, Pedro Adão e Silva explica que elas foram 1.200 no governo minoritário de Sócrates, 600 nos governos pafiosos e 510 no ano passado.

16 janeiro 2020

"Ou há moralidade ou comem todos "


Lendo só o título desta crónica de João Miguel Tavares no «Público» de hoje, muitos leitores certamente se interrogarão sobre a que propósito vem este assunto agora. Mas a crónica explica ela mesmo que, em vésperas das autárquicas de 2017, a rapaziada do «Governo Sombra» resolveu fazer um programa em que abordou, sem quaisquer restrições, a  actualidade política e eleitoral; que, na sequência, a CNE enviou ao Ministério Público um auto de denúncia «por incumprimento do dia de reflexão»; e, agora JMT vem ufanar-se de o M.P  ter proferido um despacho de arquivamento.

E, por esta crónica, ficámos então a saber que o MP considerou (a meu ver erradamente)  :
A. que o «entendimento lato que a CNE fez de «propaganda eleitoral» não tem sustentação legal ;
B. que «somente a propaganda eleitoral, em sentido estrito, para promoção  propriamente dita e efectiva  candidaturasdeve ser proibida em dia de reflexão"
C. que essa proibição não deve abranger " todo e qualquer acto positivo ou negativo relacionado com as eleições» na medida em que tal «proibição comprime de forma desproporcional o direito fundamental à liberdade de expressão e informação» 

Naturalmente que um tal despacho de arquivamento tinha de levar ao êxtase um comentador como J.M.T que, na questão do «dia de reflexão», só vê «a obrigação de autocensura  dos jornais e telejornais ». Ou seja, para JMT e quase todos os outros que fazem campanha pelo fim do «dia de reflexão» porque  estão dominados por um lamentável espírito de casta e pendor corporativo, só existem os direitos ilimitados de jornalistas e comentadores num dia em que já os partidos continuaram obrigados a manter a rolha na boca.
Teríamos assim uma situação em que, com os partidos silenciados, um qualquer comentador ou jornalista , num qualquer «Governo Sombra» poderia lançar impunemente uma qualquer infâmia sobre um partido ou sacar do bolso uma qualquer «sondagem de última hora» sem que os visados e lesados pudesse ter qualquer reacção.
 Tudo visto e ponderado, volto à vaca fria : querem acabar com o «dia de reflexão» ?. Pois acabe-se com ele ! Mas terão de gramar que, das 0 às 24 horas de sábado, haja caravanas de propaganda, arruadas, comícios, difusão de comunicados e esclarecimentos. por parte das forças concorrentes às eleições. É que, se há moralidade, comem todos !