Há uma linha que separa
o «provável» do inevitável
o «provável» do inevitável
«(...) Eis por que é tão difícil e desagradável debater o que seja hoje a esquerda socialista ou social-democrata, depois de exemplos frustrados. Tanto mais que parte dela está liquefeita na Grécia, reduzida ao osso na Espanha, inepta na França, diluída em disputas pessoais na Itália. Mas é imperioso o debate sobre o caminho a seguir, quando ela hoje partilha o poder em coligações com a direita, como na Holanda, Bélgica, Irlanda, Dinamarca, Áustria, Finlândia e agora na Alemanha. E, muito provavelmente, em breve em Portugal.(...)»
- António Correia de Campos, hoje no Público
Foi por causa deste post que fui ler Campos, cujo discurso é igual ao de Francisco Assis ou de João Ribeiro - o PS-P é a esquerda e o PCP a extrema esquerda. E na linha de Mário Soares, tenta "recuperar" Sócrates:
ResponderEliminarCorreia de Campos também no mesmo artigo escreve:
«A esquerda tem um registo histórico de contemporizar com as corporações, sejam de médicos, advogados, engenheiros, economistas, professores, farmacêuticos ou de funcionários públicos. Tende a deixá-las medrar, de início como aliadas, depois deixa-se capturar, hipnotizada como por serpente encantatória. Os últimos 30 anos documentam entre nós este ascenso silencioso e aparentemente irreversível. Estaremos mais libertos agora com a crise? Que não haja ilusões, as corporações estão por agora limitadas na sua margem de manobra, mas retomarão a tentativa de captura na exacta medida da saída da crise. A direita tende a recuperá-las para as manipular. À esquerda cabe colocá-las no seu lugar.»
e acrescenta:
«A desconfiança perante a extrema-esquerda é sempre mais baseada na práxis do que na teoria. É preciso ter passado por episódios onde se foi vítima do maniqueísmo e da perversão da suposta solidariedade para se sacudir o jugo pretensamente ideológico. Ainda maior num país que cultivou durante décadas a superioridade moral dos comunistas, reconhecidos como os mais consequentes resistentes, heróis e santos. A fronteira entre a recusa da coacção da extrema-esquerda e a assimilação ao reformismo centrista, se é difícil de definir, é desconfortável de sacudir. É necessário ter a superioridade de um Mário Soares para se praticar a crítica sem receio de pedradas na esquina. Sócrates que o diga, quando tinha permanentes e injustificados piquetes de protesto nos locais para onde se dirigia. Ter uma conduta independente, definir uma linha que não seja encostada à corrente da negação fácil não é tarefa simples. Seguro que o diga também.»
Ao menos JPP é mais "objectivo" e no artigo "Barões", do passado dia 14, em que critica/analisa/retrata o PSD "actual"; esse artigo assentaria que nem uma luva ao PS "actual"
Mas que esquerda poderá partilhar o poder com a direita?!!!!!!!!!!
ResponderEliminarUm beijo.
A que o partilha nos governos e TAMBÉM nas autarquias....
EliminarSó podes partilhar o que é teu à partida. Se não há maioria em determinadas autarquias é necessário procurar algum tipo de convergência sob pena de não ser possível governar por não passar em Reunião de Camara ou Assembleia Municipal onde não haja maioria. Em casos excepcionais só a direita está disponível para aceitar esses acordos.
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