a outra frase de um debate
Na sequência do que tem escrito em numerosos artigos e em alguns livros, o estimado Prof. André Freire, em artigo hoje no Público onde não faltam numerosas observações interessantes e certeiras, embora sublinhando as responsabilidades do PS («por algum legado da governação anterior e pela tibieza da oposição que tem feito ao governo em funções, nomeadamente por ser incapaz de gerar uma alternativa, seja em termos de alianças, seja em termos de políticas, que vá além de um bloco central alargado (PS-PSD-CDS) e das mesmas políticas, mas «com rosto humano»), insiste também nas responsabilidades «de uma esquerda radical (mais o PCP do que o BE) incapaz de fazer significativas cedências para possibilitar a construção de uma alternativa governamental de esquerdas».
A verdade é que, num plano geral, já escrevi várias vezes no sentido de rebater e argumentar contra esta insistente opinião de André Freire. Nesse plano geral, sinceramente creio que já não se pode adiantar muito mais porque o saldo é uma espécie de «diálogo de surdos».
Em contrapartida, creio que já adiantaria muito se, passando em revista as principais críticas e discordâncias do PCP em relação a opções estruturantes do PS (PEC's, memorando com a troika, privatizações, agravamento do Código Laboral de Bagão Félix, pacto orçamental, etc.,etc., etc.), André Freire fosse capaz de concretizar quais, em concreto, as «significativas cedências» que, segundo ele, o PCP deveria estar disposto a fazer fazer ao PS.
Ou, de um modo mais pessoal, quais as politicas e opções do PS criticadas pelo PCP que ele - Prof. André Freire - tolera, concorda ou apoia de alma e coração.
Tenho a impressão, porventura errada, de que assim haveria finalmente mais claridade neste debate.
E bem significativas seriam, a que o nosso Partido não poderia de modo nenhum ceder. Se isso, por absurdo, viesse a acontecer, o PCP deixaria de ser o nosso Partido Comunista.
ResponderEliminarUm beijo.