de 5 de Junho de 2011
Logo que o actual governo começou a anunciar as primeiras medidas socialmente mais gravosas e violentas, uma potente legião de comentadores e jornalistas da família dos contentinhos da silva, dos laranjinhas ou dos de espinha dorsal feita de plasticina imediatamente desataram a debitar que a campanha eleitoral conducente à votação de 5 de Junho passado tinha deixado suficientemente claro que o PSD pretendia ir além do acordado com a troika e que, portanto, os votos dados ao PSD tinham-no sido na perfeita consciência popular do que aí vinha.
Esta rapaziada serventuária não distingue nem lhe convém distinguir entre várias coisas muito diferentes: uma é a informação política e a capacidade de dedução política daqueles para aí 200 mil portugueses (quando muito) que seguem de fio a pavio todas as peripécias e conteúdos da vida politica e outra a percepção mais distanciada e superficial que a maioria dos eleitores tem destas coisas; outra é a diferença entre um discurso eleitoral como o do PSD, centrado sobretudo na crítica ao PS e onde só entraram disfarçadamente uns elípticos sinais sobre medidas gravosas e o devastador conjunto de medidas concretas que desde há quase 4 meses estão sendo impostas.
A verdade verdadeira sobre o que o PSD (e ainda mais o CDS) disse na campanha eleitoral aos portugueses não está nesses sinais difusos e elípticos nem sequer no seu programa eleitoral, está sim nos discursos em comícios, nas entrevistas, nos debates televisivos entre líderes partidários.
É por isso que aqui desafio solenemente todos os defensores, descarados ou envergonhados, da política deste governo e das medidas que está adoptando que acampem nas hemerotecas, queimem as pestanas no youtube e nos arquivos das televisões e me esmaguem com as provas concretas de que quase tudo aquilo que agora espalha desespero, medo e raiva na sociedade portuguesa já tinha sido, clara e iniludivelmente, o tema central da campanha eleitoral do PSD e do CDS.
Enquanto não me esmagarem dessa maneira (entretanto eu tenho aí em baixo um vídeo para a troca),reservo-me o direito de dizer que o PSD nas eleições de 5 de Junho cometeu uma das maiores fraudes políticas de que há memória desde há 35 anos.
Já o contrário não é nada dificil de provar
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=gNu5BBAdQec#!
Abraço
Bem diz o camarada Jerónimo.AS justificações para tudo o que está a ser feito, correspondem à repetição de um filme tanras vezes contado ,mas nunca às afirmações da campanha eleitoral.
ResponderEliminarMentem descaradamente.Durante quanto tempo mais permitiremos estas mentiras?
Um beijo.
Uma adenda a este post, e uma ajudinha à legião de comentadores amnésicos:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=gNu5BBAdQec
Quem ganha as eleições recorre á legitimidade democrática para legitimar a sua governação por se encontrar num sistema democrático. De facto a democracia só lhe dá a legitimidade, após vencer as eleições, de formar governo. A legitimidade democrática de se manter em governação é-lhe dada todos os dias pela sua acção governativa, ou seja pela capacidade que tem de efectivamente por em prática o programa que levou a plebiscito.Todo o resto, exceptuando uma qualquer catrastofe,são desculpas de quem não foi honesto nas promessas efectuadas. Não se pode em democracia, evocar o desconhecimento real da situação, se durante a campanha não se preocupou com tal prometendo o que não podia. Parafaseando Passos Coelho « Como se pode manter um Governo em que o Primeiro-Ministro mente?»
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