Aqui, Rui Bebiano ( o mesmo que aqui, com uma incomparável sensatez e modéstia, atribuía ao Congresso das Alternativas a missão de «unir para construir e propor (...) uma alternativa real de governo ), considera asperamente que as moções de censura do PCP e do BE são tiros de «pólvora seca» e depois escreve (sublinhados meus) : «(...) Neste cenário, a abstenção deste partido [o PS] , agora proposta pelo seu irresoluto secretário-geral, seria e será inevitável. Mas como poderia deixar de o ser? No entanto, o inevitável não seria evitável com a apresentação de uma moção única que servisse mais para unir a oposição ao governo do que para demarcar fronteiras? (...)».
Já estou a ver o tiro de canhão que seria uma moção de censura que, para agradar ao PS, excluísse qualquer referência ao memorando com a troika e se alinhasse pela maior milonga dos tempos que correm e que é a da virtuosa harmonização entre austeridade e crescimento económico e criação de emprego. Tudo, para, no fim, o PS não assinar na mesma, como Rui Bebiano muito bem sabe.
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