No início dos anos 80 (talvez 82) já não me recordo bem participei na Marcha contra o Desemprego promovida pela CGTP que como esta marcha também percorreu Portugal. Recordo-me dos comícios nas praças e nos jardins, nas paralisações expontâneas e solidárias, das refeições às portas das empresas, das muitas coletividades, associações, câmaras que disponibilizaram dormidas e transportes, das populações anónimas que saíam para se juntarem à marcha. À data também estavamos a lutar pelo posto de trabalho: na Fábrica de Loiça de Sacavém revezavamo-nos em piquetes a proteger a fábrica para que não fossem levadas nem a produção, nem matérias primas, nem máquinas, nem viaturas. Naqueles muitos meses de greve também chegou à nossa luta a solidariedade do povo e dos trabalhadores que das fábricas de Santa Iria às de Cabo Ruivo tantas horas passaram junto de nós, a generosidade das mulheres de Sacavém que pediam alimentos nos comerciantes e traziam panelas com comida aos portões, o apoio incondicionável d'o diário, da CGTP, do Sindicato dos Cerâmicos, dos deputados do PCP e do Avante!, dos autarcas da Câmara de Loures principalmente de Severiano Falcão que barrou a entrada da polícia de choque. Lutar e ganhar consciência na luta porque se não lutamos perdemos sempre. Aqui fica a homenagem aos que lutam e pela luta se transformam e transformam o mundo.
Como eu gostava de lá estar!!!!! Mas não me é possível!
ResponderEliminarUm beijo.
No início dos anos 80 (talvez 82) já não me recordo bem participei na Marcha contra o Desemprego promovida pela CGTP que como esta marcha também percorreu Portugal. Recordo-me dos comícios nas praças e nos jardins, nas paralisações expontâneas e solidárias, das refeições às portas das empresas, das muitas coletividades, associações, câmaras que disponibilizaram dormidas e transportes, das populações anónimas que saíam para se juntarem à marcha. À data também estavamos a lutar pelo posto de trabalho: na Fábrica de Loiça de Sacavém revezavamo-nos em piquetes a proteger a fábrica para que não fossem levadas nem a produção, nem matérias primas, nem máquinas, nem viaturas. Naqueles muitos meses de greve também chegou à nossa luta a solidariedade do povo e dos trabalhadores que das fábricas de Santa Iria às de Cabo Ruivo tantas horas passaram junto de nós, a generosidade das mulheres de Sacavém que pediam alimentos nos comerciantes e traziam panelas com comida aos portões, o apoio incondicionável d'o diário, da CGTP, do Sindicato dos Cerâmicos, dos deputados do PCP e do Avante!, dos autarcas da Câmara de Loures principalmente de Severiano Falcão que barrou a entrada da polícia de choque. Lutar e ganhar consciência na luta porque se não lutamos perdemos sempre.
ResponderEliminarAqui fica a homenagem aos que lutam e pela luta se transformam e transformam o mundo.