Manchete do CM de hoje
No Jornal de Negócios
Embora mais tarde tenha voltado ao tema, o que é certo é que já em 23.5.1996, ou seja há 16 anos, escrevi o que abaixo se segue numa crónica publicada no Avante! com o título «Quanto e quem»:
«(...) Mas bem pior que estes truques, é a onda de mal disfarçada arrogância, hostilidade e desprezo face ao mundo do trabalho e de intenso proselitismo da ofensa aos direitos dos trabalhadores e em geral dos direitos sociais ( é ver a campanha alarmista e insidiosa sobre a segurança social) que se vai exprimindo em muitos meios de comunicação social, em significativa contemporaneidade com a existência de um Governo do PS.
É verdade que não gostaríamos de adiantar explicações lineares ou esquemáticas para estas atitudes, até porque bem sabemos que há neste país milhares de cidadãos que, vivendo e ganhando bem, são solidários com causas sociais e projectos políticos progressistas de cujo êxito até sabem não poderem esperar qualquer beneficio ou vantagem material.
Mas no ponto a que as coisas estão a chegar, não faltará muito para que, em relação a casos mais extremos de arrogância contra os trabalhadores e de impiedosa insensibilidade perante os problemas, os dramas e as dificuldades de quem vive do seu trabalho, apareça alguém a desafiar certos protagonistas a passarem a juntar sempre às suas opiniões e ideias duas simples informações concretas : quanto ganham e quem lhes paga.»
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