04 setembro 2011

Comício da Festa do «Avante !»


Imensas razões para uma
luta carregada de razão


Jerónimo de Sousa hoje na comício da Festa:

«(...)O sucesso do Governo do PSD/CDS será a tragédia do país. O sucesso na concretização do seu programa de governo será a catástrofe e a ruína dos portugueses. As medidas tomadas vão sempre no sentido de penalizar quem trabalha, quem vive de uma reforma, quem não tem emprego, dos que exercem a sua actividade dependente do poder compra das populações – os sectores produtivos que vivem do mercado interno, o pequeno comércio, a restauração, um conjunto vasto de actividades onde predominam as pequenas e médias empresas.(...)

É insuportável este aumento sistemático de tudo. De impostos, de transportes, de energia, de bens e serviços essenciais, dos medicamentos, de juros e impostos na habitação e muito mais insuportável para aqueles que são empurrados para o desemprego ou vivem de um trabalho precário e mal remunerado que são uma grande parte dos trabalhadores, nomeadamente as novas gerações.

«(...)Como se a injustiça fiscal em Portugal fosse uma novidade descoberta nestes últimos dias. E é interessante vermos como aqueles que fazendo parte dos partidos da troika da submissão – o PS, PSD e CDS – a manifestarem-se agora sensíveis à tributação dos mais ricos e poderosos. Esses mesmos que, sem excepção, na última legislatura rejeitaram as diversas propostas que o PCP apresentou para introduzir alguma justiça fiscal em Portugal.

Quando há poucos meses o PCP propunha reforçar a tributação fiscal para quem possui carros de luxo, iates, aviões particulares, casas com valor acima de um milhão de euros, todos sem excepção, PSD, PS e CDS votaram contra!

Quando há poucos meses o PCP quis criar uma nova taxa aplicável às transacções em bolsa, quando o PCP apresentou propostas para que a banca e os grandes grupos económicos pagassem a mesma taxa de imposto (IRC) que os pequenos empresários já pagam, quando o PCP apresentou propostas para que as mais-valias mobiliárias de SGPS ou de Fundos de Investimento passassem a ser finalmente tributadas, o PS, o PSD e o CDS uniram-se e disseram sempre não.(...)

Temendo que os trabalhadores assumam a consciência dos perigos, sacudam o matraquear da ideologia das inevitabilidades e transformem a indignação e a revolta em luta, vem o Governo fazer cínicos apelos à concertação e ao diálogo.

Quando falam em diálogo pensam em verbo-de-encher. Quando proclamam a concertação pensam na resignação dos trabalhadores e das suas organizações. Mas o que mais temem é essa força social imensa que em movimento e em luta faz mover o que parece inamovível.

Travando a luta concreta por objectivos concretos, por mais pequena e modesta que seja, ela flui e conduz à convergência. Transformando as muitas lutas em luta maior, portadora de interesses e aspirações concretos, num novo patamar de exigência de ruptura com esta política e de mudança necessária no rumo de justiça social, do progresso e do desenvolvimento, e de afirmação patriótica que reforce os alicerces da soberania nacional.

Os trabalhadores sempre foram o motor do desenvolvimento de lutas. Daqui saudamos a CGTP-IN pela sua afirmação e determinação, fiel aos seus princípios que recusando colaborar ou ser mera espectadora face ao assalto aos direitos e aos bolsos dos trabalhadores se posiciona como força que mobiliza e organiza os trabalhadores portugueses. A decisão de convocar para o dia 1 de Outubro uma grande acção nacional de luta assume assim uma importância crucial. Lá estaremos.(...)

Sem comentários:

Enviar um comentário