Imensas razões para uma
luta carregada de razão
luta carregada de razão
Jerónimo de Sousa hoje na comício da Festa:
«(...)O sucesso do Governo do PSD/CDS será a tragédia do país. O sucesso na  concretização do seu programa de governo será a catástrofe e a ruína  dos portugueses. As medidas tomadas vão sempre no sentido de penalizar  quem trabalha, quem vive de uma reforma, quem não tem emprego, dos que  exercem a sua actividade dependente do poder compra das populações – os  sectores produtivos que vivem do mercado interno, o pequeno comércio, a  restauração, um conjunto vasto de actividades onde predominam as  pequenas e médias empresas.(...)
É insuportável este aumento sistemático de tudo. De impostos, de  transportes, de energia, de bens e serviços essenciais, dos  medicamentos, de juros e impostos na habitação e muito mais insuportável  para aqueles que são empurrados para o desemprego ou vivem de um  trabalho precário e mal remunerado que são uma grande parte dos  trabalhadores, nomeadamente as novas gerações.
«(...)Como se a injustiça fiscal em Portugal fosse uma novidade descoberta  nestes últimos dias. E é interessante vermos como aqueles que fazendo  parte dos partidos da troika da submissão – o PS, PSD e CDS – a  manifestarem-se agora sensíveis à tributação dos mais ricos e poderosos.  Esses mesmos que, sem excepção, na última legislatura rejeitaram as  diversas propostas que o PCP apresentou para introduzir alguma justiça  fiscal em Portugal.
 Quando há poucos meses o PCP propunha reforçar a tributação fiscal para  quem possui carros de luxo, iates, aviões particulares, casas com valor  acima de um milhão de euros, todos sem excepção, PSD, PS e CDS votaram  contra!
 Quando há poucos meses o PCP quis criar uma nova taxa aplicável às  transacções em bolsa, quando o PCP apresentou propostas para que a banca  e os grandes grupos económicos pagassem a mesma taxa de imposto (IRC)  que os pequenos empresários já pagam, quando o PCP apresentou propostas  para que as mais-valias mobiliárias de SGPS ou de Fundos de Investimento  passassem a ser finalmente tributadas, o PS, o PSD e o CDS uniram-se e  disseram sempre não.(...) 
Temendo que os trabalhadores assumam a consciência dos perigos,  sacudam o matraquear da ideologia das inevitabilidades e transformem a  indignação e a revolta em luta, vem o Governo fazer cínicos apelos à  concertação e ao diálogo.
 Quando falam em diálogo pensam em verbo-de-encher. Quando proclamam a  concertação pensam na resignação dos trabalhadores e das suas  organizações. Mas o que mais temem é essa força social imensa que em  movimento e em luta faz mover o que parece inamovível. 
Travando a luta concreta por objectivos concretos, por mais pequena e  modesta que seja, ela flui e conduz à convergência. Transformando as  muitas lutas em luta maior, portadora de interesses e aspirações  concretos, num novo patamar de exigência de ruptura com esta política e  de mudança necessária no rumo de justiça social, do progresso e do  desenvolvimento, e de afirmação patriótica que reforce os alicerces da  soberania nacional.
 Os trabalhadores sempre foram o motor do desenvolvimento de lutas. Daqui  saudamos a CGTP-IN pela sua afirmação e determinação, fiel aos seus  princípios que recusando colaborar ou ser mera espectadora face ao  assalto aos direitos e aos bolsos dos trabalhadores se posiciona como  força que mobiliza e organiza os trabalhadores portugueses. A decisão de  convocar para o dia 1 de Outubro uma grande acção nacional de luta  assume assim uma importância crucial. Lá estaremos.(...)
 

 
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