31 janeiro 2014

Estava na cara

Foram avisados e não
ligaram, agora tomem




Em 16 de Janeiro avisei aqui os rapazolas da JSD e os grandolas do PSD que, « antes de lá chegarem [ao referendo]  se é que chegam, serão generalizadamente gozados e odiados por terem imposto ao país (isto, se o PR, como mandaria um pingo de dignidade e independência, não se recusar a convocá-lo) uma campanha eleitoral e uma votação nacional sobre um tema que é da perfeita competência da AR, numa altura em que a maioria dos portugueses, por força de brutais cortes que nunca foram sujeitos a referendo, todos os dias conta os euros que já gastou e os que lhe sobram

Ontem uma sondagem do jornal «i» e da Pitagórica deu este resultado:



E, para além destes dados exuberantes, tenha-se em conta que, tanto quanto me lembro, a tradição em Portugal nas sondagens sobre a realização de referendos dava sempre uma maioria a querê-los a todos, sendo que depois ir às urnas votar já era outra conversa.

Volto a este tema pela simples razão de que, ao contrário de muito boa gente,  não tenho assim tanta certeza de que não haverá referendo nenhum. Relembro que, mesmo que o TC chumbe a actual proposta (e não faltam razões para isso), o projecto volta para a AR e o PSD sempre pode alterar as perguntas. No fundo, gostemos ou não, a verdadeira garantia de que não haverá este estúpido referendo virá a estar nas mãos e vontade do Presidente da República. Mas, antes disso, também poderá estar nas mãos de um PSD que tome boa consciência do alto preço político que vai pagar perante a opinião pública pela insistência nesta repugnante manobra.

3 comentários:

  1. O CDS disse que não aprovaria na AR o orçamento necessário para que o referendo possa ter lugar.Assim sendo o PSD não terá votos suficientes para fazer aprovar a despesa necessária ao referendo.

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  2. Noticia do Público 17/1
    Já este ano, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou o Governo da Áustria por impedir a adopção num casal do mesmo sexo em que apenas a parentalidade de uma das pessoas estava reconhecida. O outro membro do casal também teria direito de adoptar a criança, senão estar-se-ia a violar a Convenção Europeia dos Direitos Humanos – o artigo 14 (proibição da discriminação) em conjugação com o artigo 8 (direito ao respeito pela vida privada e familiar). Portugal é citado como um dos exemplos de países nos quais esta violação ocorre.

    Antigamente havia um produto que os matava bem mortos (AS MELGAS)



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  3. Será que qualquer um deles tem esse tipo de discernimento?

    Um beijo.

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