01 maio 2012

O pai da Pátria

Sem



de vergonha

Para além de, novamente, ter obrigado os seus trabalhadores a trabalharem no 1º de Maio, o Pingo Doce desse benemérito nacional chamado Soares dos Santos, resolveu escolher o dia de hoje (aqui é que bate o ponto, por ora estou-me marimbando para o dumping, ver P.S.) para oferecer um desconto de 50% em todas as compras superiores a 100 euros.
Não, não quero escrever nada do que os leitores agora podiam esperar, só iam sair palavras muito pouco católicas.
Só digo que, já agora, espero que tenha sido o Pingo Doce a pagar à Polícia de Intervenção que vigiava uma sua loja na Almirante Reis em Lisboa.
E, dito isto, como ele defendeu a célebre deslocação fiscal para a Holanda, estendo o microfone a António Barreto (*) para que, desta vez, nos diga que sim, isto é que é ajudar o povo necessitado, quais greves e manifestações, qual carapuça.


(*) mais uma vez, por respeito com o nome de família, não comento a opinião do sociólogo Manuel Villaverde Cabral que vem estampada na capa do «i».




7 comentários:

  1. Completamente de acordo com os 100% - Estou até em crer que a estratégia do movimento sindical está errada nestes casos o movimento deveria apelar as populações para que confluíssem em massa e em força para esses estabelecimentos . Há que repensar a táctica e a estratégia neste como em casos similares.
    a.ferreira

    ResponderEliminar
  2. Ao observar o meu gato e o gato do vizinho hoje de manhã na cozinha cheguei à seguinte conclusão: O meu gato e do vizinho são mais civilizados que a grande maioria dos clientes pingo doce. Como as tigelas de comida fresca e de biscoitos são pequenas revezam-se sem escaramuças de forma aos dois comerem. E nenhum deles come tudo, deixam sempre alguma coisa para o amigo!

    ResponderEliminar
  3. Gostava de escrever umas palavras sobre o comentário P.S. nº1, pela sua maneira de pensar diga eu o que disser tem sempre o seu contra.
    Mas porque não compreende a luta de classes, e como não compreende fala do imediato, e toma partido pelo mais forte, por aquele tem o dinheiro e brinca com a dignidade das pessoas, brinca com o direito dos trabalhadores e brinca com a necessidade das pessoas, para fazer valer o seu poder.
    Mas o povo e os trabalhadores no futuro com a sua luta tem de dar a volta a isto, porque não pode ser os senhores do dinheiro, a mandar nisto porque assim os trabalhadores e os povos não se governam, a serem governados pelos exploradores.

    ResponderEliminar
  4. Tenho que medir as palavras, para não correr também o risco de me sair uma enchurrada de palavrões, na mesma linha do Victor Dias.
    Digo apenas: vergonhoso, chocante, monstruoso.
    Mas, ouvir depois super-estrategas, do alto da sua clarividência, a dizer que se povo fosse esperto, em vez de festejar o 1º de Maio, devia aproveitar em força a bondade do Sr. Pingo Doce e, aí sim, forçava a besta a revelar-se em toda o seu esplendor...
    Quem diz tal coisa, também me assusta.

    ResponderEliminar
  5. Sim, Teresa, muito bem observado, a desorientação, a falta de lucidez e o radicalismo inconsequente florescem sempre nestas alturas.

    ResponderEliminar
  6. - Para a questão da estratégia - Alguém me diz como Fidel, derrotou os ianques na questão do Balseros nos idos anos 90.
    aferreira

    ResponderEliminar