Até aqui, talvez por razões de epiderme, tinha evitado escrever sobre o chamado caso das «secretas», o que também se justificava porque muitos outros têm dito o essencial e acertado na mouche.
Escrevo para sublinhar que o centro das atenções não deve ficar reduzido a Silva Carvalho e seus comparsas mais directos que já foram objecto de uma acusação pelo Ministério Público caracterizada por uma devastadora densidade de factos concretos.
Agora, o essencial é obter resposta sobre como foi possível tudo isto acontecer nos serviços de informações e saber o que por lá continuará a acontecer. Agora importa perceber porque é que o Prtimeiro-Ministro correu a manter a confiança política em Júlio Pereira, o homem diante de cujas inexistentes barbas tudo se passou. Agora importa regressar ao tema da fiscalização dos serviços de informações e recordar quantas vezes o Presidente do Conselho de Fiscalização eleito pela AR disse que estava sempre tudo bem. Agora importa lembrar que em todas as revisões constitucionais, o PCP propôs que o citado Conselho de Fiscalização integrasse todos os partidos parlamentares e não apenas o PS e o PSD, o que obviamente nunca foi aceite debaixo do juízo reservado e nunca claramente enunciado da boca para fora de que potenciais vigiados pelos serviços não podem vigiar os serviços.
E já que Passos Coelho vai falar nisto na AR, importa encostá-lo às cordas sem dó nem piedade (mesmo que tenham sido outros a considerar que Silva Carvalho reunia qualidades e ser nomeado para o lugar).
isto é completamente pidesco, aliás onde estão "eles" os pides, os bufos, os agentes? andam aí pela mão complacente e cumplíce do governo.
ResponderEliminarO 25 de Abril foi uma coisa linda, mas demasiado benevolente. Eles continuam por aí e já lá vão 38 anos.
ResponderEliminarUm beijo.