19 janeiro 2020

Artigo no último «Expresso»

Miguel Sousa Tavares
 à beira de se filiar no
 Iniciativa Liberal ?


«E o que eu sinto é que partidos e partidecos que não ganharam as eleições — e em alguns casos até, claramente, as perderam e recuaram eleitoralmente — chantageiam o partido que as ganhou, tirando vantagem da ausência de maioria absoluta deste para governar apenas com o seu programa, e actuam como se eles também tivessem recebido um mandato dos portugueses para nos co-governarem nos próximos quatro anos. E com que chantageiam eles? Com o meu dinheiro. Com o dinheiro que me custa muito a ganhar, fruto do meu trabalho e da enormidade do que dele dou ao Estado em troca do nada que lhe peço.»

- conclusão : Miguel Sousa Tavares não vive em sociedade, é um conhecido eremita que não pede nada ao Estado.Nem polícia que garanta a sua segurança, nem escola pública para os seus netos, nem SNS para si ou seus familiares.

«É a classe média que produz os cientistas, os economistas, os arquitectos, os músicos, os escritores, os filósofos, os empresários visionários, os matemáticos, que acrescentam valor, inovação, riqueza às nações. Numa palavra, aquilo a que chamamos elites. Mas sucede que toda esta gente só existe e só funciona num quadro de absoluta liberdade individual e económica — sem depender do Estado e, se necessário, contra o Estado»



- conclusão  : se só a classe média traz riqueza ao país, eu proponho que, por ponte aérea, se mandem todos os trabalhadores de férias para Punta Cana.

«Voltando então ao nosso banquete do Estado e à parte da pornografia, ela consiste simplesmente no infindável e despudorado rol de exigências de mais e mais despesas públicas, mais e mais impostos sobre tudo o que mexe (..), apresentadas, tipo concurso de ideias, por todos os partidos à esquerda do PS. Que, uma vez garantidas, eles irão afixar em cartazes de rua como conquistas suas — com o dinheiro nosso. E assim, abstendo-se na generalidade, estes partidos dedicam-se depois, na especialidade, a acrescentar, grão a grão, mais umas centenas de milhares ou milhões de despesa pública, para cujo pagamento só prevêem, quando prevêem, dois tipos de cobertura: ou mais défice ou  mais impostos.»


- conclusão 1 : em próximo artigo, MST vai propor uma revisão constitucional que passe a determinar que partidos que não ganhem eleições não podem fazer propostas de alteração ao Orçamento;


- conclusão 2: MST tinha uma imensa vontade mas faltou-lhe espaço para falar nos 850 milhões de euros que estão inscritos no OE para 2020 destinados ao Novo Banco.

- conclusão 3 : MST teve azar pois, no mesmo «Expresso» em que ele despeja a sua indignação com a quantidade de propostas de alteração na especialidade ao OE, Pedro Adão e Silva explica que elas foram 1.200 no governo minoritário de Sócrates, 600 nos governos pafiosos e 510 no ano passado.

1 comentário:

  1. Miguel Sousa Tavares no seu melhor... provavelmente após digerir uma derrota do seu F. C. do Porto... já não deu para tomar o seu batido de ananás e comer a sua sandes de paio rapado que tanto adora consumir num dos cafés mais caros da zona de Campo de Ourique.

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