Intervenção de Jorge Machado,
deputado do PCP, na AR em 27.6.2014
deputado do PCP, na AR em 27.6.2014
A luta dos trabalhadores e o 25 de Abril de 1974 consagraram a
contratação coletiva de trabalho como um dos mais importantes
instrumentos de progresso e desenvolvimento no nosso país.
A contratação coletiva de trabalho, enquanto direito fundamental e
como tal consagrado na constituição, é essencial para assegurar uma
justa distribuição da riqueza por via da consagração de direitos para os
trabalhadores.
Para ajustar contas com o 25 de Abril, para agravar a exploração e
assim concentrar ainda mais a riqueza em meia dúzia de grupos
económicos, sucessivos Governos PS/PSD/CDS promoveram alterações ao
código do trabalho.
Assim, o processo de ataque e tentativa de destruição da contratação
coletiva já é antigo. Pela mão do PS, PSD e CDS foram efetuadas
sucessivas alterações ao código do trabalho, evocando a competitividade e
a necessidade de criação de emprego, mas que na verdade, consagraram
profundos retrocessos que fragilizaram a contratação coletiva, agravaram
a exploração e aumentaram o desemprego no nosso país.
A Proposta de lei, agora apresentada, não visa dinamizar a
contratação coletiva, não visa modernizar o "mercado laboral", não visa
sequer o crescimento ou o emprego. O objetivo é a liquidação da
contratação coletiva para assim baixar ainda mais, e rapidamente, os
salários dos trabalhadores.
Para cumprir este objetivo, este Governo de desgraça e afundamento
nacional, por diversas vias, tem vindo a bloquear a contratação
coletiva. Se em 2003 mais de um milhão e 500 mil trabalhadores estavam
abrangidos por contratos coletivos, em 2013, dez anos depois, cerca de
200 mil trabalhadores estão abrangidos.
Não satisfeitos e não obstante o nível de contratação coletiva estar
inaceitavelmente baixo, o Governo pretende agora que os prazos de
caducidade dos contratos coletivos de trabalho sejam novamente
reduzidos, pretende consagrar a possibilidade de suspensão dos contratos
coletivos de trabalho e por fim, pretende que os prazos do processo de
sobrevigência sejam, também, reduzidos.
No fundo, PSD e CDS pretendem que os contratos coletivos de trabalho
terminem o mais rapidamente possível para tentar destruir os direitos
conquistados pelos trabalhadores.
Para que se perceba o que a contratação coletiva de trabalho significa basta dar dois exemplos:
- O contrato coletivo do setor de hotelaria no Algarve, que está a
ser negociado, impede a eliminação de categorias profissionais, a
imposição dos bancos de horas, a redução dos níveis remuneratórios, e a
tentativa de reduzir os dias de descanso semanal.
- No setor de transportes de mercadorias impede o aumento da carga de trabalho e consagra uma cláusula de compensação pelo trabalho no estrangeiro.
- No setor de transportes de mercadorias impede o aumento da carga de trabalho e consagra uma cláusula de compensação pelo trabalho no estrangeiro.
Se estes contratos coletivos de trabalho caducarem, mais fácil é para os patrões imporem a exploração.
Fica assim claro que o Governo PSD/CDS não governa para quem trabalha
mas para quem explora e mesmo sem a desculpa da Troika e do pacto de
agressão, PSD e CDS continuam o caminho do empobrecimento, o caminho de
atacar os salários e impor o retrocesso e a exploração. Este é o
verdadeiro programa político deste Governo.
Aos trabalhadores dizemos que a contratação coletiva de trabalho foi,
por via da luta organizada dos trabalhadores, conquistada antes do 25
de Abril e consagrada com a revolução, pelo que é a luta que vai dar o
golpe final neste Governo moribundo e sem legitimidade e é a luta que
vai impor a contratação coletiva de trabalho e os seus valores no futuro
de Portugal.
Esta seta , é o novo sinal , que a Camara da Vidigueira colocará , para apontar o caminho da saída aos ciganos?
ResponderEliminarTalvez para desgosto seu, a seta é para a manifestação de hoje. Quanto à Vidigueira, basta ler com atenção a notícia do Público
Eliminarpara se perceber que ao assunto tem aspectos que alguns estão propositadamente a fazer esquecer.
Racismo anti-cigano , é o único aspecto a não esquecer.
ResponderEliminarHá no mundo animal um pássaro femea que põe os seus ovos em ninho alheio.
ResponderEliminarUm anónimo parece repetir os gestos do pássaro femea em causa.Sem prejuizo da discussão sobre a Vidigueira, sublinha-se o comportamento assim para o suspeito da ave anónima em questão
Porque o que se tratava era mesmo de apelar à mobilização.Com os objectivos que se conhecem.
E a ave rara anónima toca a rufar para outro lado
Acasos?
Basta ter em atenção o comentário seguinte, do mesmo ou doutro anónimo, mas de qualquer forma na mesma em jeito de ave parasita.
É que de forma nenhuma o que se apelida como racismo é o único aspecto a não esquecer.Isso queriam os espécimes zoológicos em causa
O tema do post é por demais importante para que estas pequenas manobras passem impunes.
Por isso se reafirma o que se debate.E se aponta o dedo a este gesto feio do reino animal.
Agora ide lá buscar o ninho respectivo e no local próprio se debaterá o acontecido.Porque manobras que favorecem objectivamente o patronato, o governo e os seus apêndices não poderão passar impunes.
De
A ave , no seu caso, seria a Avestruz
EliminarCiganos na Vidigueira, Cabo-Verdianos em Setúbal, o que se passa com o PCP e com as Câmaras que dirige?
ResponderEliminarEstá confirmado também outro dado concreto:
ResponderEliminarHá no mundo animal quem aja com intuitos claramente dúbios.
E que dá as mãos objectivamente ao patronato, aos partidos de direita e aos seus apêndices.
Mascarados( travestidos) de "coisas" uteis a lembrar um ou outro boçal em campanha pré-eleitoral.
Coisa feia e triste.Mas que faz ricochete pela "forma" tão singela como age e se repete
O que se passa com este anónimo rapaz ?
De
É absolutamente necessário que as pessoas se proponham a conhecer a verdade dos factos. Dar notícias pela rama, sem aprofundar, tem uma única razão. ENGANAR.
ResponderEliminarUm beijo.