«critérios jornalísticos»
Acreditem
os leitores que li e ouvi centenas de vezes ao longo de quase três
décadas, responsáveis de órgãos de comunicação social
responderem a certas queixas sobre pluralismo afirmando que este não
podia ser avaliado com fita métrica ou cronómetro e que o que devia
contar eram os «critérios jornalísticos»
baseados sobretudo na importância relativa dos acontecimentos ou
iniciativas a noticiar.
Por falta de scanner, reparem agora os leitores nesta minha tosca tentativa de reconstituição gráfica das páginas 10 e 11 do Diário de Notícias de hoje :
Temos
assim que, para o
DN,
os seus famosos «critérios jornalísticos», o levam a dar a um
comício da CDU num Coliseu
cheio metade do espaço concedido a uma ida de Rangel a uma feira e a
uma passseata de Assis por Trás-os-Montes.
E o pior é que afinal assim
se prova que quem usa fita métrica viciada é o DN e
que se deve preparar para, durante toda a campanha, assassinando os
critérios jornalísticos, criar na cobertura das campanhas uma
Primeira Liga reduzida a dois concorrentes (e viva a costumeira «bipolarização») , uma II Liga e ainda
talvez uma III Liga.
Recebido de ANÓNIMO:
ResponderEliminarEm contrapartida o Publico dá uma pagina ao PCP, e divide a outra pelos 3 restantes partidos. E o PCP não tem nenhuma razão de queixa do DN , pois todos os dias dão destaque ao PCP, mesmo que a noticia não tenha nenhuma relevância. Mas nunca ninguèm está satisfeito
A meu ver, o Público respeitou a diferente relevância das iniciativas. E o leitor anónimo ou não me leu bem ou faz-se desentendido. Recomendo-lhe por isso a leitura de novo da parte final do post.
EliminarDe qualquer modo, o Público esteve bem, mas nem sequer é essa a regra. O anónimo deve ter lido hoje as notícias pela primeira vez na vida - até no que toca ao DN agora promovido a destacador do PCP quando não tem relevância.
EliminarMas os destaques estão lá e bem"destacados" no post. Eu não leio o DN, sou do Porto. Mas leio o JN e reparo bem no modo como são apresentadas as notícias.
ResponderEliminarUm abraço.
Uma adenda apenas. Também não costumo ler o Público.
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