as eleições na Índia
Tem muito interesse e constitui um verdadeiro serviço público, tendo em conta a inevitável (ou não) simplificação que oa media fazem de todas as eleições que são longe, o artigo hoje no Público de Paulo Varela Gomes. Dito isto, quero chamar entretanto a atenção para que sendo exacta a afirmação de PVG de que o BJP, partido vencedor que considera um partido fascista, «não chegou aos 40% dos votos», a realidade fica mais nítida se dissermos que Electoral Comission of India lhe atribui mais precisamente 31%, como se pode ver a seguir.
De registar portanto que, em consequência do sistema federal e eleitoral vigente na India que noutras alturas beneficiou o Partido do Congresso (que teve 28,8% em 2009), o BJP com 31% dos votos [18,8% em 2009] consegue 51% dos deputados e que, por exemplo, o Partido Comunista da Índia (ml) [que quebra 2 pontos por comparação com 2009) elege 9 deputados quando por um sistema proporcional elegeria 18. E, embora sem negar as razóes de fundo para «terramoto eleitoral» que se verificou na India, fica aqui o link para as denúncias feitas pelo CPI (ml) sobre irregulariedades nas eleições de que destaco esta parte : «Another rule that became meaningless is the requirement to stop
electioneering 48 hours before the end of voting. The BJP
systematically circumvented and violated this rule by running prominent
frontpage advertisements on newspapers on polling days, releasing its
poll manifesto right on the first polling day and with Narendra Modi
himself holding a lotus-waving media session right outside his polling
booth and issuing a televised message to the people on the last polling
day. »
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