11 abril 2014

Cada cavadela, minhoca

Ai que morro de choque
com tantas novidades !



Nem mais, sempre preclaro Carlos Antunes, eu também tenho informações seguras de que foi Álvaro Cunhal que mandou Otelo ir para casa dormir naquele dia, coisa que, como se sabe, ele fez disciplinadamente.

5 comentários:

  1. É uma tristeza esta entrevista, o passado anti-fascista e de resistente á ditadura do Carlos Antunes é respeitável, mas por isso teria a obrigação de ser rigoroso, e não criar uma ficção .

    Aguardo com curiosidade , as revelações que ele diz que lhe foram transmitidas pelo bombista Ramiro Moreira .

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  2. Carlos Antunes, ao que consta ainda é meu parente, nados e criados ambos na Freguesia de Rossas, Concelho de Vieira do Minho, endoidou! Sem mais nem menos! Talvez um dia, alguém faça o relato dos reuniões onde Carlos Antunes terá garantido a Otelo que as BR conseguiriam paralizar colunas militares que viessem do Norte, que ele, Otelo e CopCon deveriam avançar para fazer a "revolução". Viu-se a força tática, a visão estratégica......
    Fazer uma Revolução é muito mais e sobretudo diverso de dar uns quantos tiros. É sobretudo ter um programa político que responda aos anseios das largas camadas do Povo, que seja assumido por este enquanto "o seu programa de governo" e depois ter a força militar nas mãos do Povo e a capacidade de comando para a usar sem tibieza mas com sagacidade. Em 1975, Portugal foi cortado a meio, no Centro e Norte, tudo o que cheirasse a esquerda era perseguido, escorraçado a tiro, enquanto que no Sul, apesar de tudo o convívio existia sem essa ameaça maior, a da morte a qualquer momento. Vivi esse momento até no seio da minha família, sem que nos tenhamos posto aos tiros uns com os outros, sabendo da relatividade de muita coisa e também alerta para a sacanagem da denúncia pela inveja, pela maldade pura e dura. Queriamos mudar Portugal e o Mundo, construir uma sociedade onde a Felicidade fosse uma possibilidade real para TODOS, onde o ideário de uma sociedade comunista fosse galvanizando dia a dia cada vez mais pessoas, sim, PESSOAS. Onde todos tivesses acesso à saúde, à educação, à habitação, ao trabalho com direitos, onde ninguém fosse explorado. Infelizmente não conseguimos atingir o grau de desenvolvimento político no seio do Povo que tivesse permitido isolar a direita política e militar, com o PS a comandar a arruaça por todo o lado, associado objectivamente com fascistas do ELP e do MDLP, pides à mistura e demais canalha. E aqui, a responsabilidade é de todos nós, mais de uns que doutros, é verdade, mas de todos nós, Duns porque não tiveram a capacidade organizativa, política e ideológica de hegemonizar pelo exemplo o Movimento Popular, doutros porque muito fizeram para destruir essa possibilidade. E não quero afirmar que o tenham feito propositadamente, embora alguns certamente que o fizeram de propósito. Basta ver as trajectórias posteriores, quando chegou a hora de cobrar os "favores" e fazerem pela "vidinha"!
    Já pouco me diz o que cada um fez no passado. É passado, foram importantes ao tempo, essa importância deve ser reconhecida mas nada mais, não desculpa o presente nem o futuro!. O que me interessa é o que fazem HOJE, o que querem continuar a fazer no tempo que lhes resta de vida!

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  3. As perguntas do jornalista são muito inteligentes. É raro ver um entrevistado enredar-se em tantas contradições. Pôs o pé em todos os laços que lhe estendeu o entrevistador. Ficou pendurado, de cabeça para baixo, a abanar lá no alto. O sócio Carlucci que o vá soltar.

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  4. Foi para mim interessante e revelador ler os “testemunhos” em “Os Anos de Abril”, acabada de publicar, bem como “ver” na obra de Alfredo Cunha e Adelino Gomes, os depoimentos dos “rapazes dos tanques”, de oficiais a praças, sobretudo no que se refere a “o melhor do 25 de Abril”, “o pior” e as “figuras” que cada um dos que dão testemunho destacam em 40 anos. É verdade que serão apenas “histórias” e não a “História”, memórias mais ou menos inconscientemente buriladas e "afeiçoadas" pelo correr dos anos.

    Não há máquinas de regresso ao passado,mas se existissem e fosse possível que todos nós, os que ainda estamos vivos, qualquer que seja a idade actual, regressar durante uma semana de 23 de Abril a 3 de Maio, ver-se-ia quão cinzentos e de vida medíocre e temerosa são os dias de hoje, quão semelhantes são aos de 1958 ou 1969, quão distantes estão dos sonhos de Abril em Maio de 1974/1975, em que o futuro para a maioria parecia estar ali, ao virar da esquina e no sorriso duma criança. Mas seria isso suficiente para despertar uma outra consciência na maioria que ou se abstém ou vota sempre mais do mesmo, ps(d) ?

    Terá algum significado ter sido Victor Constâncio como Secretário Geral do PS que acordou com Cavaco Silva Presidente do PSD a revisão constitucional que permitiu a reprivatização de sectores estratégicos da economia portuguesa, incluindo a Banca ? Eu bem sei que antigos governadores do BdP e Mário Soares vieram atestar o bom comportamento - rectifico, a superior competência do 1º a propósito do BPN - superior competência que lhe permitiu ascender a vice-Presidente do BCE, como a superior competência doutro Vítor, o homem do Excell, permitiu a este o seu encaixe no FMI, sem falar falar na fuga de Durão que possibilitou a gloriosa entrada de Sócrates após a Santanice, este demitido graças a Sampaio.

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  5. Não vi a entrevista. Mas as respostas devem resultar de uma imaginação delirante, pelo que aqui li.
    Um beijo.

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