O suplemento Q - O Quociente de Inteligência do DN de ontem era integralmente dedicado aos 40 anos do 25 de Abril e, na sua capa, avultavam o título e o texto que se seguem (sublinhados meus):
Ora, lendo isto e não querendo ser desagradável com ninguém, não posso deixar de observar que:
1. É minha firme convicção que um normal quociente de inteligência desaconselha a que, 40 anos depois do 25 deAbril, se venha afirmar que ainda falta escrever «a verdade» sobre o 25 de Abril ou que se deixe no ar a insinuação de que este grande acontecimento na nossa vida colectiva ainda está por «explicar» comose estivesse envolvido em profundíssimos mistérios e segredos.
2. É minha sólida convicção que um razoável quociente de inteligência devia recomendar que se entendesse que, sobre um acontecimento (e processo) desta natureza e alcance bnunca haverá uma «verdade» total e totalizante, indiscutível e incontornável, já que o próprio trabalho dos historiadores representa sempre um movimento e esforço de sucessivas e nunca terminadas aproximações à verdade histórica.
3. É minha arreigada convicção que um comezinho quociente de inteligência que tivesse em conta a existência de uma já vasta bibliografia sobre o 25 de Abril (em que entram obras de historiadores mas também numerosos testemunhos pessoais de destacados protagonistas) devia proibir intelectualmente que alguém viesse fazer uma pergunta absurda e disparatada sobre «o que assusta capitães de Abril, políticos, ensaístas, historiadores e escritores para clarificar em definitivo o golpe militar».
É claro e evidente que o grande capital e seus servos têm o sonho de querer reescrever o 25 de Abril de acordo com as suas conveniências/interesses ou a sua visão da verdade! E o presente texto é um bom exemplo disso mesmo!!!
ResponderEliminarO quociente é bastante elevado… não é é de inteligência, para contínuo vilipêndio público das mães de muitos destes escribas! :-)
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