lamentável rasura da história
Na sua crónica de hoje no Público, Rui Tavares escreve a dado passo (sublinhado meu) que «desde 2001 temos tido a infelicidade que temos tido a infelicida de ver todos os partidos estabelecidos da V República francesa, da esquerda à direita, estenderem a passadeira à Frente Nacional».
Face a isto, não sei nem me interessa muito saber porque é que o autor escolheu a fronteira de 2001 ( a Frente Nacional ganhou peso político a partir de 1982; mesmo que nas presidenciaisem 2002 Le Pen não tivesse ido à segunda volta isso não alterava nada o seu inquietante peso eleitoral ( 16,86%) e até já tinha tido 15% nas presidenciais de 1995), o que sei sim e me interessa muito é que é intelectualmente deplorável misturar o PCF com, por exemplo, um Mitterand Presidente da República que telefonava ao director da então ORTF (televisão pública) para que entrevistasse Jean-Marie Le Pen, numa manobra tacticista para enfraquecer a direita clássica.
Na impossibilidade de exibir aqui os milhares de discursos, de folhetos, de artigos, de dossiers e de iniciativas políticas movidas pelo PCF contra a Frente Nacional, deixo aqui apenas, para ilustração de Rui Tavares, uma declaração política do PCF de há 20 anos e umcartaz do PCF e um folheto da CGT.
O PCF nunca estendeu a mão ao fascismo. Muitas mentiras se dizem. E, de tão repetidas, até muita gente acaba por acreditar.
ResponderEliminarUm beijo.
O que não impede minha cara D. Graciete que ao longo dos anos , muitos militantes do PCF e alguns bastante destacados, se tenham passado com armas e bagagens para a Extrema -Direita, sejam eles do tempo do Doriot ou da actual menina Le Pen.
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