03 junho 2013

Não há meio de aprenderem

Velhos vícios no tratamento
jornalístico de sondagens



Esta passagem  encontra-se hoje num texto de um jornalista do i a própósito da última sondagem daquele jornal mas na verdade evidencia apenas procedimentos jornalísticos no tratamento de sondagens que são incrivelmente recorrentes. E escrevo sobre isto mais uma vez para que não se pense que, quando as sondagens são animadoras para a minha cor, já meto a viola no saco.
Com efeito, tudo parece indicar que as sucessivas advertências de Pedro Magalhães sobre o ridiculo das referências às diferenças de décimas continua a cair em saco roto.
Neste texto, fala-se que a CDU caiu duas décimas em relação à sondagem anterior mas 99,9% dos leitores nunca se se darão conta que uma queda de 0,2 pontos percentuais, numa amostra com  506 inquiridos, corresponde à mudança de opinião de uma pessoa, e isto numa sondagem que tem uma margem de erro de 4%, o que para qualquer partido pode significar mais ou menos 4 pontos dos que a sondagem lhe atribui.
Aliás, permanece sem resposta uma minha antiquíssima pergunta: porque é que nas noites eleitorais até as sondagens que são feitas à boca das urnas são divulgadas pelas televisões com intervalo de confiança (género «PSD 38-42%») e no, resto das sondagens nos longos meses entre eleições, nunca o são ? Porque isso tiraria picante aos resultados e venderia menos papel ?

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