uma conveniente amnésia
No Público de hoje, o ex-director daquele jornal José Manuel Fernandes gasta uma página inteira a perpetrar uma violenta catilinária contra o processo das Parcerias Público-Privadas (vulgo PPP).
Entretanto, lá pelo meio, comete a generosidade de, em cinco linhas, observar que «poucos remaram contra esta maré - o Tribunal de Contas, alguns políticos, alguns colunistas, quase todos descartados como "velhos do Restelo", inimigos do interior ou insensíveis sociais».
Por mim, não me teria importado nada que, numa melhor gestão do espaço do artigo, José Manuel Fernandes, quando se refere a «alguns colunistas», tivesse mesmo invocado e citado alguns seus antigos editoriais ou artigos a verberar e condenar a moscambilha.
E que, quando se refere a «alguns políticos», praticasse a elementar jurtiça e política de verdade de referir a oposição e crítica do PCP às PPP feitas desde o primeiro minuto.
Como os leitores já perceberam estou numa de fingimento ingénuo. Na verdade, sei muito bem que o que está sempre a dar é nunca identificar em concreto quem calou e quem falou a tempo.
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