No mesmo dia em que o DN online anuncia que ontem, em reunião do Grupo Parlamentar, «o secretário-geral do PS afastou hoje a hipótese de os socialistas votarem
contra o Tratado Orçamental da União Europeia» e um dia depois de Mário Soares ter escrito naquele jornal que se trata de «um tratado que os socialistas não podem ratificar», Francisco Assis escreve no Público que (sublinhado meu) « mesmo para quem, como é o meu caso, preconiza o apoio parlamentar ao tratado, não é irrelevante a natureza do discurso a produzir acerca do mesmo. É provável que os votos da direita e do PS confluam no sentido da aprovação no sentido da aprovação do tratado europeu, mas é fundamental que se perceba que não é pelas mesmas razões que o fazem.»
Dá vontade de dizer que se trata de uma efabulação perfeitamente asisina, perdão, assissiana. E dá vontade de escrever que, quem sabe, assim terá sido sempre e que, de Maastricht à moeda única e da liberalização dos movimentos de capitais ao Tratado de Lisboa, os socialistas europeus sempre confluíram com a direita mas, claro, não pelas mesmas razões. Que as palavras e «razões» possam ser diferentes mas os factos e consequências sejam iguais, eis o que não importa a um florentino como Francisco Assis.
entretanto e felizmente
no Público online
Referendar pois claro
ResponderEliminardar voz a quem a tem