Ainda e sempre no nosso coração,
na nossa luta e na nossa esperança
CHOVE!
Chove...
Mas isso que importa!,
se estou aqui
abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de
silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?
Chove...
Mas é do
destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.
José Gomes Ferreira
«(...)Permitam que saúde a festa de Abril nesta Assembleia da República, que não poderá deixar de ser, como são hoje as ruas e praças de Portugal, uma casa de Abril. Permitam que alguém que era alferes miliciano, com a emoção que ainda hoje sinto, lembre e saúde o meu Quartel, a Escola Prática de Serviço de Material, a EPSM de Sacavém, os seus soldados, sargentos e capitães, com quem vivi dias memoráveis. E que saudando os militares de Abril, o MFA, o glorioso Movimento das Forças Armadas, lembre por todos, Vasco Gonçalves, que foi soldado, capitão e general deste povo que não o pode esquecer!
Já quase tudo foi dito sobre essa manhã clara e vibrante, quente e luminosa, desse Abril, já tão longe e ainda tão perto, da nossa razão, do nosso sonho, da nossa vida. Dessa manhã amada e armada dos sinos da nossa liberdade colectiva. Dessa alvorada, manhã depois da noite do fascismo. Desse parto e porto de alegria, depois da triste escuridão de opressiva ditadura.
Desse sonho acordado e acendido depois de milhares de dias de medos e tormentos, de dores e sangue, de separação e ausências, desses dias cheios de grades, que era “vestido para todas as idades”. Dessa manhã, foz do rio de lutas, de coragens desconhecidas, de mulheres e homens assumidos, de paciências insuspeitas e corrosivo desfilar de desespero, de impotência, do escoar dos dias na desesperança da vil tristeza em que vivia este povo. (...)»
Verdes Anos de Carlos Paredes
Chove, mas os nossos corações vibram com as lembranças do 25 de ABRIL de 1974.
ResponderEliminarE é esse que comemoramos mesmo com com chuva torrencial, porque o Sol brilha dentro de nós.
Um beijo.