29 outubro 2020

Só ver as «deputadas não inscritas»

Como dizia o outro,
é fazer as contas

Em editorial no «Público», Ana Sá Lopes acha que «É este o quadro que torna difícil fazer os portugueses entender que só não se deu uma crise política porque duas deputadas não inscritas não o quiseram

Não creio que Ana Sá Lopes esteja a ser boa de contas. Com efeito a maioria na AR são 116 deputados. Ora os votos contra do PSD. do CDS, do BE, do Chega e da I.L. somaram 105. Mesmo que as deputadas não-inscritas tivessem votado contra isso daria 107 votos, ou seja 9 abaixo da maioria e 1 abaixo do número do PS. Portanto  se o OE não foi chumbado (faltavam 11 votos contra para isso) é porque o PCP com 10 deputados e o PEV com 2 se abstiveram (sem isso não haveria debate na especialidade, suiblinhe-se). Conclusão que creio matematicamente irrefutável: as deputadas não inscritas naõ tiveram o papel que Ana Sá Lopes lhes atribuiu.

(recorde-se que na AR é a seguinte a distribuição de deputados : PS 108, PSD 79, BE 19, PCP 10, CDS 5, PAN 3, PEV 2 Chega 1, IL 1, 2 não inscritas)

28 outubro 2020

Eles não largam o osso, perdão, a carne

 Isto é que vai
uma campanha !


A Sic Notícias resolveu levar à sua edição da noite Luís Filipe Pereira, ex-ministro da Saúde dos governos de Durão Barroso e de Santana Lopes. É agora tempo de sintetizar a sua intervenção: julgo sinceramente não exagerar considerando que , descontadas umas vacuidades sobre o combate à pandemia, se tratou de uma monumental e repetitiva propaganda inserida na campanha (a que Belém não é estranho) «mais privados na saúde, já e em força!». 

A desfaçatez da campanha é tão grande que não resisto à tentação dc propor aos privados da saúde que, em vez de querem abocanhar apenas os doentes não Covid, fiquem eles só com os doentes Covid que o SNS está a tratar !.

Por fim, dado que Luís Filipe Pereira protestou contra o facto de não se estar a recorrer às farmácias para a vacina da gripe, só venho declarar que já recebi essa vacina numa farmácia.

27 outubro 2020

Um importante testemunho

Médicos respondem
muito bem a bastonários

«A carta dirigida à ministra da Saúde pelo bastonário da Ordem dos Médicos (OM) e cinco dos seus antecessores enquadra-se num movimento mais amplo de intervenções de “influenciadores” nos meios da comunicação social e em meios universitários, todas com a mesma orientação e a mesma substância.

Começam por enunciar dificuldades reais do SNS, sobretudo derivadas da pandemia, ampliam-nas em tom alarmista e daí passam ao ataque político à ministra. Finalmente, e para culminar, chegam ao objetivo mercantil: perante tal “caos”, “desorganização” e “risco” há que recorrer aos serviços privados.

Poderá haver médicos concordantes com essa carta, por coincidirem com os seus objetivos. Nós não. Não nos sentimos representados.
 
A Ordem dos Médicos é uma entidade de direito público, de inscrição obrigatória. Portanto, as posições expressas pelos seus órgãos eleitos têm que corresponder ao máximo denominador comum.

Todos os cidadãos têm o direito de, em grupo ou isoladamente, expressarem as suas opiniões. O que não é lícito é que a natural credibilidade da Ordem dos Médicos seja mobilizada para as posições pessoais de ex-bastonários e do seu bastonário atual. Descrevendo um ambiente de perigo iminente, vaticinando a falência do SNS e amplificando as suas dificuldades, desassossegando e perturbando a saúde mental das famílias e, sobretudo, das pessoas mais idosas e mais isoladas.

(...) não há tragédia maior do que esta”, diz a carta dos (ex-)bastonários. É bom que se tenha respeito pelas verdadeiras tragédias. É bom que se contribua para a perceção de risco de forma racional e transmitindo a serenidade necessária a quem de facto tem de fazer escolhas todos os dias e tomar as precauções para prevenir o contágio. O alarme transmite pânico e bloqueia a capacidade de decidir racionalmente.

Sabemos que o financiamento para o Serviço Nacional de Saúde tem sido curto ao longo de anos e que os seus custos superam sempre os valores orçamentados. Sabemos também que o Orçamento do Estado para 2021 é insuficiente no que respeita à saúde e a única atenuante é que haverá outra perspetiva quando se discriminar a utilização do Fundo de Recuperação Europeu nesta área. Sabemos também que os concursos para médicos ficam com vagas por preencher porque os salários são baixos, porque a carreira não é atrativa, porque há um excesso de horas extraordinárias e porque é maior a recompensa remuneratória nos estabelecimentos privados.

A resposta exemplar do SNS na primeira vaga não foi só devida à abnegação de médicos e outros profissionais. Deveu-se também à estrutura e ao espírito do SNS. Diz a carta: “É vital que haja uma mudança imediata de rumo na estratégia do SNS. O SNS está novamente exposto a uma disrupção grave no seu funcionamento, na altura em que ainda nem sequer foi capaz de recuperar o fortíssimo abalo sofrido ao longo dos últimos meses”. 

Era este também o tom de mais uma intervenção do atual bastonário da OM no jornal da RTP-2, às 21h30 de dia 21 de outubro. Curiosamente, cerca de 1 hora depois, na Grande Entrevista da RTP3, o diretor dos Cuidados Intensivos do Hospital de São João, Nelson Pereira, descrevia que logo a seguir ao confinamento tinham estado a preparar tudo para uma eventual segunda vaga e que, tendo recuperado de tal modo as listas de espera não-covid, até tinham ultrapassado a produção do período homólogo do ano anterior.

Sabe-se que o País é heterogéneo. Não podemos, por exemplo, generalizar as dificuldades, por razões locais, do Vale do Sousa ou de Lisboa e Vale do Tejo para a região Centro onde, durante o ano 2020, têm sido feitos mais rastreios e vacinações 

que no ano anterior.Mas a carta e os “influenciadores” são claros no que propugnam: “Os setores sociais e privados podem ser mais envolvidos no esforço Covid e não-Covid para que a capacidade instalada seja efetivamente usada em vez de desperdiçada” e “(...) o momento do SNS liderar uma resposta global, envolvendo (...) os setores privado e social”.  

Muito simplesmente, tratar-se-ia de levar o SNS a comprar (ainda mais) serviços aos estabelecimentos privados, aqueles que, no início da crise, praticamente fecharam, logo disseram que não recebiam doentes com covid-19 e enviaram grávidas positivas para os serviços públicos.

Mas será que o SNS não está mesmo a utilizar privados em suplementação dos seus serviços internos?

Bem pelo contrário. De acordo com o Jornal de Negócios de 26 de agosto, 41% do orçamento do SNS é para pagar a privados. Em 2018, últimos números a que temos acesso, 6657,7 milhões de euros foram para comprar serviços a privados (exames auxiliares de diagnóstico, hemodiálise, fisioterapia), num total de custos de 10.909,3 milhões de euros (Relatório e Contas, 2018 - Processo de Consolidação de Contas). E, no momento em que o SNS está a fazer cerca de 20.000 testes diários de RT-PCR ao SARS-COV-2, 55% dos quais nos privados, em muito aumentou (600 mil euros/dia) o fluxo financeiro que sai do Estado para o setor privado.

A concretização da proposta de operacionalização do chamado “sistema” de saúde, com “normalização” da compra de serviços de saúde a prestadores privados, subverteria o conceito constitucional do Serviço Nacional de Saúde. Com esta proposta, só aumentariam as insuficiências que se apontam ao SNS, bem como o que os portugueses teriam de pagar pela sua saúde.

O sentido da melhoria do SNS é exatamente o contrário: reforço da capacidade interna, para melhor servir a população em todas as necessidades de saúde e não apenas nas que dão lucro.

Nós, médicos que aqui assinamos, não nos sentimos representados por esta posição dos (ex-)bastonários.»

Aguinaldo Cabral, Álvaro Brás de Almeida, Ana Abel, Ana Jorge, Ana Raposo Marques, António Jorge Andrade, António Faria Vaz, António Rodrigues, Augusto Goulão, Bruno Maia, Carlos França, Carlos Silva Santos, Carlos Vasconcelos, Casimiro Menezes, Filipe Rosas, Graciela Simões, Henrique Delgado Martins, Isabel do Carmo, Jaime Mendes, João Álvaro Correia da Cunha, João Goulão. João Manuel Valente, João Marques Proença, João Oliveira, João Rodrigues, Joaquim Figueiredo Lima, José Labareda, José Manuel Boavida, José Manuel Braz Nogueira, José Ponte, Júlia Duarte, Luiz Gamito, Manuela Silva, Maria Deolinda Barata, Maria Isabel Loureiro, Mário Pádua, Patrícia Alves, Pedro Miguéis, Pedro Paulo Mendes, Rogério Palma Rodrigues, Sara Proença. («Público»)

25 outubro 2020

Finalmente

 40 anos depois


«Chile: o povo prepara-se para enterrar a Constituição de Pinochet». Conquistado pelo movimento social de há um ano, o referendo deste domingo deverá permitir aos cidadãos emenciparem-se de uma Lei Fundamental herdada do ex-ditador»

Jazz para o seu domingo

 Rez Abbassi


24 outubro 2020

Uma fala de treinador de bancada

J.M. Tavares e a
 ditadura do abismo


No «Público» de hoje, João Miguel Tavares a dado passo debita esta pérola:


Com este paleio típico de treinador de bancada, o que J.M. Tavares nos vem dizer é que, por causa do «abismo», é um «absurdo» e uma «encenação» que os partidos lutem pelas suas convicções, propostas e valores e procurem que o «abismo» ao menos não seja tão cavado.
É claro que J.M. Tavares não se dá ao trabalho de nos explicar o que é que deviam fazer os partidos de esquerda mas o que resulta meridianamente claro das suas palavras é que, por causa do dito «abismo», deviam assinar de cruz o Orçamento apresentado  pelo governo e então já não haveria nem «absurdo» nem «encenação».
Peço muita desculpa mas isso seria uma penosa caricatura de democracia e uma insolente mutilação da liberdade conquistada.

Porque hoje é sábado ( )

 Raye Zaragosa

22 outubro 2020

Dizem que é um país muito católico

 Polónia - 
reaccionarismo desenfreado

«A proposta de lei, que partiu de uma petição online e contou com o apoio do partido do Governo, pretende precisamente proibir o aborto nos casos de malformação do feto – permitido desde 1993 –, situação em que se verificam 98% das interrupções da gravidez no país. “O pior cenário possível tornou-se realidade. É uma sentença devastadora que destruirá a vida de muitas mulheres e famílias”, lamentou à Reuters a advogada Kamila Ferenc, que tem trabalho com organizações não-governamentais que ajudam mulheres impedidas de abortar, sublinhando que a medida “vai afectar principalmente as mulheres pobres que terão de dar à luz contra a sua vontade”.  «Público online)

21 outubro 2020

Bom sinal

 O pessoal do
«Observador» já se contenta
com uma «vitória moral»



Privados na saúde

Querem mais, muito mais

Anote-se apenas que desde a chamada carta aberta do actual e dos ex-Bastonários da Ordem dos Médicos (entretanto também chamados a Belém), há toda uma campanha repercutida por pivots de telejornais para cavalgar as dificuldades do SNS e criar fabulosas oportunidades de negócio para os grupos privados de saúde.  E anote-se e não se esqueça que, em matéria de COVID 19, os privados se baldaram escandalosamente.E, já agora, é ler Pedro Tadeu no «DN» aqui.

O significado de um crime horrível

 A capa de «Marianne»
sobre o assassinato terrorista
 de Samuel Paty



20 outubro 2020

Professores

 Até custa a acreditar !

« Pelo menos 800 professores dos que ainda estão em falta recusaram a colocação numa escola porque iriam ganhar entre 555 e 750 euros líquidos para darem entre oito e 14 horas de aulas por semana, a que se juntam todas as outras destinadas a acompanhar alunos, estar presente em reuniões e outras tarefas incluídas na chamada “componente não lectiva” e que perfazem um horário de 35 horas semanais ».

«Para muitos professores, é mais vantajoso financeiramente, e também a nível familiar, estar a trabalhar perto de casa num emprego não especializado do que aceitar uma colocação a quilómetros da sua residência, afastando-se da sua família e tendo despesas muitas vezes incomportáveis com o vencimento que auferem”, sublinham num comunicado divulgado a propósito da audiência desta terça-feira.» (Público)



19 outubro 2020

Trump no seu melhor

 Um politico sério nem
 a brincar diria isto

Trump segue dizendo que poderia permanecer mais tempo no poder e apela à multidão para que cante »Mais 12 anos»

aqui


Povo sábio

 E as urnas derrotaram 
o golpe anterior

«Público»

Sobre a «obra» do governo
saído do golpe ler aqui

entrevista em francês
a Luis Arcc aqui

«Por detrás disso está um mineral: lítio. A Bolívia detém as maiores reservas mundiais desse mineral, cada vez mais procurado para ser utilizado nas baterias dos carros elétricos, em computadores e equipamentos industriais. A política de Evo Morales em relação ao lítio era clara: o seu controlo devia permanecer nas mãos do Estado boliviano. Por isso, em julho deste ano, Elon Musk, diretor executivo da Tesla e da Space X, respondeu assim no Twitter a um post sobre o interesse dos Estados Unidos em apeá-lo do poder: "Daremos um golpe em quem quisermos! Lidem com isso."»

João Melo no «DN»  de 17.10.2020


17 outubro 2020

Falta de memória

 A hostilidade de
 Cavaco em 2015 reabilitada
por Ana Gomes


Ana Gomes e outros que tenho visto a defender a mesma ideia esquecem-se que em Novembro de 2015 quando Cavaco Silva exigiu os papéis escritos foi em nítida ultrapassagem das suas competências, por ressabiamento pelo chumbo do novo governo de Passos Coelho no Parlamento e por ter a esperança que não fossem possíveis as «posições conjuntas*» entre PS, PCP, BE e PEV.
Acresce que toda a gente sabia (incluindo o BE) que, a seguir às últimas legislativas, uma vez quase esgotadas as reversões do pesadelo Passos Coelho/Portas, dificilmente seria possível encontrar uma base de entendimento estável à esquerda. E, mesmo que isso por milagre dos deuses tivesse sido possível, o mais certo é que esses acordos viessem a ser postos em causa pelas gravíssimas consequências sociais e económicas da posterior pandemia. E estariamos então no mesmo ponto em que estamos hoje.
--------
*E, por falar em «posições conjuntas» lembre-se algo que está muito esquecido: é que elas não obrigavam nenhum partido a votar favoravelmente os Orçamentos

Porque hoje e sábado ( )

 Helena Deland



15 outubro 2020

Vem aí mais um bloco central ?

Sobre a mentalidade
de Rui Rio estamos conversados
(há muito)



Para a breve história da parvoice

 E no dia 15 de
Outubro de 2020 um
jornal português
publicou este título


Como é bom de perceber, quem andou mal não foi o jornal mas o governo.


Bom senso precisa-se !

Assino por baixo

«(...) Mas pedir ao Parlamento que faça uma lei para tornar obrigatória a instalação da aplicação StayAway Covid em largos segmentos da população como os “trabalhadores”, “estudantes” e “forças de segurança” vai para lá do admissível — e vai contra tudo aquilo que o Governo, até agora, defendeu. A Comissão de Protecção de Dados já avisou que tornar obrigatório o uso da app “suscita graves questões relativas à privacidade dos cidadãos”. O que se passa na cabeça dos governantes?

 Imaginemos que esta obrigação era constitucional, o que não deverá ser.Está o Orçamento do Estado preparado para financiar a compra de smartphones para os tais segmentos da população que o executivo identifica? Ou o Governo acha que toda a gente tem smartphones compatíveis com a dita app? Comprar um telemóvel com memória suficiente passa também a ser obrigatório, como descontar para a Segurança Social, pagar o imposto automóvel e as portagens? (...)».

Ana Sá Lopes
em editorial do «Público»

Entretanto a contradição
e a confusão

«A ferramenta de rastreio de contactos, lançada no final de Agosto, permite que os infectados com o novo coronavírus possam activar um alerta no telemóvel que avisa as pessoas de quem estiveram perto nos últimos 15 dias. Para isto funcionar bem, é preciso que as pessoas tenham a app instalada»

Público ontem 

Notícia corrigida às 11h50: O Governo quer tornar obrigatória a utilização da aplicação StayAway Covid, não a sua instalação

Pùblico hoje


12 outubro 2020

Eu bem disse

 Chega quer que PSD 
apanhe a sua boleia para
uma revisão da Constituição

















No passado dia 9 eu escrevi aqui  que «o que se impõe fazer agora é que nenhum partido aproveite a boleia {do Chega] para apresentar projectos de revisão porque esse é mesmo o maior perigo.». E agora acrescento que Ventura     n ão pode mesmo ter grande esperança em ver as suas propostas aprovadas, o que verdadeiramente quer é abrir um processo de revisão em que o PSD entre com as suas clássicas propostas de «limpeza» da Constituição.

11 outubro 2020

Ódios de estimação

 A amnésia de 
Miguel Sousa Tavares

«Ouvindo António Costa rastejar aos pés do PCP, mendigando o seu apoio no Orçamento, Mário Soares deve estar a torcer-se de furor lá no seu lugar além de todos nós. Ele sempre soube que o PCP não tem nada para dar ao PS nem ao país, a não ser um discurso repetitivo e museológico, sejam quais forem os tempos e as circunstâncias, e a chantagem de uma paz sindical que um Governo com coragem pode enfrentar e vencer.»
- Miguel Sousa Tavares no «Expresso» de 10.10.2020

Deixando de lado rastejos que eu não vejo e muito mais, cabe dizer tão secamente quanto possível que :
-MST se esquece de quanto o PCP deu não tanto ao PS mas aos portugueses na última legislatura, para abreviar dos passes sociais mais baratas e com coroas mais alargadas aos manuais escolares gratuitos;
- MST se esquece que Mário Soares não deve estar nada a torcer-se porque se lembrará que sem a contribuição decisiva do PCP não teria vencidfo Freitas do Amaral e não teria sido Presidente da República;
- MST se esquece da forma como me saudou na noite das presidenciais de 1980, à entrada da Gulbenkian, dizendo sorridente e satisfeito : « Vítor Dias, lá ganhámos» (Ramalho Eanes tinha derrotado Soares Carneiro também com uma contribuição decisiva do PCP).
Definitivamente Miguel Sousa Tavares não tem memória porque escreve para a babugem dos dias e porque o preconceito faz parte da sua maneira de ser e de pensar.

Para o seu domingo o guitarrista

 Eddie Van Halen
(1955-2020)

10 outubro 2020

Cegueira e preconceito

 Quando a
ignorância é atrevida

Uma colaboradora em artigos de opinião do «Público» perpetrou este tweet :

Mas bastava-lhe ter ido ao sitio da CGTP na Net e teria encontrado dezenas e dezenas de referências ao salário igual para trabalho igual. Como esta extraída de um folheto sobre o 8 de Março:
Valorização dos salários e igualdade salarial entre mulheres e homens. Salário igual para trabalho igual ou de valor igual 
clicar para aumentar

Fraca compensação

 Uma teimosia absurda

clicar para aumentar
ou
 ler aqui

Uma indemnização de 8 dias não apaga a brutalidade de um período experimental de 180 dias. E se há lugar a uma pequena indemnização é porque já há contrato de trabalho. A única solução decente é voltar-se ao periodo experimental de três meses. Esta resistência do governo PS a tal exigência é absurda mas altamente significativa.

Porque hoje é sábado ( )

 Future Islands



09 outubro 2020

O que se impõe fazer agora

 Uma decisão 
muito controversa

O que se impõe fazer agora é que nenhum partido aproveite a boleia para apresentar projectos de revisão porque esse é mesmo o maior perigo.. E que, sendo criada uma Comissão eventual de revisão, todos os partidos deixem o André Ventura a falar sózinho.

Um testemunho de Jorge Bacelar Gouveia, constitucionalista do PSD:«(...)A seriedade do tema é de fazer subir ao patamar mais elevado da dignidade parlamentar um projeto com soluções de “subversão constitucional”, com as quais a Assembleia da República se tornará conivente por cada pequeno ato procedimental praticado no decurso da sua apreciação.Ora, é para isto que servem os limites materiais de revisão constitucional, que no caso do projeto do Chega foram “furados até ao centro da Terra”.A leitura dessas propostas não põe unicamente em crise os alicerces da ordem jurídica portuguesa que nos rege no seu Verfassungskern e que foi legitimamente sufragada pelos portugueses que elegeram uma assembleia constituinte para a sua redação em 1975.Há outras propostas que estão mesmo acima da força couraçada de um Direito Constitucional Positivo que esses limites representam, derrubando os valores superiores indisponíveis que comandam a nossa ordem coletiva. »Há alterações e alterações à Constituição: elas não são todas iguais na sua substância.»
«E é aqui que se regista a necessidade de ter havido o “golpe de asa” para que a proposta do Chega tivesse sido logo “morta à nascença”»(no «Público»)

07 outubro 2020

O«Público» enganou-se no sítio

Este título ficava
 melhor no «Inimigo Público»



Peço desculpa ao pessoal do Largo do Rato por estar a meter a foice em seara alheia.

Em bicos de pés

Cavaquices da - deixa-me rir -
«social- democracia moderna »

O que o ilustre Cavaco Silva não explica é que, em 2016, PS, PCP, BE e PEV se limitaram a repor as 35 horas que já vigoravam antes de o glorioso governo Passos Coelho/Portas as terem aumentado para as 40 hs. E também não nos conta quantas «social-democracias modernas» ainda têm 40 horas na função pública.

06 outubro 2020

03 outubro 2020

O «Expresso» sobre o PCP

 Cada cavadela, minhoca !

«O Expresso insiste em fazer linha editorial. do ataque ao PCP, com recurso não só à deturpação mas também à mentira grosseira,

Na peça de hoje «PCP com mais influência nos 50 anos da Intersindical», o jornal reincide. Nos dois "factos" que usa para sustentar a tese, não acerta um: é mentira que Isabel Camarinha seja membro do Comité Central do PCP, como é mentira que o Secretário-Geral do PCP tenha sido protagonista da inauguração da exposição da CGTP-IN a propósito do seu 50.º aniversário pelo simples facto de não ter lá estado – a fotografia utilizada é de uma visita à exposição realizada no dia seguinte.» (Facebook do PCP)

Porque hoje é sábado ( )

 Laura Jane Grace

Uma embirração semântica

 Não quereriam 
vocelências do «Expresso»
 dizer antes «ganharia» ?

É que, devido àquele presente do indicativo, por uns brevíssimos segundos, pensei que as eleições presidenciais já tinham sido e que me tinha esquecido de ir votar João Ferreira.

02 outubro 2020

Tudo dito

O debate Trump-Biden
visto por dois cartoonistas



«O debate começou !»

sumário do debate