29 abril 2022

Uma campanha miserável

  O «Expresso» leva
a manchete uma
intrigalhada sem pés
nem cabeça !

Esclarecimento da Câmara Municipal de Setúbal

1. A Câmara Municipal tem em funcionamento, desde o início da invasão russa da Ucrânia, um serviço de atendimento a refugiados ucranianos e tem prestado todo o apoio necessário ao acolhimento destas pessoas, em direta e permanente articulação com diferentes entidades, nomeadamente a Segurança Social, Alto Comissariado para as Migrações, Instituto de Emprego e Formação Profissional e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
2. O sr. Igor Kashin, citado na notícia do Expresso, colabora, regularmente, há vários anos, com várias entidades da administração central, entre as quais o Instituto de Emprego e Formação Profissional, o Alto Comissariado para as Migrações e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, tendo prestado esta colaboração já este ano, em instalações de alguns destes serviços em Setúbal, no contexto do acolhimento de refugiados da guerra da Ucrânia. Esteve também a dar apoio, no contexto das relações existentes, desde 2005, entre a CMS e a EDINSTVO, associação de imigrantes de leste, nos serviços municipais responsáveis pelo acolhimento de refugiados.
(...)
4. A Câmara Municipal de Setúbal irá solicitar ao Ministério da Administração Interna que adote, de imediato, os necessários procedimentos no sentido de averiguar a veracidade das suspeitas veiculadas pelo jornal "Expresso", manifestando total disponibilidade para prestar toda a informação necessária.
5. Face à situação criada, a Câmara Municipal, retirou do acolhimento de cidadãos ucranianos a técnica superior citada na notícia até ao total e inequívoco esclarecimento desta situação.
6. A Câmara Municipal de Setúbal repudia com a veemência qualquer toda e qualquer insinuação de quebra de sigilo no tratamento de dados de cidadãos ucranianos acolhidos nos seus serviços.
7. No atendimento que é realizado a estes e a outros cidadãos, como foi explicado ao jornal "Expresso", são cumpridos todos os requisitos técnicos inerentes a um atendimento social. A recolha de informação só é feita com autorização expressa por escrito dos próprios e é realizada por dois técnicos superiores da Câmara Municipal de Setúbal. Trata-se de um procedimento reconhecido e utilizado pelas entidades que, em Portugal, fazem este tipo de trabalho. A informação recolhida serve para instruir os processos de formalização do pedido de acolhimento destes refugiados. »

25 abril 2022

25 de Abril sempre !

 A melhor prenda
do dia: tanta gente nova
no desfile da
Avenida da Liberdade

Público online
Passados 48 anos, a vitalidade das  comemorações populares do 25 de Abril é um acontecimento de excepcional significado.




23 abril 2022

Já se esqueceram

 Em 1 de Setembro de
 201
4 o «Público» falava assim

- em peça da autoria do jornalista Alexandre Martins

Inadmissível


 Ora batatas para
 o Provedor do Leitor
 do «Público»

Na sua coluna hoje no «Público»,o Provedor do leitor do jornal José Manuel Barata-Feio, dá conta dos numerosos protestos recebidos quanto à foto de Jerónimo de Sousa que ilustrou recentemente uma primeira página do jornal e depois conclui que não se tratou de uma fotomontagem e que não houve ponta de mau-gosto ou hostilidade na escolha da foto e que ela ilustra «bem» o teor da peça em causa. Como se o facto de não ser uma fotomontagem alterasse alguma coisà à patente má-vontade da escolha da foto e como se a insinuação de que Jerónimo estaria cego  fosse algo de admissível ou legitimo. Neste caso os leitores do «Público» ficaram desprovidos de Provedor.

17 abril 2022

O «Público» contra o PCP

 Bom gosto,
elegância e delicadeza


Esta é uma imagem tirada da capa da edição impressa do «Público» de hoje, Dão-se alvissaras a quem for capaz de explicar que coisa é que o «Público», num exemplo de inexcedível bom gosto e imparcialidade, resolveu colocar à frente dos olhos de Jerónimo de Sousa.

14 abril 2022

Desmentindo uma ideia feita

 Não, a inflação não atinge
 todos da mesma maneira


«O aumento de preços, inédito nas últimas três décadas, não é sentido por todas as pessoas da mesma forma. Esta é a conclusão do relatório “Despesas essenciais e rendimentos das famílias: efeitos assimétricos da inflação”, que publiquei ontem com o Bruno P. Carvalho e a Mariana Esteves. O relatório faz parte do nosso projeto “Portugal, Balanço Social”, uma parceria com a Fundação La Caixa. Analisamos os dados do Inquérito às Despesas das Famílias de 2015/16, que é o último que está disponível, para caracterizar o peso de cada categoria de despesa na despesa total das famílias, consoante o seu nível de rendimento.

Em Portugal, o peso da despesa em alimentação na despesa total é de quase 25% para as famílias mais pobres; nas mais ricas, fica abaixo de 10%. A despesa em carne varia entre os 6% do orçamento dos mais pobres e menos de 2% para os mais ricos. Para o pão e cereais, o peso é também de praticamente 6% na despesa total dos mais pobres, mas cifra-se em apenas 1% para as famílias mais ricas. Também na eletricidade e gás se nota esta discrepância: estes bens energéticos representam 12% da despesa das famílias mais pobres, contra apenas 4% para as mais ricas.

Estes e outros números do relatório ilustram o que o aumento de preço dos bens essenciais significa para as famílias mais vulneráveis. A situação de partida dos mais pobres é delicada. Em 2015, as famílias dos indivíduos que estão entre os 20% mais pobres gastaram uma média de 2200 euros em alimentação. Este valor equivale a 2300 euros em 2021 - para 12 meses! Por outro lado, o que ganham não chega: gastaram 120 euros por cada 100 de rendimento. Não têm “almofada” para absorver a inflação, contrariamente às mais ricas, que conseguem poupar. Com elevada probabilidade, já passavam privações. É claro não estamos em 2015, mas a taxa de pobreza de 2020 (22%) é superior à de 2015 (19%). ( ...)

-Susana Peralta no «Público de hoje

05 abril 2022

Desfaçatez

Sim, sim, temos visto
sobretudo no noticiário


«No PÚBLICO, cumprindo a sua herança editorial, tudo faremos para evitar a opinião baseada na mentira e para ouvir a outra parte – o que não significa que o jornal se transforme num veículo de pensamento único norteado pelo que a sua direcção e a sua redacção defendem. A liberdade não é, nunca foi, o mar da tranquilidade.»
- Manuel Carvalho em editorial de hoje