Não vás ao médico não
Post para beneficio
de Passos Coelho e do Chega
«Existe relação entre imigração e segurança, como sugeriu Passos Coelho? Nem por isso.
Passos Coelho : um
discurso com dois
piscar de olhos para o Chega
“Não somos militantes do PCP, nem do PEV e não partilhamos todas as suas posições. Mas sabemos da importância e seriedade das suas propostas em áreas fundamentais. Propostas que enfrentam interesses entranhados, do imobiliário à banca, e que são feitas em nome de um país que se quer solidário e autónomo”, lê-se no texto, que foi subscrito por ativistas sociais, como os rappers Flávio Almada e Xulajji, por jornalistas, como José António Cerejo ou Emídio Fernando, mas também por nomes ligados à cultura ou à ciência.
“Por jogar o seu jogo e não cair nas armadilhas do soundbite, o PCP tem sido silenciado. O verdadeiro cordão de silêncio é à volta do PCP, e isso é objetivo. Só isso já me faz gostar dele”,dizia na altura ao DN o escritor Rui Zink para justificar o apelo ao voto na CDU, apesar de todas as críticas que tinha feito publicamente aos comunistas a propósito da guerra na Ucrânia.» (DN)
Apelo e assinaturas aqui
Paulo Raimundo
em comício no
Rivoli do Porto
Este é um trabalho que depende de todos nós. Os que estão indecisos e ainda não decidiram o seu voto; os que que estão inclinados a votar noutros partidos, mas que podem e vão mudar de ideias; os que estão cansados e sem perspectiva, perante tudo o que vão vendo; os descontentes; os que não vêem importância no seu voto; os que desconhecem que serão tão mais fortes quanto mais unidos estiverem; os que acham que não há alternativa e que estamos condenados a não sair da cepa torta, têm de confiar o seu voto à CDU. Não desistamos de nenhum deles.
É também por eles que lutamos. Será também com eles que construiremos a alternativa. Aproveitemos a oportunidade, não descansemos, não deixemos uma única conversa por fazer.»
Por iniciativa dos deputados
do PCP 108 deputados
do Parlamento Europeu
reclamam
ver texto e assinaturas aqui
Uma importante entrevista
a Bernardino Soares, cabeça
de lista da CDU por Santarém
O que prejudicou a posição do PCP foi a deturpação que foi feita em toda a comunicação social da posição que efetivamente tivemos, que foi de rejeição da invasão da Ucrânia pela Rússia, regime com o qual, aliás, não temos nenhuma proximidade ou identificação. Se calhar até alguns partidos de extrema-direita na Europa têm uma proximidade grande com o regime de [Vladimir] Putin. O que dissemos na altura foi que esta guerra não foi o primeiro episódio neste conflito. Esta guerra já existe desde 2014 e a invasão foi apenas mais um degrau na escalada deste conflito. Para resolver este conflito, era necessário que todos se empenhassem - incluindo os Estados Unidos da América e a NATO, que tem um papel preponderante nesta guerra, tal como a Rússia - para conquistar a paz.
O que vemos no governo português e noutros governos europeus é nenhuma preocupação em obrigar as partes a sentarem-se à mesa para conseguir negociar uma paz, que seja aceite por ambas as partes. O que se preocupam é em prolongar a guerra. Acho que a política que devemos defender num Estado português não pode ser prolongar a guerra. Portanto, essa deturpação que foi feita em relação à posição do PCP foi uma instrumentalização da justa preocupação das pessoas com a guerra, uma guerra ainda por cima aqui tão perto, que visou prejudicar o prestígio do PCP junto das populações. E está a ser agora utilizada outra vez.
Curiosamente, ninguém se indigna com o facto de a maioria dos partidos portugueses não condenar com toda a veemência o que está Israel a fazer na Faixa de Gaza e o genocídio que ali está a acontecer. Isso demonstra bem como todo esse debate foi feito não com a preocupação com o martirizar do povo da Ucrânia, mas com a preocupação de atingir o PCP e o seu prestígio junto das populações. Mas o esclarecimento tem avançado e hoje está mais claro que as questões não são assim tão simples como na altura nos quiseram a todos fazer crer e que de facto para nós chegarmos a uma solução de paz, é preciso trabalhar para a paz e não trabalhar para a guerra »
Mania da perseguição~
Chega quer
«limpar» universidades
Manuel Loff no «Público?
“Liberdade intelectual”
«Mas não há aqui nada de novo. O que o Chega está a fazer é copiar a campanha bolsonarista lançada há 20 anos no Brasil através do Movimento Escola Sem Partido (MESP). Também naquele caso se denunciava a “doutrinação política e ideológica” na escola para procurar intimidar os professores, com teses como a do Professor não é educador, um dos títulos da "Biblioteca Politicamente Incorreta" que o MESP promoveu, retórica habitual de todos os ultraconservadores, islamistas e cristãos integristas incluídos, horrorizados com a gradual eliminação na lei de barreiras discriminatórias de classe, de género, étnicas, religiosas, fundadas em preconceitos que a ciência demonstrou há muito não terem qualquer validade racional. Este é um dos mais velhos debates entre democratas e antidemocratas: o do papel da educação e da escola pública na formação dos jovens, no exercício dos seus direitos de cidadania, na democratização da sociedade. O mais perigoso do contexto atual é que frequentemente o Chega não está sozinho nestas suas obsessões. Quando, em 2019, Miguel Morgado, um dos dirigentes do PSD que têm feito sistematicamente a ponte com a ultradireita, denunciou ao Tribunal Constitucional legislação que, segundo ele, estava eivada de “ideologia de género” (exatamente a expressão usada pela ultradireita), ele foi acompanhado pela grande maioria das bancadas do PSD e do CDS (e até por um veterano do PS, Miranda Calha). O Chega nem deputados tinha então.»
Portugal 2024
Dados do Instituto Nacional de Estatística demonstram que 10% da população empregada está em risco de pobreza. Taxa agravou-se para os desempregados, atingindo quase metade desta população. (Público)
«O Chega quer obrigar os imigrantes em Portugal a cinco anos de contribuições antes de terem acesso a apoios sociais, cidadãos que em 2022 foram responsáveis por um lucro de mais de 1.600 milhões de euros na Segurança Social. Esta medida consta do "plano estratégico para as migrações em Portugal" apresentado este sábado pelo presidente do Chega, André Ventura, na sede do partido, em Lisboa.» (DN)
Como se vê, xenofobia da mais descarada e empedernida.
Se isto é de facto assim,
então aqui há gato
Deixemos as deturpações
e caricaturas e premiemos
«a razão, coerência,
sensatez e recato.»
Num artigo no «Público, já de si malevolamente intitulado «Um partido duas vezes fora de tempo», Manuel Carvalho. como seria de esperar, perpetra uma série de incompreensões, deturpações e caricaturas sobre orientações e posições do PCP (alegada «simpatia velada» pela Rússia na guerra da Ucrânia e pela «tirania» da Venezuela - a este respeito ler esclarecimentos na notas finais .
Mas o que merece registo especial é que Manuel Carvalho acaba por dedicar largos parágrafos, a que vale a pena prestar atenção, a elogiar atitudes e posturas positivas do PCP por comparação com atitudes dominantes no panorama político nacional.«
De facto, M.C, escreve também que «O PCP tanto está ameaçado por acreditar num mundo onde o proletariado e a luta de classes ainda existem, como pelo mérito de definir o seu lugar na política pela razão, coerência, sensatez e recato.»
E terminava a parte positiva assim :«Na comunicação social tradicional, vão tendo o tempo e o espaço de um pequeno partido. Mas as suas mensagens não dispõem daquele dramatismo, demagogia ou populismo que alastram como vírus no mundo pantanoso das redes sociais.»
Tudo visto e lido regressemos pois ao título deste post :Deixemos as deturpações e caricaturas e premiemos «a razão, coerência, sensatez e recato.»
NOTAS FINAIS
1. Sobre a guerra na Ucrânia :
Paulo Raimundo no «Público» de 16.11.22;“É que não começou o problema em 24 de Fevereiro. Ele teve um escalar condenável nesse dia, mas não começou aí”, disse, afirmando que o PCP condenou “desde o princípio a intervenção militar russa, até por questões do direito internacional”. «Nós não menosprezamos, nem relativizamos, a intervenção militar russa”, completou.»
2. Sobre a «simpatia» do PCP pela «tirania na Venezuela»
Declaração para a acta
Vejam como são falsas
as vistosas promessas da AD
«O presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD considera que o salário mínimo deveria aumentar menos do que aquilo que está previsto (705 euros) no próximo ano. Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Joaquim Miranda Sarmento diz que, embora o PSD não seja contra uma subida do salário mínimo, o aumento deveria ser “substancialmente inferior”, tendo em conta vários elementos.“A produtividade da economia portuguesa tem vindo a cair nos últimos seis ou sete anos. Portanto, estamos a aumentar o salário mínimo muito acima do que é o crescimento da produtividade e isso é prejudicial“, referiu o porta-voz social-democrata, defendendo que em causa estará um aumento de quase 50 euros, ou seja, 10%, e que “teria de ser um aumento substancialmente inferior”. (Jornal ECO em 20.10.2021)
De facto, no dia 27 de novembro de 2018, o Parlamento votou uma proposta do PCP de alteração ao Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) visando aumentar a verba de apoio para reduzir os preços dos passes sociais em 21 milhões de euros, passando a totalizar 104 milhões de euros. A proposta dos comunistas relativa ao Programa de Apoio à Redução do Tarifário (PART) definiu que, a partir de abril de 2019, seria consignado ao Fundo Ambiental 104 milhões de euros e não 83 milhões como estava previsto na proposta de OE2019.A proposta de aumento da verba foi aprovada com os votos favoráveis dos deputado do PS, PCP e BE, votos contra do PSD e a abstenção do CDS-PP.
De resto, já em outubro de 2021 foi votado o Projeto de Lei 9/XIV/1, da autoria do grupo parlamentar do PCP, que estabelecia "o regime de financiamento permanente do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos transportes públicos", e o sentido de voto do PSD manteve-se igual: contra. O projeto foi assim chumbado com os votos a favor do BE, PCP, PEV, Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira, com a abstenção do PAN e do Chega e com os votos contra do PS, PSD, CDS-PP e IL. ( Poligrafo)
Lúcidas palavras sobre
os pós-debates nas TVs
Uma verdade a
não esquecer por
nada deste mundo
Teatro e farroncas
Escreveu-a com 28 anos. Olhou para ela
50 anos depois. A autobiografia de Angela Davis,
agora editada em Portugal, é um testemunho
humano, político, leitura urgente na era do Black
Lives Matter.
Negra, mulher, comunista: Angela Davis numa manifestação na Carolina do Norte, em 1974
Montenegro quer
mandar Nuno Melo ao
debate com
Paulo Raimundo
Montenegro e a AD sabem perfeitamente em que base - a participação dos líderes- as televisões organizaram os debates. Não só lhe fica mal querer menorizar adversários como já tem idade para se deixar de birras
Tanto barulho por nada !
Vão sonoros e espalhafatosos os festejos pela vitória da direita nos Açores. No «PÚBLICO», Leonete Botelho proclama mesmo que aqueles resultados são um «sinal de esperança». Por mim limito-me a perguntar : por comparação com a situação anterior o que é que realmente mudou no panorama político dos Açores ? Se não me engano a coligação de direita não tinha maioria absoluta e agora continua a não ter; a coligação de direita estava dependente de outro(s) partido(s) (no caso o Chega) e agora continua na mesma. É certo que não faltam uns comentadores muito isentos que em cima dos resultados logo inventaram que cabia ao PS viabilizar um governo de Bolieiro, ou seja. fazer exactamente aquilo que o PSD não fez quando há três anos o PS foi o partido mais votado. Tudo visto, pressinto que mais cedo do que tarde a AD dos Açores vai amargar os actuais festejos.
P.S; À margem deste post não posso deixar de registar que ainda ontem André Ventura exigia participar no governo regional e hoje já mostra estar por tudo e não chumbar nada que venha do governo da AD. É só garganta !
Crise de imaginação
na Iniciativa Liberal
# Esclareço que, além deste exemplo, o PCP usou o «Portugal com Futuro» em muitos outros anos, iniciativas e materiais de propaganda.