30 setembro 2020

Nada de ilusões

 



O debate desta madrugada

 Trump apela
 a grupo neofascista

«(...)Nas redes sociais e em aplicações de mensagem como o Telegram, membros dos Proud Boys congratularam-se com a referência do Presidente dos EUA ao grupo e angloriaram-se de estarem a assistir a um aumento do número de militantes. Mike Baker, correspondente do New York Times, partilhou no Twitter algumas mensagens de membros do grupo. “Estamos a postos, sir”, lê-se numa delas; “Basicamente, Trump disse-nos para irmos espancá-los. Isto deixa-me tão contente”, lê-se noutra mensagem.» («Público online»)

Quem são os Pround Boys
Les Proud Boys, groupuscule qui n’accepte pas de femmes, fondé en 2016 par le cofondateur de Vice Media Gavin McInnes, en même temps que l’apparition de la mouvance identitaire, nationaliste et islamophobe de l’alt-right, pour « alternative right », sont considérés comme un « groupe de haine » (« hate group ») par le SPLC (Southern Poverty Law Center), qui fait autorité dans l’analyse des extrémistes. Jusqu’à la victoire de M. Trump, ils se cantonnaient à une présence sur Internet. Cette année, ils font bruyamment campagne pour la réélection du républicain. Pendant l’été, ils ont organisé des « caravanes pour Trump », cortèges de 4 × 4 qu’ils aiment amener, armés de fusils d’assaut ou de paintballs, au cœur des villes progressistes.»

«Le Monde»

Sondagem sobre o debate

(CNN)Six in 10 debate watchers said former Vice President Joe Biden did the best job in Tuesday's debate, and just 28% say President Donald Trump did, according a CNN Poll of debate watchers conducted by SSRS.

28 setembro 2020

Uma aliança informal

 Memória
dos anos de brasa


Francisco Pinto Balsemão em entrevista ao «Expresso»: « Havia objectivos do MRPP que não eram. à época, incompatíveis com os meus, por exemplo: havia uma certa condescendência, da minha parte, para a publicação de notícias que o MRPP trazia, que talvez não tivessem tanta importância quanta lhe demos na altura. Mas essa aliança, que nunca foi celebrada, nem assinada. acabou por funcionar bem. (...) Portanto com o MRPP demo-nos bem»

25 setembro 2020

1x2 como no totobola

 Quem muito fala
acabará... por acertar

Hoje...

há dois dias...

Não festejei a segunda e não festejo a primeira. Porque ambas pertencem ao território dos excessos verbais do senhor presidente. Porque ambas são do território dos jogos e ambas sepultam a questão-chave dos conteúdos do Orçamento. E recordo que sobre o OE 2020 até agora não se sabe nada. Se eu fosse assessor do presidente, não valendo a pena aconselhá-lo a ser menos opinador, sempre lhe diria que apenas dissesse que o OE 2021 devia ser viabilizado por quem estiver de acordo com ele.

O guia para a gestão do dinheirinho

 As condições para a
maçaroca de que ninguém fala





aqui em inglês, na página 11
 sobre as «reformas»
(documento da Comissão Europeia
de 17 de Setembro)

Acordo de «bloco central»

 Qual descentralização,
qual carapuça !



24 setembro 2020

Incrível

 Uma das várias
 «maravilhas» na entrevista
do Público e da RR a João Ferreira

Maria Lopes e Graça Franco podem limpar as mãos à parede e João Ferreira tinha todas as razões para dar a entrevista como terminada. Não dando, apesar  de tudo deu-lhes uma lição de educação.

P.S.: no Facebook a Joana Manuel lembrou acertadamente que, pelos vistos, os jornalistas do «Público» não lêem os titulos dos editoriais do director.




Um homem capaz de tudo

 Trump no seu melhor

«O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recusou garantir que vai contribuir para uma transição pacífica de poder, se for derrotado nas próximas eleições presidenciais. A declaração, nunca ouvida da boca de outro Presidente norte-americano na história moderna do país, pode aprofundar as divisões a apenas seis semanas das eleições, e só contou com a oposição de uma figura proeminente do Partido Republicano.» (Público)

23 setembro 2020

Hoje saiu-lhe esta

Dar sentenças sobre tudo 
menos sobre os conteúdos



Que os jornais se ocupem a dar opiniões sobre quem deve votar a favor do Orçamento de 2021  é coisa que se pode lamentar mas também admitir porque isso está no código genético dos órgãos de comunicação social. Mas isso não devia valer para quem é Presidente da República. Ao falar assim, Marcelo Rebelo de Sousa alinha-se pelo truque generalizado de discutir votos separadamente dos conteúdos concretos do dito Orçamento. E já que o Presidente é tão falador então eu preferia que ele antes tivesse dito que o Orçamento deve ter um conteúdo de esquerda.

Hoje

 Na morte de
Juliette Gréco


Por incrível que pareça

 E não é certo 
que não seja eleito

na capa do «DN»

21 setembro 2020

Jornalismo de chacha

Sobre a sedução sem aspas



Este titulo é do «DN» mas a notícia respectiva nasceu na LUSA. Ou seja, um jornalista da LUSA escreveu queencontrou um membro do Chega que lhe disse ter votado em tempos na CDU e que encontrou outro que lhe disse já ter votado BE em tempos.E, sem ninguém se interrogar se estes dois caramelos não estariam a falar para a fotografia, saiu no «DN» a beleza de título que aí fica estampado para melhor se perceber como o Chega seduz (sem aspas) a comunicação social.

Fascistas e selvagens

 No Chega há gente assim
e os outros não se importam

P.S: Nenhum órgão de informação reparou mas os 247 votos que a lista proposta por Ventura obteve à terceira vez são menos de metade dos delegados à Convenção que eram 510. Ou seja, metade do pessoal já tinha debandado.

Em boa hora

 Uma carta que
estava a fazer falta


Um grupo de 22 católicos escreveu uma "carta aberta" ao Patriarca de Lisboa e ao Bispo de Aveiro, a manifestar o desagrado pelo facto de terem dado o nome ao movimento que se opõe à obrigatoriedade das aulas da cidadania. Na missiva, estes cidadãos dizem sentir-se envergonhados e dececionados.

Na carta enviada ao Cardeal D. Manuel Clemente e ao bispo de Aveiro, os signatários começam por dizer que o apoio ao manifesto Em defesa das Liberdades de Educação "envergonhou-os enquanto cidadãos, cristãos e católicos". Consideram que "é uma desastrada forma de intervenção cívica". Defendem que o que está em causa são questões relativas à igualdade de género e não à ideologia de género.

Acrescentam que a associação dos dois bispos ao manifesto "foi desnecessária e política e pastoralmente irresponsável" e é um sinal da "preocupante aproximação entre a Igreja e forças políticas".

Entre os signatários, estão elementos de movimentos católicos, professores universitários, economistas, advogado e jornalistas. Nuno Franco Caiado é o subscritor número 1. "Parecem posições que vêm de um passado distante, não compreendo a realidade dos dias de hoje. Não nos revemos nestas posições".
Maria João Sande Lemos, do Movimento Nós Somos Igreja diz que assina como cidadã. "Imagine se agora disséssemos os nossos filhos, os nossos netos não podem aprender nada na escola que se refira à PIDE. Vamos fazer objeção de consciência contra a PIDE, não pode ser. Não é?"

A carta foi enviada sexta-feira à tarde e Nuno Franco Caiado diz que o patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, já respondeu: "Mantém integralmente a posição assumida, o que nos parece alguma falta de diálogo e que não entendeu a nossa posição".

Na carta enviada também à Nunciatura Apostólica e à Conferência Episcopal Portuguesa os signatários afirmam que a "cidadania não é uma opção mas um direito e um dever de todos".

19 setembro 2020

Fantasias

 O umbigo 
como centro do mundo


Comemorando a 2500ª edição do Expresso. Marcelo Rebelo de Sousa perpetra hoje num caderno do jornal um depoimento que nos diz que o semanário foi «decisivo para o 25 de Abril» porque   « representou uma rutura com o regime».  
Estamos assim perante uma escandalosa e atrevida reescrita da história feita de sofismas, sonegações e exageros.
Ficamos a saber que para Marcelo Rebelo de Sousa «decisivo para o 25 de Abril»foi o «Expresso» que o mesmo é dizer que decisiva foi a «ala liberal»da União Nacional que aliás não   pretendia nenhuma ruptura com o regime. (ver Nota)
E com esta tese estapafúrdia se esconde que decisivas sim , para além obviamente da iniciativa do movimento dos capitães, foram a prolongada e sacrificada resistência antifascista e a luta libertadora dos povos das   colónias que transformou as guerras coloniais num atoleiro para o fascismo português.      
É no que dá quando  se julga que o umbigo de alguns é o centro do mundo e o motor da história.

Nota : qual ruptura com o regime. qual carapuça ! Em Abril de 1973, Marcelo Rebelo de Sousa ainda escrevia   uma carta a Marcelo Caetano também se queixando do recém-realizado 3º Congresso da Oposição Democrática e denunciando a influência que nele tinham tido os comunistas.

Porque hoje é sábado ( )

Jealous of The Birds 


18 setembro 2020

A imagem internacional dos EUA e de Trump

 Se, por absurdo, os estrangeiros votassem nas eleições americanas, Trump estava feito ao bife



Vale a pena ler

Uma biografia notável



Uma edição da «Página a Página»

«Escrevendo directamente em português, numa prosa limpa e comunicativa, Giovanni Ricciardi, de há muito ligado a profundos estudos sobre o nosso neo-realismo literário, levou a efeito amorosamente esta biografia, que é fruto sazonado de uma honesta e aplicada investigação, tendo ao mesmo tempo a vivacidade, o colorido, o empenhamento afectivo do romance de uma vida. (...)

Soeiro Pereira Gomes, que sobretudo pelos Esteiros, e até por alguns dos Contos Vermelhos, vai provavelmente ficar na história da literatura portuguesa como um dos principais autores da primeira metade do século XX, com a simplicidade de certos grandes mestres que o caracteriza, merecia bem ter encontrado este biógrafo.


Do prefácio de Urbano Tavares Rodrigues

17 setembro 2020

João Ferreira apresentou a sua canidatura

«(...) Num mundo onde se tenha acabado a esperança, como o retratou Saramago no seu “Ensaio sobre a cegueira”, deixamos de olhar para o futuro, deixamos de o ver. “A cegueira também é isto”, dizia. Recordando Castrim, “esperança: é a maneira como o futuro fala ao nosso ouvido”. Num tempo em que tantos não veem nem ouvem o futuro falar-lhes ao ouvido, mais necessário se torna saber organizar e abrir esse futuro. Transformar inquietação em luta, converter o desassossego em confiança. Confiança num futuro construído à medida dos sonhos e projectos a que temos direito e de que não queremos desistir. De que não vamos desistir.

Nesta eleição dirijo-me a todos e a cada um, independentemente das escolhas eleitorais que fizeram no passado. A todos apelo:

Aos que vivem do seu trabalho, e que sentem que, com o seu empenhado esforço, poderiam viver melhor, se fosse outra, mais justa, a repartição da riqueza que criam.

Às mulheres, penalizadas por múltiplas desigualdades, discriminações e violências, no trabalho, na família e na sociedade.

Aos jovens, que não abdicam do direito a serem felizes.

Aos reformados e idosos, que aspiram a uma vivência gratificante no plano pessoal e social depois de uma vida de trabalho.

Esta candidatura apela à força que há em todos, em cada um de nós. Assumam-na como vossa. Confiem-lhe, mais do que o vosso apoio, a vossa energia criadora, transformadora. Façamos desta candidatura parte da luta pela mudança que desejamos para as nossas vidas, da mudança que Portugal precisa.(...)»


na integra aqui

16 setembro 2020

Sobre a nova Lei da Memória Histórica em Espanha

«Le pido prestado el título de su magnífico libro de recuerdos a Vladimir Nabokov para celebrar la aprobación del anteproyecto de Ley de Memoria Histórica, una asignatura pendiente en la democracia española desde hace más de cuatro décadas. Entre las medidas que apareja la nueva ley estará la declaración de "nulos de pleno derecho" todos los juicios sumarísimos del franquismo, toda esa pantomima legal con que se pretendió blanquear el asesinato político, la escabechina y la matanza indiscriminada.
Carmen Calvo ha explicado que "la mejor forma de reparación es declarar nulo cualquier juicio que haya derivado en el fusilamiento sin garantías de personas importantes, como el presidente Companys". Habría que añadir también que la reparación debe incluir los fusilamientos gratuitos de personas poco o nada importantes, porque la inmensa mayoría de las docenas de miles de españoles "ajusticiados" a tiro limpio durante y después de la guerra no disfrutaban de un cargo señalado ni eran el presidente de la Generalitat. Los mataron sólo por apoyar al gobierno legítimo de la República, por pensar diferente o simplemente porque pasaban por allí.
Mucho más contundente será la decisión de sancionar con multas de hasta 150.000 euros las infracciones en el cumplimiento de la nueva ley, lo que significa, por fin, la próxima ilegalización de la Fundación Francisco Franco, un engendro dedicado a glorificar el recuerdo del mayor genocida de la historia de España, un dictador cenizo que estableció a sangre y fuego un régimen fascista similar al de Mussolini durante casi cuarenta años, gracias a la ayuda precisamente de Mussolini y de su colega Adolf Hitler. En ningún otro país europeo se permite la mitomanía de dictadores fascistas, pero Spain is different, ya se sabe, y aquí se tolera la exaltación del franquismo no sólo en fundaciones y bares de carretera sino también en un orfeón de voluntarios empeñado desde hace meses en asediar la residencia del vicepresidente del gobierno.
Con todo, la apuesta principal de esta nueva Ley de Memoria Histórica es la exhumación de los miles de cadáveres que aun permanecen desperdigados en fosas comunes y cunetas, víctimas de la brutal represión franquista. Será una operación a gran escala, mucho más costosa y pertinente que el simbólico desalojo de la momia de Franco del Valle de los Caídos, puesto que requerirá una búsqueda exhaustiva por todo el territorio nacional, la creación de un banco de ADN y la puesta en marcha de un plan de subvenciones para los familiares de las víctimas.
No se trata de reabrir viejas heridas, como se nos ha repetido machaconamente desde las altas instancias, sino de todo lo contrario, de intentar cerrarlas, puesto que para sanar una herida primero hay que encontrarla, del mismo modo que para olvidar, para pasar página a un recuerdo, primero hay que recordarlo. ¿Cómo olvidar cuando no hay ni siquiera una tumba, una lápida, un lugar donde plantar el olvido, depositar flores y lágrimas? ¿Cómo se ha de perdonar cuando nadie ha pedido perdón? Son miles y miles los muertos que claman impotentes desde la tierra no en busca de justicia -algo ya imposible-, mucho menos de venganza, sino de reposo, de poder descansar en paz después de tantos años. Es la memoria de nuestros muertos la que habla.»

Vamos chegar a este ponto ?

Inacreditável
capa do "Jornal de Negócios" hoje

14 setembro 2020

Sobre a desigualdade na pré-campanha das presidenciais


Um pouco de decência,
 se faz favor
A candidata Ana Gomes aproveitou o seu espaço de comentário político ontem, domingo, na SIC Notícias para comentando o apoio de Isabel Moreira a Joáo Ferreira acusar este de não ser um defensor do Estado de Direito.
Fica assim ainda mais evidente que a manutenção daquele espaço de comentário político na SIC é um descarado favorecimento de Ana Gomes e um reprovável factor de desigualdade na pré-campanha das presidenciais. Se Ana Gomes não a tem, então devia ser a SIC a ter a decência de acabar com ele.
Adenda com a
evolução do assunto:






10 setembro 2020

Por cá ainda escondem

O amigo espanhol do Chega
 (o VOX) não esconde nada

«Lo vimos este miércoles, cuando en el Congreso de los Diputados Santiago Abascal vino a decir que con Franco se vivía mejor que con el Gobierno de Pedro Sánchez, pero formulado con la frase: "Señor Sánchez, preside el peor Gobierno que ha tenido nuestro país en ochenta años".

09 setembro 2020

EUA

Dizem que é o país 
mais rico do mundo



Distribuição do Banco Alimentar de Nova Iorque no Centro Barclay de Brooklin em 30 de Julho de 2020.


«Cerca de uma pessoa em cada seis vítima de insegurança alimentar, dos quais 18 milhões de crianças - tais são as previsões do Feeding América, a maior rede de bancos alimentares dos Estados Unidos.»

mais aqui



Uma confissão importante

Como se apanha um cínico

Os leitores que me desculpem mas entro ao pontapé: há uns totós que escrevem nos jornais e que, na sua infinita soberba, julgam que somos todos parvos ou distraidos. É o caso de João Miguel Tavares que ontem escreveu no «Público» uma crónica a decretar urbi et orbe o «fracasso» do PCP com a Festa do Avante!. De todo o seu arrazoado, mais do que a sua magnifica conclusão de que o PCP estaria sempre feito ao bife e seria preso por ter cão e por não ter, foi esta glamorosa confissão: com efeito, escreveu o sujeito que «O ponto central do Avante! nunca foi se a festa se podia realizar ou não, ou se iria ou não sair dali um surto, mas se era politicamente razoável avançar no actual contexto.» 
Sim,reparem bem os leitores que andámos todos a supor  que o que moveu dezenas e dezenas de artigos contra a Festa do Avante! tinha sido a preocupação de natureza sanitária, isto é o risco de contágios ou surtos , e afinal, diz-nos agora J.M. Tavares, esse nunca foi o «ponto central».
Ou seja, tinhamos carradas de razão todos os que achámos que uma coisa era a preocupação  compreensivel  das pessoas comuns e outra muito diferente era a campanha movida nos media por legiões de opinadores e comentadores.

06 setembro 2020

Jerónimo de Sousa na Festa

Convicções, luta e esperança

« (...)Não vale a pena uns virem agitar com ameaças de crise política. O que se impõe é aproveitar todos os instrumentos para não permitir que os trabalhadores e o povo vejam a sua vida mergulhada numa crise diária.
Como não vale a pena apressarem-se, outros, a sentenciar que o PCP não conta, que está de fora das soluções de que o País precisa.
Se há prova que o PCP já fez é que conta, conta muito e decisivamente, como nenhum outro, para assegurar avanços no interesse das classes e camadas populares.
O PCP não faltará, como nunca faltou, a nenhuma solução que dê resposta aos problemas, não desperdiçará nenhuma oportunidade para garantir direitos e melhores condições de vida.
É no concreto e não em meras palavras de intenções que tem de assentar a avaliação do que precisa ser feito.(...)»

mais aqui

Jazz para o seu domingo


Dominick Farinacci...




.... e Arne Woutersax

05 setembro 2020

Pura raiva

A completa falta
 de vergonha do

E ao segundo dia da Festa do Avante!, o «Expresso» resolveu dedicar uma manchete ao seu embicanço com as contas daquele evento. Se alguém tinha dúvidas sobre se, inicialmente com pretexto  em    preocupações sanitárias, foi montada uma violentíssima campanha de ataque, desinformação e calúnias contra o PCP, este gesto do «Expresso» devia acabar com elas. 
De facto, só um ódio vesgo pode explicar que um jornal que se reclama da excelência e de ser um expoente do jornalismo tenha dedicado a sua manchete deste sábado a um asssunto que já tinha sido tratado nos dois dias anteriores pela sua delegação televisiva - a saber, a SIC e a SIC Noticias.
Delegação televisiva que aliás tanto transmitiu uma peça a atribuir a uma edição recente da Festa um lucro     fabuloso como transmitiu outra peça a atribuir a um conjunto de edições rccentes um prejuízo monumental.Além do mais, se pesquisasse na Net, o «Expresso» bem podia ter descoberto que, há séculos que há entre o PCP e a Entidade de Contas dos Partidos um longo e áspero conflito, com o PCP a acusar aquela entidade de não compreender a natureza da Festa do Avante, a criticar as suas arbitrárias interpretações da lei e a fazer exigências incompreensíveis e impossíveis de satisfazer.
Basta lembrar que há uns anos (não sei se o estuporado critério se mantêm) a Entidade de Contas pretendia que entrasse como receitas da Festa os proventos obtidos mas já não queria considerar as despesas feitas para a obtenção daqueles provento.Ou seja, o talão da venda de um prato de ensopado de borrego num pavilhão    do Alentejo   entrava como receita mas a factura do talho que vendeu o borrego já não podia entrar nas despesas. (ler Adenda)
Confio que muitos cidadãos tenham descoberto nestes dias que o que é demais também enjoa e que a caravana tem mesmo de passar. 

Adenda : Numa peça que na sua edição online o «Público» também dedica hoje ao mesmo assunto vai-se ao ponto de escrever esta pérola : «nas contas que apresenta, o PCP não refere a numeração dos bilhetes vendidos “e também não tem recibos individuais das pessoas que adquiriram os bilhetes”, o que, por pagarem em dinheiro, dificultam a identificação da origem.» Repare-se bem no despautério : a Entidade de Contas queria que o PCP apontasse os números das   EP (é EP, não é bilhete) , queria para cada comprador um recibo individual (portanto queria saber quem comprou) e não queria pagamentos de EP em dinheiro ! 

Nenhuma confusão


O «Público» explica
 lá dentro mas esqueceu-se
 de explicar na manchete




Porque hoje é sábado ( )

Bill Callahan




04 setembro 2020

Certo e sabido

Saibam todos

«Houve um notório cuidado da organização para que tudo corresse dentro das normas e sem erros nas primeiras horas da 44.ª edição da Festa do Avante!»
Público online, hoje

Assim assim uma festa incomparável

Aí está ela !



02 setembro 2020

A petiçáo dos miguelistas e a objecão de INconsciência

Educação para a Cidadania e o Desenvolvimento ? Nem pensar  - diz a fina flor do entulho reaccionário



Desonestidade

A mentira que todos repetem

«(...) Ninguém este ano pôde usufruir dos concertos de verão ao ar livre. Curiosamente a razão do cancelamento parece suspender-se na Quinta da Atalaia.(...)»

no «Público» de hoje

01 setembro 2020

Do que se sabe

Mistérios da biologia ou
como uma auditoria pariu um rato

A auditoria da Delloite, tanto quanto se soube hoje, fala muito do que aconteceu até 2014 e não nos fala do que aconteceu depois e tem feito manchetes na comunicação social, designadamente a venda de activos com fabulosos descontos. Ora batatas.