Uma feliz e honrosa
palavra de ordem
Num artigo ontem no «Público» dedicado à campanha eleitoral já em curso para a Comunidade de Madrid, Jorge Almeida Fernandes escreve a dado passo: «Com Iglesias em campo, Ayuso mudou o slogan para “Comunismo ou liberdade.” O líder do UP surge como cavaleiro da “cruzada antifascista”. E os seus adeptos ressuscitam uma das mais infelizes palavras de ordem da história da esquerda, da Espanha ao Chile: “No pasarán.”
Face a esta sentença atrevida, sinto-me na obrigação ética e cívica de lembrar que o «No Pasarán» nasceu pela voz de Dolores Ibarruri numa Madrid sitiada pelas tropas de Franco e que foi sob essa feliz palavra de ordem que Madrid resistiu heroicamente três anos graças à coragem e sacrifício de milhares de combatentes republicanos.
Dizer nos dias de hoje que é «uma das mais infelizes palavras de ordem da esquerda» é absolver os fascistas que queriam passar (e tragicamente acabaram por passar) tanto na Espanha dos anos 30 como no Chile dos anos 70 e amesquinhar a memória dos que lhes fizeram frente.
P.S.: para que não haja confusões, neste post não se discute o acerto ou desacerto de adeptos de Pablo Iglésias recuperarem esta palavra de ordem. Discute-se tão só a frase de Jorge Almeida Fernandes.
Estes jornalistas medrosos e cobardes, estão todos a fugir para o «Chega». Já ontem, foi Alberto Gonçalves na capa do «Sol».
ResponderEliminarNão tarda muito e Jorge Almeida Fernandes está a assinar a petição da trasladação dos restos mortais de Salazar para o Panteão Nacional.
Escrevi agora para este jornalista a dizer que quem escreve assim não merece ser lido. A sua própria fotografia, revela alguém sinistro.
ResponderEliminarO seu email está aqui, para quem quiser responder: jafernandes@publico.pt
Jorge Almeida Fernandes: um caso de soberba e vaidade; ou alguém que vendeu a alma ao diabo.
ResponderEliminarDesta vez, caiu-lhe a máscara.
Fiquei surpreendido ao receber hoje uma mensagem de Jorge Almeida Fernandes, a qual transcrevo:
ResponderEliminar«Caro Leitor
“No passarán” é uma palavra de ordem infeliz porque só faz evocar algumas das mais trágicas e sangrentas derrotas da esquerda e da liberdade.
Cumprimentos
J.A.F»
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A esta mensagem, respondi da seguinte forma, parafraseando parte do texto do Vítor:
«No seu texto, o senhor diz que o «Podemos» ressuscita uma das mais infelizes palavras de ordem da história da esquerda, da Espanha ao Chile (veja bem, não só da Espanha). Incluiu os chilenos que votaram em Salvador Allende.
No Pasarán nasceu pela voz de Dolores Ibarruri. Esta palavra de ordem fez com que Madrid resistisse heroicamente aos ataques da falange de Franco, onde até participou a aviação alemã de Hitler.
Portanto, dizer que é uma das mais infelizes palavras de ordem da história da esquerda, da Espanha ao Chile é absolver aqueles que sitiaram Madrid, tanto em Espanha como no Chile. Também amesquinha a memória de todos aqueles que fizeram frente a essa horda criminosa que, como deve saber é responsável por um holocausto. Na nossa vizinha Espanha, arqueólogos estão ainda a encontrar os vestígios de todos aqueles que pagaram pelo sacrifício de afrontar o fascismo.
Sem outro assunto.
Jorge Nunes
A palavra de ordem «No Pasarán» foi empregue em 1936 e nesse ano os fascistas não passaram. Por isso, não pode ser infeliz.
ResponderEliminarDizer que «evoca algumas das mais trágicas e sangrentas derrotas da esquerda e da liberdade», é um exagero e mais um falhanço do chamado jornalista J.A.F.