01 março 2021

Coisa mais estúpida

 Saber da morte de um
velho amigo por uma revista

É verdade. Foi pela «Visão História» dedicada aos 100 anos do PCP que fiquei a saber que o Luís Pessoa, um velho amigo e companheiro de lutas no inicio dos anos 1970 na CDE de Lisboa, morreu o ano passado. Não sabia nada dele há décadas mas nunca o esqueci. Até porque foi ele que, no final de Março de 1974, me visitou no Sindicato dos Caixeiros de Lisboa para me garantir que, apesar do fracasso do 16 de Março, o movimento dos capitães continuava com os seus planos de derrubar o regime. E até me leu os principais pontos do programa do MFA (antes de terem sido emendados por Spinola). E, quando depois do 25 de Abril, ouvi um ou outro camarada a falar das insuficiências desse programa, lembrava-me sempre de ao Luís Pessoa eu só ter dito, em curto e breve, «está muito bem, é andar para a frente». Honra pois à memória do Luís Pessoa, combativo resistente antifascista e corajoso militar de Abril.

1 comentário:

  1. O Luís Pessoa era meu colega de curso no IST. Deu uma aula num curso que eu geria sobre a sua experiência no 25 de Abril.E depois, num ciclo de eventos sobre a nossa Associação de Estudantes, a AEIST. participou num interessante debate sobre os estudantes e a vida militar no pavilhão central do IST com três diferentes experiências: a dele próprio, que se manteve nas funções de alferes milicianos, em Santa Margarida, a de Fernando Cardeira que participou numa deserção colectiva para a Suécia e a de Baptista-Alves, capitão em Angola que viria a aderir ao MFA e a integrar a comissão provisória da câmara municipal de Luanda.

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