Em artigo no «Público» de hoje perora a jornalista Helena
Pereira: «Falo da greve dos motoristas, em que a posição de força do governo
com o beneplácito, ao mesmo tempo, dos partidos de esquerda e dos empresários
só foi possível graças a uma aliança rara . (...) A esquerda não fica incomodada quando um
primeiro-ministro age? com o intuito de dificultar a vida aos grevistas ?
(...)».
Entretanto, numa repetição de muitas declarações anteriores,
pode ler-se também hoje num órgão de imprensa online :
«A situação vivida com a luta em curso na Ryanair foi
referida pelos secretários-gerais do PCP e da CGTP-IN como exemplo de serviços
mínimos decretados em termos abusivos, o que também se verificou quando da
greve dos motoristas de pesados.
Jerónimo de Sousa, líder comunista, entende que «o Governo
está a tentar, com o apoio das entidades patronais, pôr em causa a lei da
greve, esvaziando-a. […] Pura e simplesmente alargam a concepção de serviços
sociais impreteríveis, que são aqueles que têm uma relação directa com a vida
das pessoas, [como] a saúde das pessoas. [É um conceito que] não se pode
aplicar a tudo aquilo que se passa em termos de paralisação», afirmou em
declarações à Lusa.
«Falando por experiência própria, um trabalhador, quando vai
para a greve, não o faz de sorriso nos lábios. É o recurso a uma forma superior
de luta onde são os primeiros a pagar em termos económicos. A experiência do
movimento operário foi sempre a de terem os trabalhadores a primeira
preocupação em garantir, por exemplo, que um forno de vidro da Covina
[Companhia Vidreira Nacional] se mantivesse em laboração para não cair. Não
precisavam da definição de serviços mínimos», explicou.
Para o secretário-geral do PCP, está em causa «um mau
caminho, procurando [o Governo], de certa forma, tentar limitar o direito à
greve, um direito de Abril, que a Constituição e os constituintes consideraram
importante para integrar o capítulo dos direitos, liberdades e garantias
fundamentais». (aqui)
Esta Helena Pereira faz parte de uma massa de jornalistas que deixou de investigar e fazer jornalismo, para simplesmente fazerem fretes aos patrões dos lugares onde fingem trabalhar.
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