11 outubro 2014

No «Público» de hoje

Um excelente
artigo de Manuel Loff



Opinião

O que há de novo?

Margaret Thatcher nunca militou no PS; o PS é que parece que, em segredo, acredita mesmo no slogan dela de que "não há alternativa". Mas há alternância.
"Há alguma mudança de fundo no sistema partidário português? As primárias do PS, a micro-movimentação que surgiu entre o BE e o PS, Marinho Pinto, chegam para falar em mudanças significativas no quadro global? No meio da exasperação provocada pela mais regressiva das crises socioeconómicas por que Portugal passou desde que há democracia no nosso país, é por estas pequenas mudanças que, ao fim de seis anos, nos vamos ficar?
Comecemos pelas primárias do PS. Para quem sustentou que elas foram um caso excecional de mobilização cívica numa eleição partidária desta natureza, lembremos que nelas votaram 178 mil pessoas, 1,8% dos eleitores inscritos. 2,8 milhões de italianos votaram nas primárias do Partido Democrático, congénere do PS, 6% dos eleitores; 2,66 milhões de franceses votaram em 2011 nos candidatos a candidato presidencial do PS, 6,2% dos eleitores. Costa e Seguro arrastaram proporcionalmente 3,5 vezes menos pessoas. Dá para descobrir aqui uma mudança substancial do sistema partidário português? Além da natural atenção dos media e do interesse dos que foram votar, só os fãs da coisa puderam ver aqui uma daquelas famosas vagas de fundo que tanto se usa no espesso politiquês nacional. Ainda por cima, o procedimento só veio agravar a velha tendência do sistema político português: a de fulanizar a discussão, presidencializar as escolhas todas, substituindo ideias por homens, carismas, capacidade de liderança e outras tretas da linguagem do management. Mais do mesmo."

Muito mais, com grande interesse, aqui

2 comentários:

  1. O Manuel Loff é um apoiante do PCP.

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  2. Do PCP ou da CDU? Mas pouco importa isso se o que escreve não foi pedido emprestado a alguém e se é fruto do seu proprio pensamento
    Aramos

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