A sério, gostava de perceber
Juro por todos os santinhos que as parcas linhas que se seguem assentam num esforço para não me situar no quadro da cultura partidária em que me formei e a que, de preferência de forma não cristalizada, me considero ainda hoje convictamente vinculado e que a perplexidade que vou expor tem em boa conta e respeita o facto de o BE ser um partido onde os aderentes, «querendo», podem constituir-se em tendências.
O título acima diz respeito àquilo a que hoje no Público Nuno Sá Lourenço refere como (sublinhado meu) «a proposta de três dirigentes do partido para a extinção das três correntes internas e a criação de uma única linha» em torno de uma nova chamada «Socialismo» e que parece já reunir a adesão da maioria dos dirigentes (creio que não a totalidade) que integram a maioria saída da última Convenção.
De caminho, convém anotar que aquela «de uma única linha» deve ser da responsabilidade do jornalista pois os promotores da nova corrente deverão saber que tal desiderato não está ao seu alcance.
A mim, que não pretendo ingerir-me em nada na vida interna do BE mas apenas tentar compreender certos fenómenos políticos, o que me faz confusão é que para extinguir três correntes, coisa que basta aos seus integrantes quererem para acontecer, seja preciso criar uma nova e amplíssima nova corrente, quando a superação das três correntes anteriores se poderia fazer simplesmente com todos os seus integrantes a declararem, e agir em consequência, que a sua corrente é o BE ponto final, parágrafo.
E se não estou velho ou balhelhas de todo, o que me parece é que, pelo menos até agora, não aparecendo nesta nova corrente nomes significativos da antiga «sensibilidade» UDP e também nomes da minoria da última Convenção, estranho virá a ser se estes não se sentirem incomodados ou «cercados» pela nova corrente e não sejam empurrados para formar a sua, havendo então aqui uma espécie de baralhar e tornar a dar quanto a correntes dentro do BE, operação a que desejo as maiores felicidades, obviamente.
Não, não escreverei que «cheira-me que há aqui mais qualquer coisa não explicitada» porque, se o fizesse, poderia, e justamente, ser acusado de ter entrado no mero terreno das especulações, palpites ou pressentimentos.
Não, não escreverei que «cheira-me que há aqui mais qualquer coisa não explicitada» porque, se o fizesse, poderia, e justamente, ser acusado de ter entrado no mero terreno das especulações, palpites ou pressentimentos.
Tantas tendências, tanta confusão!!!! Como se entendem!!!!!
ResponderEliminarUm beijo.