13 fevereiro 2013

Nada de admirar

Um pouco mais ou
um pouco menos que a do Zico




Sim, nada de admirar porque é fácil, é barato e dá dezenas milhares de assinaturas que é coisa que, como temos visto, nos tempos que correm, faz parte de fenómenos que bem podem incluir os 189918  votos (4,5%) do Coelho nas últimas presidenciais. Uma pessoa explica dez ou vinte vezes que sobre esta matéria se dizem coisas que, quando muito se aplicam ao dois maiores grupos parlamentares - os do PSD e do CDS - e que não é justo aplicá-las aos grupos parlamentares menos numerosos. Uma pessoa explica que as reduções do número de deputados, como se viu estrondosamente no passado, não atingem proporcionalmente todos os partidos antes,  por causa do método de Hondt e dos círculos distritais, afectam mais agravadamente o número de eleitos pela CDU, pelo BE e pelo CDS, afectando ainda a representação geográfica. Uma pessoa explica que o mais provável é que alguns partidos tenham deputados a mais para o fraco trabalho que realizam e que outros terão de menos para o muito trabalho que fazem mas que essa é uma questão que só os eleitores podem resolver. Uma pessoa explica, explica, explica mas os defensores da redução do número de deputados não querem ouvir porque a sua cobardia em descortinar as reais causas dos problemas sempre os puxam para os atalhos erróneos e demagógicos.

Já quanto ao inefável Medina Carreira e à sua opinião de que «se saíssem 100, nada se perderia» só me apetece retorquir que se dos media saissem 20 comentadores da sua estirpe, aí é que não se perderia nada.

1 comentário:

  1. A redução pretendida do número de deputados interessa muito aos nosso governantes e seus apoiantes por uma questão de "economia" na luta pelos direitos dos trabalhadores.

    Um beijo.

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