26 novembro 2012

Sondagem do «i» hoje

Breve história de uma ingratidão


Passos Coelho acabou declarar que confiava na inteligência dos portugueses. Fez bem, agora só lhe falta tirar as conclusões da inteligência destes 62,1,%.

1 comentário:

  1. Assisti aos últimos discursos de Cavaco Silva e Passos Coelho e vieram-me à memória sentimentos antigos.

    Eu, que nunca fui fascista e até nasci e fui criado no seio de uma família militantemente anti-fascista, sentia vergonha de viver sob o fascismo, como se alguma pequena quota de responsabilidade na continuidade de tal execrando regime também fosse minha. Mas, por outro lado, também me envergonhava de ter vergonha, por considerar que tal vergonha carregava em si algum reconhecimento de incapacidade, de frustração, de impotência.

    Como é óbvio não votei em Cavaco Silva ou em Passos Coelho e não me posso afirmar desiludido com o que fazem.
    Na minha opinião, com graves responsabilidades do PS, concretizou-se a velha aspiração da direita (uma maioria, um governo, um presidente) e a catástrofe está à vista, enquanto Passos Coelho e Cavaco Silva vão desempenhando o seu papel.
    Por quê, então, este sentimento de vergonha?
    Porque, na minha opinião, para além da exploração dos que vivem do rendimento do seu trabalho ser quase tão execrável como a anterior, a corrupção e impunidade dos poderosos ser tanto ou mais ofensiva do que antes, o desrespeito pelos trabalhadores e o povo atingir níveis inimagináveis, os governantes parecem ter perdido completamente a vergonha. E se eles perderam a vergonha é importante, pelo menos, não a perdermos nós!

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