muitos de nós não !
As mais jovens gerações podem não ter visto isso mas ainda somos às carradas os portugueses que bem nos lembramos como na década de 85 a 95, sob o ilustre magistério governativo do actual PR, se afundou boa parte da agricultura portuguesa a troco de uns cobres europeus, se procedeu a um vasto abate da nossa frota de pesca e se acelerou a desindustrialização do país.
E, agora, o inenarrável personagem vem-nos dizer que a culpa é de um «estigma». Ao menos, cale-se e vá cuidar dos netos !
Mas como é possível tal descaramento? Pensará a cambada que somos todos destituídos de memória e inteligência?
ResponderEliminarOS que lhe anteceder, "o próprio", e os que lhe sucederam, foram e continuam a ser, os coveiros do nosso País!
ResponderEliminarO estigma é ele!!!!!
ResponderEliminarOu ele não conhece o significado desta palavra?!!!!
Um beijo.
Discurso de Alvaro Cunhal à epoca :
ResponderEliminar"Acompanhando as ofensivas antidemocráticas nestas quatro vertentes, o governo de Cavaco Silva e o PSD sacrificam e submetem os interesses Portugueses a interesses estrangeiros a troco de fundos da CEE que em grande parte são desviados dos seus declarados objectivos e metidos ao bolso de novos e velhos milionários, mas que apesar disso cobrem temporariamente carências graves e criam também temporariamente uma sensação de desafogo económico e financeiro.
Cavaco Silva, o Governo, o PSD anunciaram que como resultado da acção do Governo, Portugal era o «oásis» da Europa, um país de «sucesso» em pleno desenvolvimento lançado como uma lebre no encalço da tartaruga da Europa.
A realidade é a progressiva destruição do aparelho produtivo (na agricultura, na indústria, nas pescas), a crise e a recessão económica geral. Sacrificam-se, comprometem-se e entregam-se ao capital estrangeiro empresas e sectores básicos estratégicos e recursos e potencialidades materiais e humanas. Agrava-se a dívida do Estado. Agrava-se a balança externa. Aumenta o distanciamento em relação aos países mais desenvolvidos em vez da «coesão económica» tantas vezes apresentada como objectivo em vias de ser atingido. São cada vez mais graves as limitações à independência e soberania nacionais pela aceitação servil, seguidista e capitulacionista do Tratado de Maastricht e da imposição a Portugal pelos países mais desenvolvidos de decisões supranacionais contrárias a interesses vitais Portugueses.
A continuar. no poder Cavaco Silva e o governo de direita, Portugal corre o risco não só de ver substituída a democracia política por um regime autoritário de cariz ditatorial, mas também de um dia não muito distante, quando diminuir, como é inevitável e está previsto, o fluxo de fundos da CEE, ser mergulhado numa crise profunda de carências alimentares, energéticas, técnicas e tecnológicas para superar as quais uma solução será então extremamente difícil na situação que está a ser criada.
A politica do governo do PSD de destruição das conquistas e valores democráticos da revolução de Abril é uma política que destrói recursos e potencialidades que vêm do passado, que provoca uma penosa crise no presente e que faz pesar sobre Portugal gravíssimas ameaças para o futuro."