29 setembro 2021

Ainda as autárquicas

 Os números de
Almada vistos à lupa

Sem que isso seja tudo, há números sobre a eleição autárquica em Almada que são curiosos e que podem ter passado desapercebidos. Assim:

- O PS, por comparação com 2017, sobe 8,41 pontos percentuais e ganha mais 7.293 votos;

- A CDU perde 1 ponto percentual mas ganha mais 503 votos;

- O conjunto PSD+CDS perde 5,4 p.p.  e perde 3.482 votos;

- O BE perde 2,71 p.p. e 1.565 votos;

- O PAN perde 1,60 p.p. e 971 votos;

- O Chega alcança pela primeira vez 5,63 p.p. e 3980 votos e a IL 1,97 p.p. e 1391 votos;

- Nao concorreram o MRPP que em 2017 tinha obtido 1,82%  e 1.211 votos, o PNR que tinha tido 0,44% e 290 votos e o PTB que tinha tido 0,28% e 185 votos;

- Este anos em Almada houve menos 540 votos brancos e menos 598 votos nulos;

-O número de votantes aumentou em 1678.

Lição principal : em Almada a CDU falha o seu propósito de recuperar a Câmara mas Almada é um dos escassos concelhos em que a CDU sobe a sia votação.

O «Público» a dar corda a Marcelo

 Marcelices

«A vitória em Lisboa foi sobretudo do antigo comissário europeu, que fica agora “numa posição muito forte para mais tarde marcar a viragem”, comenta-se em Belém. “Moedas criou um ciclo próprio”, entendem os mais próximos de Marcelo, convictos, porém, de que esse ciclo tem uma primeira etapa que passa por conseguir governar a câmara da capital: “Ele é muito bom a estabelecer consensos, mas se houver ruptura iminente, pode sempre forçar eleições intercalares e reforçar a votação em novas eleições.”

Certo é que, finalmente, a direita parece fornecer uma alternativa que agrada a Marcelo Rebelo de Sousa. Há anos que defende, em privado, as qualidades de Carlos Moedas, enquanto em público vai pedido uma alternativa forte. Em Março, quando o então administrador da Fundação Calouste Gulbenkian anunciou a sua candidatura à câmara da capital, algumas notícias davam conta de que Marcelo teria dado um empurrão à sua decisão.(...)» (Público)

27 setembro 2021

Pontos nos iis

 Uma correcção necessária

No seu discurso de vítória, Carlos Moedas repetiu diversas vezes que «os lisboetas» decidiram isto e aquilo e quiseram isto e aquilo. Por mim, acho oportuno lembrar que «os lisboetas» deram à coligação de direita que sustentou Carlos Moedas 34,26% mas que os votos somados do PS, da CDU e do BE representam 50,02%. Essa soma de partidos teve mais 36.272 votos que a coligação de Carlos Moedas.

Uma noite para esquecer

 Paralisado pelo desgosto

O melhor é dizer a verdade

23 setembro 2021

PS sem maioria absoluta. direita derrotada

 Isto vai. Tempo ainda
 para reforçar a CDU 

Sondagem RTP
sobre Lisboa

PS 37%

PSD/CDS 28 %

CDU 11%

BE 7%

IL 5%

PAN 3%

Chega 3%

20 setembro 2021

Demagogia pura

 Sobre a Galp, a refinaria
 de Matosinhos e o pífio
ralhete de Costa à Galp

Os trabalhadores despedidos da Refinaria de Matosinhos falaram ao «Público» e mostraram que o ralhete eleitoral de Costa à Galp passou ao lado do seu sofrimento e drama.

17 setembro 2021

Fogo de artifício

Arrufos de namorados

A cena passou-se assim: num primeiro momento, o dr. Rui Rio resolveu esclarecer as massas ignaras que, depois de contados os votos, os eleitos autárquicos do PSD eram livres de fazer as alianças pós-eleitorais que quisessem incluindo com o Chega. Em resposta, pobre e mal agradecido, o líder Ventura declara alto e bom som que nem pensar e que os eleitos do Chega não serão tábua de salvação para a maiorias relativas do PSD. Contado o entremês, é altura de elogiar a inteligência política destes dois senhores. Ao dr. Rui Rio gabe-se a grande esperteza de vir declarar a utilidade de votos em (eventuais) vereadores do Chega. Ao dr. Ventura gabe-se a ingratidão de estar a recusar os Açores continentais que o dr. Rui Rio lhe está a oferecer. Quando o mais certo é vir a aceitá-los até porque lá para Dezembro ou Janeiro a comunicação social nem vai reparar que o vereador do Chega na Câmara de Carrazeda de Anciães presidida pelo PSD viabilizou o respectivo Plano de Actividades ou Orçamento municipal. E eu que pensava que o fogo de artifício estava proibido.