30 dezembro 2024

15.000 euros!

Vai ganhar mais que 
o primeiro-ministro e o PR

Graças à generosidade  de Montenegro, como recém-nomeado secretário-geral  da  Presidência do Conselho de Ministros (e antigo executor dos cortes no tempos de Passos Coelho) vai continuar a ganhar os 15.000 euros que ganhava no Banco de Portugal. Bela prenda de Natal !

Actualização às 20 hs: entretanto Helder Rosalino anunciou a sua indisponibilidade para assumir o novo cargo.

29 dezembro 2024

Não há palavras para tanto horror

 O terrível sofrimento
 dos palestinianos

Alexandra Licas Coelho, sempre ela!,
no «Público» de 28/12

(...) « Os palestinianos têm sido a grande fonte directa do maior horror do nosso tempo de vida: aquele que está em curso desde 7 de Outubro. Quem acompanha os incontáveis testemunhos que eles nos têm dado do seu próprio holocausto, sobretudo pelo Instagram, vai reconhecer centenas de momentos no relatório de Mordechai. Idem para quem segue as agências e tribunais da ONU, a Human Rights Watch, a Amnistia Internacional e muitas outras organizações, incluindo israelitas. Uma sucessão de horrores e recordes. Resumo aqui: recorde de bombas e de crianças mortas à bomba, à fome, de diarreia, hipotermia ou outros problemas que não seriam mortais, se fossem assistidas. Recorde de crianças mortas com tiros na cabeça, no peito. Recordes de médicos e trabalhadores humanitários mortos. Recorde de licença para matar civis por cada alvo de alto ranking: 300 para 1. Recorde de civis mortos com as mãos no ar ou bandeiras brancas. Recorde de detidos arbitrariamente, homens, mulheres e crianças, com tortura, violação e mortes nas cadeias (muitíssimo acima de Guantánamo). Recorde de sacos de plástico para corpos, e saquinhos de plástico para pedaços de carne e ossos. Famílias com muitos saquinhos de plástico, que eram filhos, filhas, mães, pais. Quase 100 por cento da população deslocada: 2,3 milhões de pessoas. Destruição ou razia da grande maioria das casas, escolas, hospitais, mesquitas, edifícios em geral. Fome e epidemias em massa. Pessoas a comer erva e ração de animais, e cães a comer os cadáveres das pessoas. Lixo e esgoto por toda a parte. Ausência de electricidade e água potável. Cesarianas sem anestesia, além das amputações e outras cirurgias. Sofrimento contínuo e atroz de centenas de milhares de mutilados, queimados, doentes. Mais de 45 mil mortos oficiais, milhares de desaparecidos, centenas de valas comuns, projecções de centenas de milhares de mortos. Sem falar na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, onde o Hamas não está no poder, e milhões de outros palestinianos são reféns de um governo de colonos, que nunca capturou semelhante quantidade de terra, árvores e animais, ou matou e prendeu tanta gente.»


JAZZ PARA O SEU DOMINGO

Gunhild Carling



28 dezembro 2024

Milhares de milhões

 Vejam quem ganha
com o 
belicismo

 


Miguel Sousa Tavares no «Expresso» de 27/12

(...) «A tese entre os europeus é a de que a Rússia, uma vez ganha a guerra da Ucrânia, não se deteria nas suas fronteiras — uma tese cujo fundamento não se baseia em nada nem esclarece até onde iria a Rússia, se teria capacidade para tal e um verdadeiro desejo de se lançar numa guerra contra a NATO. Mas uma vez que Putin se viu obrigado a aumentar as despesas com a defesa por força do pântano que encontrou na Ucrânia (ele, que a seguir se lançaria Europa adentro…) tal é suficiente para os arautos da guerra apregoarem a inadiável corrida às armas. Ora, não obstante toda a propaganda, as despesas militares da Rússia representam apenas um sétimo das dos Estados Unidos (126 mil milhões de dólares contra 916 mil milhões). Para quem achar, então, que isto, toda esta histeria bélica, pode ser apenas um exagero inocente, fruto de erros de cálculo ou pânico desencadeado pela invasão russa da Ucrânia, há alguns dados que podem servir de meditação. Como os 100% de crescimento bolsista e os 600 mil milhões de euros de lucros da indústria de armamento europeu no ano passado, com a alemã Rheinmetall, fabricante dos tanques Leopard-2 fornecidos à Ucrânia, à cabeça, com um aumento de 158% nos lucros, bem assim como a capitalização bolsista de 120 mil milhões (mais 26% desde o início da Guerra da Ucrânia) da americana Lockheed Martin, fabricante dos mísseis antitanque Javelin ou dos sistemas de artilharia Himars, igualmente testados na Ucrânia. E todas as demais empresas de armamento dos dois lados do Atlântico. (...) »

Porque hoje é sábado ( )

Sabrina Carpenter



27 dezembro 2024

A propósito das percepções

A escolha das palavras

António Guerreiro no «Público»

«Livro de Recitações

Percepção de insegurança”
Expressão que passou a circular com grande frequência no espaço público, com origem no Governo.
Era preciso não deixar o “fenómeno” por conta de uma construção imaginária e dar-lhe um forte teor de realidade. Esta operação linguística, que teve certamente uma razão intuitiva, mostra o quanto a política é sempre uma questão de linguagem.
Quem introduziu, a propósito da questão da insegurança, o termo “percepçãotinha à sua disposição pelo menos outras duas palavras que nomeiam com maior rigor o que se passa: as palavras “sensação” e “impressão”. Se o autor desta fábula escolheu a palavra “percepção” foi porque as outras duas acentuavam demasiado a dimensão subjectiva. A percepção é mais objectiva e racional que a sensação, e ainda muito mais que a impressão.
Sabemos isso desde Aristóteles, desde que ele definiu o homem como um “animal político”, isto é, dotada da razão própria das palavras.»

26 dezembro 2024

Desenfreado belicismo

Eles estão loucos mas
quem pagaria seriamos nós




Helena Pereira no «Público»

(...) «
O Presidente eleito (Trump) pediu que todos os Estados aumentem a contribuição para 3%, sendo que na última sexta-feira o Financial Times noticiava que iria exigir afinal 5%. Mark Rutte, ainda antes Mda participação de Trump em reuniões da NATO como Presidente dos EUA, já declarou imprescindível o aumento de despesas para 3% e começou a fazer uma autêntica campanha na opinião pública para isso, instando os cidadãos europeus a “aceitarem fazer sacrifícios”, como cortes nas suas pensões ou na saúde.(...)»

Miguel Sousa Tavares no «Expresso»

«Mas, entretanto, o gelo do Ártico continua a derreter e o planeta continua a aquecer. Os ucranianos continuam a morrer no campo de batalha e o seu país a ser destruído, mas não há pressa alguma em alcançar a paz porque são eles que morrem e depois a reconstrução da Ucrânia será um excelente negócio para algumas empresas ocidentais, financiado com o dinheiro russo depositado nos bancos ocidentais e entretanto confiscado por decisão informal de um tribunal ad hoc da NATO e União Europeia — como antes aconteceu com a Sérvia, destruída pelos bombardeamentos da NATO, reconstruí­da por empresas americanas. Mas, atenção, porque agora, de crescendo em crescendo, já não basta enviar armas para a Ucrânia “por quanto tempo quanto necessário”: agora somos nós também que temos de entrar “em mentalidade de guerra”. Cortar na saúde, nas pensões, nos direitos sociais, começar a desmantelar o nosso querido modelo social europeu, porque — só não vê quem não quer ver — tudo isto é igual à situação em 1939. Sem tirar nem pôr, com a única diferença de que agora os judeus estão por cima e só praticam o bem e os nazis são os russos. E, com o medo induzido convictamente pelos grandes líderes que temos e alimentado por uma imprensa dócil e alinhada como nunca antes, preparamo-nos para nos curvar perante o génio do mal da Casa Branca. O homem que olha para os estudos sobre o clima, para as imagens do gelo a derreter no Ártico e na Gronelândia e resume tudo a três palavras: “drill, baby drill!”. Nós, tugas, vamos desde já investir em mais dois submarinos para combater os russos (se os marinheiros quiserem embarcar, não se tratando de exercícios), e, apesar da falta de pilotos, vamos investir 5000 milhões em F-35, o último grito dos céus. Mas isso não é nada comparado com o que nos vão exigir: 3%, 3,5%, 5% de toda a riqueza que produzimos neste país a trabalhar, a investir, a pensar no futuro. Mas qual futuro? É a guerra, estúpido! O futuro é investir em acções das empresas de armamento.».



Um paÍS cor-de-rosa

Agora é só comparar
com a mensagem de Natal
de Montenegro



24 dezembro 2024

Um grande progressista norte-americano

Neste Natal a voz
 de Paul Robe
son

Um pré-Presidente muito temente a Deus

Trump celebra o Natal

Trump quer mais
 penas 
de morte
aplicadas n
os EUA 

(CM)




_____________________________________________

video com entrevista em francês (sorry)
 a Ilan Pappé, um historiador
israelita anti-sionista 
aqui 




Natal na Palestina ocupada

23 dezembro 2024

Alteração da Lei de Bases da Saúde

840
«Exclusão de estrangeiros no SNS:
840 profissionais de saúde ameaçam
com desobediência civil»

Médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, técnicos de diagnóstico e terapêutica e outros profissionais, num total de 840 profissionais de saúde, subscreveram uma carta aberta contra a exclusão de cidadãos estrangeiros do SNS. Contestam a alteração à Lei de Bases da Saúde, aprovada no final da semana passada no Parlamento, que limita o acesso de migrantes em situação irregular aos cuidados de saúde públicos.

“Esta medida viola a Constituição, a legislação europeia e o código deontológico médico. Agravará desigualdades, prejudicará populações vulneráveis e irá comprometer a saúde pública. Continuaremos a garantir cuidados a todas as pessoas, sem discriminação”, avisam na carta, que está disponível para quem a quiser subscrever online.

Dizem ter sido com “profunda preocupação e perplexidade” que tomaram conhecimento da alteração da Lei de Bases da Saúde”, considerando que tal alteração vai “privar um segmento importante da população residente em território nacional do direito à protecção da saúde”- (Público)

22 dezembro 2024

Não há palavras que cheguem

O terrível
sofrimento da Palestina
Alexandra Lucas Coelho,
sempre ela!, no «Pú
blico» de 28/12


(...) «Tudo isto já estava documentado, e Mordechai compila muitos exemplos. Mas talvez a parte mais singular do relatório, pelo próprio facto de ser israelita e falar hebraico, seja o que ele expõe sobre Israel, o ponto a que chegou a desumanização dos palestinianos. E eis a chave, diz Mordechai: a desumanização dos palestinianos é o que permite este horror. Resumo: a grande maioria dos israelitas que não quer saber a verdade (as muitas verdades além da propaganda); que nas sondagens acha bem limpar os palestinianos de Gaza; que é contra a entrada de ajuda (e em muitos casos a trava, incendeia); que acima de todas as instituições aprova as Forças Armadas de Israel, acredita que são as mais morais do mundo. Até porque essas forças são ela mesma, a grande maioria dos israelitas, pais e filhos, mães e filhas. Um exército de tiro ao pato, onde é possível matar palestinianos por tédio ou por um post, onde cada um no terreno pode fazer o que lhe dá na telha, como testemunham soldados e oficiais que estiveram em Gaza. Não são excepções, são padrões. Militares que fazem de qualquer civil um terrorista, incluindo crianças e bebés. Que agem como se Gaza fosse um videojogo, planeiam alvos por Inteligência Artificial, dedicam execuções e explosões às namoradas (e namorados). Que fazem dos palestinianos cães. Que filmam e postam o cadáver de um palestiniano a ser comido por um cão, seguido do lindo pôr-do-sol de Gaza. Que filmam e postam palestinianos passados a ferro por veículos militares, palestinianos despidos, atados, vendados, aos montes. Que recitam a Torah e a cada compasso disparam um morteiro. Que grafitam as paredes, incluindo das mesquitas, com insultos ao Islão e símbolos judaicos (fotografei em Jenin). Que posam no Tinder com fardas, armas, troféus da guerra, porque exterminar palestinianos é sexy. Que se postam com a lingerie das palestinianas, nas casas que arruínam. Enquanto a televisão israelita pode, por exemplo, promover um vídeo genocida em que crianças israelitas, com imagens de destruição em fundo, cantam sobre como Gaza será arrasada e em breve Israel vai cultivar os campos lá. Aliás, uma das últimas actualizações de Mordechai diz respeito à limpeza étnica do norte de Gaza, nestas últimas semanas de 2024, depois de uma líder dos colonos ter ido a Gaza, escoltada pelos soldados, para inspeccionar os futuros domínios das 500 famílias israelitas que ela diz que já estão prontas a mudar.(...)»

JAZZ PARA O SEU DOMINGO

 Branford Marsalis
Quartet



21 dezembro 2024

Porque hoje é sábado ( )

 Alynda Segarra

Em defesa dos chulos

No Tribunal Constitucional
parece haver seis juízes
cavernícolas

«O Tribunal Constitucional recusou legalizar o proxenetismo, mas os juízes do Palácio Ratton dividiram-se ao meio, com metade a defenderem que é legítimo lucrar com a actividade sexual alheia. O desempate teve de ser feito pelo presidente do tribunal, José João Abrantes.

Para este e outros seis conselheiros, os riscos inerentes à prática da prostituição, em particular a captura destes profissionais por redes de tráfico de seres humanos, justificam que o lenocínio continue a ser punível com cadeia. Mas os restantes seis juízes que compõem o plenário do Palácio Ratton pensam exactamente o contrário, com um deles a defender mesmo que a proibição do proxenetismo reduz as condições de segurança do exercício desta actividade.» (Público)

Viagem ao passado

 Uma coisa deliciosa 
de há oito anos

21 dezembro 2016

 



20 dezembro 2024

PSD, CDS, Chega e IL. a mesma luta

Desastrada alteração
 à Lei de Bases da Saúde

Paula Santos, do PCP,  na AR:
«Vol
ltemos ao relatório da IGAS. Segundo esse relatório, em 2023 recorreram aos SNS 43.264 estrangeiros não residentes, e estima-se que nesse ano tenham sido atendidos 6 milhões de episódios de urgência. O atendimento de estrangeiros não residentes corresponde a 0,7% do número total de episódios de urgência.

São os 0,7% dos episódios de urgência que levam à rutura dos serviços de urgência, ou é a carência de profissionais de saúde e o facto de o Governo não fazer o que é preciso para valorizar e fixar os profissionais de saúde no SNS?

Para alimentar a sua agenda retrógrada e reacionária, o Chega instrumentaliza a saúde para prosseguir o seu discurso de ódio contra os imigrantes, como se todos os males, a habitação, a segurança, agora a saúde, fossem da responsabilidade dos imigrantes, que são altamente explorados e muitas vezes se encontram em situação de grande vulnerabilidade; quando os problemas resultam das opções da política de direita, de desinvestimento no SNS, que o Chega apoia e ainda quer levar mais longe. E não é verdade que os imigrantes em situação irregular não suportem os encargos com os cuidados de saúde que lhe são prestados. Quem não tem número de utente atribuído, é-lhes cobrado.

O que pretendem com estas iniciativas é construir uma narrativa contra os imigrantes, promover conceções racistas e xenófobas, dividir trabalhadores.  É isto que o CH faz e que PSD, CDS e IL alimentam.»

Se o Chega vota propostas do PS,
logo Montenegro diz que há uma
 (suposta) «aliança estratégica»
entre os dois.  Mas quando o Chega
 vota bastantes propostas do PSD,
 o que é que há ?

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Aqui outros três
cartoons sobre os EUA

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Espalhafato policial

Martim Moniz:
o PSD não se está a
encostar ao Chega:
em muitas matérias
eles pensam como o Chega !



Mais alguma coisa aqui.

18 dezembro 2024

Ainda nos 50 anos do 25 de Abril

 Um livro a não perder !

Edição da Página a Página
Apresentação:

TERROR, DESTRUIÇÂO E MORTE NO  ALENTEJO- A contra-reforma agrária é o testemunho de quem participou nesse intenso período da nossa História recente, de quem não se conforma com a sua falsificação e que considera ser tempo, 50 anos depois, de ser prestada a justa homenagem e reconhecimento aos Homens e Mulheres, muitos deles e delas analfabetos, que, com a sua desassombrada e altruísta intervenção, em defesa e afirmação da jovem democracia de Abril, então em construção, escreveram das mais belas páginas da Revolução de Abril. «Páginas de Ouro» que importa conhecer e divulgar contra a mentira e falsificação dos mentores e defensores da contra-revolução. 

Ao organizar a exploração da terra em Unidades Colectivas de Produção – UCP, colocando de forma altruísta os resultados do seu laborioso trabalho ao serviço do bem-estar e desenvolvimento de toda a comunidade a que pertenciam, os Trabalhadores da Reforma Agrária – A Revolução no Alentejo e Sul do Ribatejo mostravam ao País e ao Mundo que um outro modelo de sociedade era possível conjugando Liberdade, Democracia e Socialismo

Rédea solta para o militarismo e belicismo

 Agora querem
 3% para a Defesa !!!

Carlos Matos Gomes aqui

«Há uns tempos apareceu na comunicação social o anúncio vindo dos estados Unidos que os países da NATO tinham de contribuir com 3% dos orçamentos para as despesas militares. Era o devido. Com 3% os países europeus podiam vencer a Rússia e o mais que viesse.

Ninguém, nem entre especialistas de comentário, de opinião, de invenção, de comentário e de opinião perguntou pelo racional dos 3%. Três por cento porquê? E porque não treze, ou trinta, ou qualquer outro valor? Estamos perante uma – mais uma – mistificação que os dirigentes nos querem meter pela goela como se se fôssemos gansos destinados a produzir fois gras. (...)

«Nenhum secretário da NATO, nem nenhum ministro da Defesa explicou a razão dos 3%. E mais. Nenhum secretário da NATO, nem nenhum ministro da defesa de qualquer país da NATO (nos outros é idêntico) é capaz de explicar o custo de um qualquer sistema de armas. Nenhum é capaz de estabelecer o custo de produção de um avião, de um helicóptero, de um navio, de um carro de combate. Nenhum dos políticos que reclamam 3% para compras de armamento é capaz de apresentar a estrutura de custos de um qualquer sistema de armas. Nenhum faz ideia do custo de uma hora de operação de um avião ou de um navio. (...)

Em resumo, quando alguém falar em 3% para despesas militares peçam a fatura discriminada, como se faz nos restaurantes. O resto é discurso de vendedores de banha da cobra.»

20 e tal anos de sondagens EUA sobre armas e aborto

Os norte-americanos
e o problema das armas e...



52% consideram que o mais importante é controlar a propriedade das armas e 47% que o mais importante é proteger o direito dos americanos terem armas, ou seja, um valor muito mais alto que em 2000 e 2022.

81% dos inquiridos republicanos consideram que o mais importante é proteger o direito dos norte-americanos terem armas enquanto só 18% dos inquiridos democratas é que pensa assim.

No site da National Rifle Association - o reacionaríssimo lobby pró-armas dos EUA- faz-se publicidade a armas como esta.

... e do aborto

Em 1995 60% dos inquiridos achava que o aborto devia ser legal em todos ou muitos casos e em 2024 esse número passou para 63%. Os que consideravam que devia ser ilegal em todos ou muitos casos passou de 38% em 1995 para 36% em 2024.

17 dezembro 2024

O populismo do governo da AD

 Migrantes e SNS:
um artigo muito oportuno

Marta Temido no «Público» de 16/12

(...)«
Todo o país ganha com
o acesso dos migrantes à saúde
As doenças infetocontagiosas, como a tuberculose e o sarampo, são, precisamente, o melhor exemplo da razão pela qual todo o país ganha com o acesso de todos, incluindo dos migrantes, qualquer que seja a sua situação, ao SNS. Mas as doenças não-transmissíveis também o são, se recordarmos as perdas de produtividade que acarretam, algo que se sabe da história dos modelos de sistemas de saúde, visto que não foi uma razão generosa, mas o pragmatismo, que levou à sua organização.
Na semana passada, o PSD e o CDS apresentaram um projeto de alteração da Lei de Bases da Saúde que, face à atual composição da Assembleia da República, corre o sério risco de ser aprovado. Trata-se de uma modificação da Base 21 da Lei n.º 95/2019, de 4 de setembro, que, na definição de beneficiários do SNS, inclui “migrantes com ou sem a respetiva situação legalizada, nos termos do regime jurídico aplicável.” O objetivo é eliminar esta menção. (...)
Claro que isto nada tem a ver com a “utilização do SNS por parte de estrangeiros não residentes em Portugal e que se deslocam para o nosso país, por vezes até em contexto de redes ilegais, com o propósito único ou, pelo menos, principal, de acederem gratuitamente a cuidados de saúde”. Um problema sobre o qual pouco sabemos e a que a presente proposta de alteração não responde, na medida em que ela nada tem a ver com a Lei de Bases da Saúde. Porque não é a Lei de Bases da Saúde que inibe a repressão das redes ilegais. Nem impede a gestão de fluxos de doentes e cobrança de cuidados aos sistemas de saúde responsáveis (aliás, hoje, a utilização do SNS por estrangeiros já é objeto de faturação, nos termos da lei (...) »

O «trabalhismo» de Keir Starmer

 Volta Tony Blair,
 estás perdoado !


«Labour ministers are criticised for allowing Royal Mail to fall into foreign hands for the first time in 500 years - after ministers approve £3.6billion takeover by Czech billionaire Daniel Kretinsky» ( Mail online)
Ministros trabalhistas são criticados por entregarem a Royal Mail a mãos estrangeiras pela primeira vez em 500 anos- depois dos ministros aprovarem
um «take over» de 3 mil milhões de libras pelo bilionário checo Daniel Kretinsky.


16 dezembro 2024

Rui Pereira no Facebook

 Leiam um texto de
grande lucidez sobre
os media e o Congresso do PCP

Rui Pereira no Facebook

«“ELES”

O congresso do PCP não foi suficientemente interessante para que as televisões lhe dedicassem as extensas programações especiais que dedicam aos congressos de outros partidos. Nos canais privados, esse interesse nem mesmo existiu. Um ou outro apontamento noticioso, algum comentário de mau fígado e o vaticínio final: "Estão a desaparecer!" Quem? “Eles!”. “Eles” foi o pronome pessoal com que muitas vozes jornalísticas, comentatoriais e/ou a versão anfíbia de ambas, trataram os sujeitos do acontecimento que cobriam e comentavam, quando o faziam. “Eles” não define exactamente nem os comunistas, nem o Partido Comunista, o PC, o PCP por ordem decrescente da frequência com que foram usados os diferentes vocábulos. Não, este “Eles” define-nos a nós. A um "Nós" outros, estabelece uma alteridade insanável em relação aos “Nós” todos quantos, mais diferentes ou mais parecidos entre si, têm em comum uma identidade que definimos como "nossa". “Eles” não. “Eles” são outrem, são estranhos não-comungantes do "Nós" pelo qual nos afirmamos.
O tratamento mais usual pelo jornalismo e pelo comentariato nas coberturas destes congressos partidários é a designação pelo nome do partido (o PS, o PSD, o Chega, a Iniciativa Liberal…). Para todos estes, não há um “Eles”, porque eles somos nós.
A mesmidade de tal trato, quando reversa, induz de contrabando, implicitamente, no assunto a tratar, uma distância percebida, desenha uma fronteira intransponível para quem assiste ao tratamento do assunto, mais do que ao assunto (porque, esse, só nas ligações em direto da RTP 3 se ia deixando ver, ainda assim sob o filtro imperativo de “declínio”, da “degradação”, do “óbito”, mesmo que para referir como “Eles” o não reconhecem e acham “manifestamente exagerada” a respetiva certidão).
Todavia, numa destas curtas emissões, um antigo secretário-geral, Carlos Carvalhas, tentou explicar que numa sociedade em que a participação política da maioria das pessoas se restringe ao ato eleitoral, os media têm uma importância drástica, dado que só por intermédio destes é possível chegar às populações. Ora, se os media quando se dignam falar do PCP, o fazem sob o signo de um “Eles” cauterizado, excluído do tempo e do espaço comuns, anacrónico, vazio e decrépito, é natural que as causas dos problemas (políticos, mais do que comunicacionais) da estigmatização estejam menos nos estigmatizados do que nos estigmatizadores. » (...)

15 dezembro 2024

Encerramento do XXII Congresso do PCP

 O país precisa

Intervenção de Paulo Raimundo

(...) «O País precisa de responder à emergência nacional do aumento significativo dos salários e das pensões, precisa de combater a chaga da precariedade, de valorizar carreiras e profissões, precisa de respeitar quem trabalha e trabalhou uma vida inteira.

O País precisa de pôr fim aos benefícios fiscais, às privatizações, à corrupção e pôr fim, de uma vez por todas, à rapina de recursos públicos por parte dos que se acham donos disto tudo.

O País precisa de mais e melhores serviços públicos, salvar e reforçar o SNS, fixar e contratar profissionais de saúde, e garantir a todos o acesso à saúde. 

O País precisa de valorizar a Escola Pública, responder agora à falta de professores e de outros profissionais e de avançar para uma rede pública de creches gratuitas e o acesso universal à educação pré-escolar. 

O País precisa de enfrentar o drama da habitação, dar combate à especulação, reduzir o valor das rendas, pôr a banca a suportar o efeito das taxas de juro.

O País precisa de recuperar os instrumentos para definir de forma soberana o seu próprio rumo de desenvolvimento, investindo mais e onde faz mais falta, e não onde a União Europeia e as suas ordens orçamentais nos querem impor. 

O País precisa e deve produzir mais, para criar mais riqueza e para se desenvolver enquanto nação soberana.

Precisa de colocar todo o saber e conhecimento científico e tecnológico, a investigação e a ciência ao serviço do País.

O País precisa da força e criatividade da juventude e de responder às suas necessidades – aumento dos salários, estabilidade, educação pública, acesso à habitação.

O País precisa de todos os que cá procuram uma vida melhor e dispensa o bafiento e desviante discurso do ódio, do racismo e da xenofobia (... )»

Jazz para o seu domingo

  Cameron Mizell


14 dezembro 2024

Porque hoje é sábado ( )

 Erika De Casier

O costume

 A avaliar por duas
 primeiras páginas o
 Congresso do PCP
não existiu





Desvario

 Uma péssima ideia

Ministra da Justiça
 quer aprofundar
mecanismos de
delação premiada

Amadeu Guerra defende
criação da figura
da delação premiada
(Público)
Além do mais, as leis já contemplam atenuantes para os réus que colaborem com a justiça. Outra coisa é assim permitir que culpados escapem impunes.

13 dezembro 2024

XXII Congresso do PCP

Um partido indispensável
 para a resistência e a luta

Paulo Raimundo na
abertura do Congresso:

(...) Não se dá combate às forças reaccionárias, alimentando as suas concepções e aplicando, a pretexto do seu combate, a política que as faz crescer.

A evolução do País nos tempos mais próximos dependerá do desfecho do confronto entre os que ambicionam concluir o processo contra-revolucionário e as forças que, ancoradas em Abril e na Constituição, lhe resistem.

Um embate e um confronto que não admite que se fique em cima do muro.

Que se fale de esquerda e se apoie a política de direita.

Que se fale nos direitos dos trabalhadores e se promovam mais benefícios para o grande capital.

Que se fale do superior interesse nacional, e a seguir se entregue mais uma empresa ao estrangeiro, mais uma parcela de soberania.

A situação nacional reclama iniciativa política com propósitos e objectivos claros e sem hesitações para dar combate decidido à política de direita.

As ameaças da direita exigem, e exigirão no futuro ainda mais, um PCP mais forte e mais influente. São hoje em número crescente, até de outros quadrantes políticos, os que identificam e reconhecem no PCP, a par da validade e actualidade do seu  projecto, a coerência, a determinação e a coragem para enfrentar ameaças, um Partido que não se rende perante as dificuldades« (...)

Transmissão em directo aqui

Sobre os «famosos» êxitos de Milei na Argentina

 Um post de verdadeiro
 serviço público


O que um ano de liberalismo
à Milei trouxe aos argentinos


taxa de pobreza na Argentina

12 dezembro 2024

INADMISSÍVEL !

 Um retrocesso aí
para 49 anos atrás

Retomar caminho que não devia ser travado." Governo transfere gestão de hospitais para "as mãos" das misericórdias» (TSF)

Será ?

 Um cartoon
  sobre a Síria ?

no «Le Monde»
- Livres !
- Eu... eu teria posto antes
um ponto de interrogação

11 dezembro 2024

Em Almada

 

Um importante
acontecimento que 
começa já na sexta-feira

Aqui em directo às 10.30 de sexta-feira, 13

Síria

 O passado dos 
agora vencedores

Joseph Daher (socialista
 sírio-suiço, critico do regime
 de Assad)) aqui em «Counterpunch»

«Isso não significa que não exista corrupção nas áreas sob seu governo. Impôs o seu governo através de medidas autoritárias e policiamento. A HTS (*) tem notavelmente reprimido ou limitado atividades que considera contrárias à sua ideologia. Por exemplo, o HTS interrompeu vários projetos de apoio às mulheres, particularmente às residentes dos campos, sob o pretexto de que estes cultivavam ideias de igualdade de género hostis ao seu governo. O HTS também visou e deteve opositores políticos.»

 Tahrir al-Sham

P.S.: o líder do HTS foi considerado terrorista pelos EUA e o Departamento de Estado oferecia 10 milhões de dólares pela sua captura.



Um escandaloso silêncio
 sobre o que já está
 a acontecer na Síria

Miguel Castelo Branco no Facebook:
«Um vendaval de sangue varre todo o país. Por toda a Síria, centos de casos filmados, geolocalizados e confirmados de matanças de cristãos, ex-militares, alauitas, quadros administrativos e académicos, até terríveis crimes cometidos dentro dos hospitais e praticados contra doentes internados. Tais imagens não são, obviamente, mostradas aos europeus manipulados, teledirigidos e anestesiados. Entretanto, como nunca jamais ocorreu no passado, com a impunidade do cobrador de favores que ajuda o terror e lembra o preço ajustado, o regime israelita bombardeia a seu bel-prazer todos os objectivos que estabeleceu para erradicar a Síria do mapa, invade-lhe o território e alega desenvolver uma operação visando alargar o território dos Golãs já ocupado desde 1967 e estabelecer uma região-tampão com desconhecida profundidade em território sírio. »

Que Constituição tinha a Síria ?
Ainda Miguel Castelo Branco :

«Hoje, após o tratamento e da entrega de um trabalho que me foi solicitado com urgência, dediquei meia hora à leitura atenta da Constituição da Síria de Assad. Um monumento à tolerância, à inclusão e à partilha do poder entre cristãos, muçulmanos e judeus, um tesouro jurídico de rara beleza e equilíbrio que logo no seu articulado geral afirma não aceitar «grupos políticos com base na religião, no sectarismo, na tribo, região, classe, profissão ou discriminação de género, origem, raça ou cor» (4), precisa o lugar e o papel das mulheres («O Estado deve proporcionar às mulheres todas as oportunidades que lhes permitam contribuir efetiva e plenamente para a vida política, económica, social e cultural e deve trabalhar para remover as restrições que impedem seu desenvolvimento e participação na construção da sociedade» (23), respeita a «inviolabilidade da vida privada», assegura a educação universal e gratuita para rapazes e raparigas, assim como a liberdade científica, literária, artística e cultural. »