20 dezembro 2024

PSD, CDS, Chega e IL. a mesma luta

Desastrada alteração
 à Lei de Bases da Saúde

Paula Santos, do PCP,  na AR:
«Vol
ltemos ao relatório da IGAS. Segundo esse relatório, em 2023 recorreram aos SNS 43.264 estrangeiros não residentes, e estima-se que nesse ano tenham sido atendidos 6 milhões de episódios de urgência. O atendimento de estrangeiros não residentes corresponde a 0,7% do número total de episódios de urgência.

São os 0,7% dos episódios de urgência que levam à rutura dos serviços de urgência, ou é a carência de profissionais de saúde e o facto de o Governo não fazer o que é preciso para valorizar e fixar os profissionais de saúde no SNS?

Para alimentar a sua agenda retrógrada e reacionária, o Chega instrumentaliza a saúde para prosseguir o seu discurso de ódio contra os imigrantes, como se todos os males, a habitação, a segurança, agora a saúde, fossem da responsabilidade dos imigrantes, que são altamente explorados e muitas vezes se encontram em situação de grande vulnerabilidade; quando os problemas resultam das opções da política de direita, de desinvestimento no SNS, que o Chega apoia e ainda quer levar mais longe. E não é verdade que os imigrantes em situação irregular não suportem os encargos com os cuidados de saúde que lhe são prestados. Quem não tem número de utente atribuído, é-lhes cobrado.

O que pretendem com estas iniciativas é construir uma narrativa contra os imigrantes, promover conceções racistas e xenófobas, dividir trabalhadores.  É isto que o CH faz e que PSD, CDS e IL alimentam.»

Se o Chega vota propostas do PS,
logo Montenegro diz que há uma
 (suposta) «aliança estratégica»
entre os dois.  Mas quando o Chega
 vota bastantes propostas do PSD,
 o que é que há ?

***********************************
Aqui outros três
cartoons sobre os EUA

***********************************

Espalhafato policial

Martim Moniz:
o PSD não se está a
encostar ao Chega:
em muitas matérias
eles pensam como o Chega !

18 dezembro 2024

Ainda nos 50 anos do 25 de Abril

 Um livro a não perder !

Edição da Página a Página
Apresentação:

TERROR, DESTRUIÇÂO E MORTE NO  ALENTEJO- A contra-reforma agrária é o testemunho de quem participou nesse intenso período da nossa História recente, de quem não se conforma com a sua falsificação e que considera ser tempo, 50 anos depois, de ser prestada a justa homenagem e reconhecimento aos Homens e Mulheres, muitos deles e delas analfabetos, que, com a sua desassombrada e altruísta intervenção, em defesa e afirmação da jovem democracia de Abril, então em construção, escreveram das mais belas páginas da Revolução de Abril. «Páginas de Ouro» que importa conhecer e divulgar contra a mentira e falsificação dos mentores e defensores da contra-revolução. 

Ao organizar a exploração da terra em Unidades Colectivas de Produção – UCP, colocando de forma altruísta os resultados do seu laborioso trabalho ao serviço do bem-estar e desenvolvimento de toda a comunidade a que pertenciam, os Trabalhadores da Reforma Agrária – A Revolução no Alentejo e Sul do Ribatejo mostravam ao País e ao Mundo que um outro modelo de sociedade era possível conjugando Liberdade, Democracia e Socialismo

Rédea solta para o militarismo e belicismo

 Agora querem
 3% para a Defesa !!!

Carlos Matos Gomes aqui

«Há uns tempos apareceu na comunicação social o anúncio vindo dos estados Unidos que os países da NATO tinham de contribuir com 3% dos orçamentos para as despesas militares. Era o devido. Com 3% os países europeus podiam vencer a Rússia e o mais que viesse.

Ninguém, nem entre especialistas de comentário, de opinião, de invenção, de comentário e de opinião perguntou pelo racional dos 3%. Três por cento porquê? E porque não treze, ou trinta, ou qualquer outro valor? Estamos perante uma – mais uma – mistificação que os dirigentes nos querem meter pela goela como se se fôssemos gansos destinados a produzir fois gras. (...)

«Nenhum secretário da NATO, nem nenhum ministro da Defesa explicou a razão dos 3%. E mais. Nenhum secretário da NATO, nem nenhum ministro da defesa de qualquer país da NATO (nos outros é idêntico) é capaz de explicar o custo de um qualquer sistema de armas. Nenhum é capaz de estabelecer o custo de produção de um avião, de um helicóptero, de um navio, de um carro de combate. Nenhum dos políticos que reclamam 3% para compras de armamento é capaz de apresentar a estrutura de custos de um qualquer sistema de armas. Nenhum faz ideia do custo de uma hora de operação de um avião ou de um navio. (...)

Em resumo, quando alguém falar em 3% para despesas militares peçam a fatura discriminada, como se faz nos restaurantes. O resto é discurso de vendedores de banha da cobra.»

20 e tal anos de sondagens EUA sobre armas e aborto

Os norte-americanos
e o problema das armas e...



52% consideram que o mais importante é controlar a propriedade das armas e 47% que o mais importante é proteger o direito dos americanos terem armas, ou seja, um valor muito mais alto que em 2000 e 2022.

81% dos inquiridos republicanos consideram que o mais importante é proteger o direito dos norte-americanos terem armas enquanto só 18% dos inquiridos democratas é que pensa assim.

No site da National Rifle Association - o reacionaríssimo lobby pró-armas dos EUA- faz-se publicidade a armas como esta.

... e do aborto

Em 1995 60% dos inquiridos achava que o aborto devia ser legal em todos ou muitos casos e em 2024 esse número passou para 63%. Os que consideravam que devia ser ilegal em todos ou muitos casos passou de 38% em 1995 para 36% em 2024.

17 dezembro 2024

O populismo do governo da AD

 Migrantes e SNS:
um artigo muito oportuno

Marta Temido no «Público» de 16/12

(...)«
Todo o país ganha com
o acesso dos migrantes à saúde
As doenças infetocontagiosas, como a tuberculose e o sarampo, são, precisamente, o melhor exemplo da razão pela qual todo o país ganha com o acesso de todos, incluindo dos migrantes, qualquer que seja a sua situação, ao SNS. Mas as doenças não-transmissíveis também o são, se recordarmos as perdas de produtividade que acarretam, algo que se sabe da história dos modelos de sistemas de saúde, visto que não foi uma razão generosa, mas o pragmatismo, que levou à sua organização.
Na semana passada, o PSD e o CDS apresentaram um projeto de alteração da Lei de Bases da Saúde que, face à atual composição da Assembleia da República, corre o sério risco de ser aprovado. Trata-se de uma modificação da Base 21 da Lei n.º 95/2019, de 4 de setembro, que, na definição de beneficiários do SNS, inclui “migrantes com ou sem a respetiva situação legalizada, nos termos do regime jurídico aplicável.” O objetivo é eliminar esta menção. (...)
Claro que isto nada tem a ver com a “utilização do SNS por parte de estrangeiros não residentes em Portugal e que se deslocam para o nosso país, por vezes até em contexto de redes ilegais, com o propósito único ou, pelo menos, principal, de acederem gratuitamente a cuidados de saúde”. Um problema sobre o qual pouco sabemos e a que a presente proposta de alteração não responde, na medida em que ela nada tem a ver com a Lei de Bases da Saúde. Porque não é a Lei de Bases da Saúde que inibe a repressão das redes ilegais. Nem impede a gestão de fluxos de doentes e cobrança de cuidados aos sistemas de saúde responsáveis (aliás, hoje, a utilização do SNS por estrangeiros já é objeto de faturação, nos termos da lei (...) »

O «trabalhismo» de Keir Starmer

 Volta Tony Blair,
 estás perdoado !


«Labour ministers are criticised for allowing Royal Mail to fall into foreign hands for the first time in 500 years - after ministers approve £3.6billion takeover by Czech billionaire Daniel Kretinsky» ( Mail online)
Ministros trabalhistas são criticados por entregarem a Royal Mail a mãos estrangeiras pela primeira vez em 500 anos- depois dos ministros aprovarem
um «take over» de 3 mil milhões de libras pelo bilionário checo Daniel Kretinsky.


16 dezembro 2024

Rui Pereira no Facebook

 Leiam um texto de
grande lucidez sobre
os media e o Congresso do PCP

Rui Pereira no Facebook

«“ELES”

O congresso do PCP não foi suficientemente interessante para que as televisões lhe dedicassem as extensas programações especiais que dedicam aos congressos de outros partidos. Nos canais privados, esse interesse nem mesmo existiu. Um ou outro apontamento noticioso, algum comentário de mau fígado e o vaticínio final: "Estão a desaparecer!" Quem? “Eles!”. “Eles” foi o pronome pessoal com que muitas vozes jornalísticas, comentatoriais e/ou a versão anfíbia de ambas, trataram os sujeitos do acontecimento que cobriam e comentavam, quando o faziam. “Eles” não define exactamente nem os comunistas, nem o Partido Comunista, o PC, o PCP por ordem decrescente da frequência com que foram usados os diferentes vocábulos. Não, este “Eles” define-nos a nós. A um "Nós" outros, estabelece uma alteridade insanável em relação aos “Nós” todos quantos, mais diferentes ou mais parecidos entre si, têm em comum uma identidade que definimos como "nossa". “Eles” não. “Eles” são outrem, são estranhos não-comungantes do "Nós" pelo qual nos afirmamos.
O tratamento mais usual pelo jornalismo e pelo comentariato nas coberturas destes congressos partidários é a designação pelo nome do partido (o PS, o PSD, o Chega, a Iniciativa Liberal…). Para todos estes, não há um “Eles”, porque eles somos nós.
A mesmidade de tal trato, quando reversa, induz de contrabando, implicitamente, no assunto a tratar, uma distância percebida, desenha uma fronteira intransponível para quem assiste ao tratamento do assunto, mais do que ao assunto (porque, esse, só nas ligações em direto da RTP 3 se ia deixando ver, ainda assim sob o filtro imperativo de “declínio”, da “degradação”, do “óbito”, mesmo que para referir como “Eles” o não reconhecem e acham “manifestamente exagerada” a respetiva certidão).
Todavia, numa destas curtas emissões, um antigo secretário-geral, Carlos Carvalhas, tentou explicar que numa sociedade em que a participação política da maioria das pessoas se restringe ao ato eleitoral, os media têm uma importância drástica, dado que só por intermédio destes é possível chegar às populações. Ora, se os media quando se dignam falar do PCP, o fazem sob o signo de um “Eles” cauterizado, excluído do tempo e do espaço comuns, anacrónico, vazio e decrépito, é natural que as causas dos problemas (políticos, mais do que comunicacionais) da estigmatização estejam menos nos estigmatizados do que nos estigmatizadores. » (...)

15 dezembro 2024

Encerramento do XXII Congresso do PCP

 O país precisa

Intervenção de Paulo Raimundo

(...) «O País precisa de responder à emergência nacional do aumento significativo dos salários e das pensões, precisa de combater a chaga da precariedade, de valorizar carreiras e profissões, precisa de respeitar quem trabalha e trabalhou uma vida inteira.

O País precisa de pôr fim aos benefícios fiscais, às privatizações, à corrupção e pôr fim, de uma vez por todas, à rapina de recursos públicos por parte dos que se acham donos disto tudo.

O País precisa de mais e melhores serviços públicos, salvar e reforçar o SNS, fixar e contratar profissionais de saúde, e garantir a todos o acesso à saúde. 

O País precisa de valorizar a Escola Pública, responder agora à falta de professores e de outros profissionais e de avançar para uma rede pública de creches gratuitas e o acesso universal à educação pré-escolar. 

O País precisa de enfrentar o drama da habitação, dar combate à especulação, reduzir o valor das rendas, pôr a banca a suportar o efeito das taxas de juro.

O País precisa de recuperar os instrumentos para definir de forma soberana o seu próprio rumo de desenvolvimento, investindo mais e onde faz mais falta, e não onde a União Europeia e as suas ordens orçamentais nos querem impor. 

O País precisa e deve produzir mais, para criar mais riqueza e para se desenvolver enquanto nação soberana.

Precisa de colocar todo o saber e conhecimento científico e tecnológico, a investigação e a ciência ao serviço do País.

O País precisa da força e criatividade da juventude e de responder às suas necessidades – aumento dos salários, estabilidade, educação pública, acesso à habitação.

O País precisa de todos os que cá procuram uma vida melhor e dispensa o bafiento e desviante discurso do ódio, do racismo e da xenofobia (... )»

Jazz para o seu domingo

  Cameron Mizell


14 dezembro 2024

Porque hoje é sábado ( )

 Erika De Casier

O costume

 A avaliar por duas
 primeiras páginas o
 Congresso do PCP
não existiu





Desvario

 Uma péssima ideia

Ministra da Justiça
 quer aprofundar
mecanismos de
delação premiada

Amadeu Guerra defende
criação da figura
da delação premiada
(Público)
Além do mais, as leis já contemplam atenuantes para os réus que colaborem com a justiça. Outra coisa é assim permitir que culpados escapem impunes.

13 dezembro 2024

XXII Congresso do PCP

Um partido indispensável
 para a resistência e a luta

Paulo Raimundo na
abertura do Congresso:

(...) Não se dá combate às forças reaccionárias, alimentando as suas concepções e aplicando, a pretexto do seu combate, a política que as faz crescer.

A evolução do País nos tempos mais próximos dependerá do desfecho do confronto entre os que ambicionam concluir o processo contra-revolucionário e as forças que, ancoradas em Abril e na Constituição, lhe resistem.

Um embate e um confronto que não admite que se fique em cima do muro.

Que se fale de esquerda e se apoie a política de direita.

Que se fale nos direitos dos trabalhadores e se promovam mais benefícios para o grande capital.

Que se fale do superior interesse nacional, e a seguir se entregue mais uma empresa ao estrangeiro, mais uma parcela de soberania.

A situação nacional reclama iniciativa política com propósitos e objectivos claros e sem hesitações para dar combate decidido à política de direita.

As ameaças da direita exigem, e exigirão no futuro ainda mais, um PCP mais forte e mais influente. São hoje em número crescente, até de outros quadrantes políticos, os que identificam e reconhecem no PCP, a par da validade e actualidade do seu  projecto, a coerência, a determinação e a coragem para enfrentar ameaças, um Partido que não se rende perante as dificuldades« (...)

Transmissão em directo aqui

Sobre os «famosos» êxitos de Milei na Argentina

 Um post de verdadeiro
 serviço público


O que um ano de liberalismo
à Milei trouxe aos argentinos


taxa de pobreza na Argentina

12 dezembro 2024

INADMISSÍVEL !

 Um retrocesso aí
para 49 anos atrás

Retomar caminho que não devia ser travado." Governo transfere gestão de hospitais para "as mãos" das misericórdias» (TSF)

Será ?

 Um cartoon
  sobre a Síria ?

no «Le Monde»
- Livres !
- Eu... eu teria posto antes
um ponto de interrogação

11 dezembro 2024

Em Almada

 

Um importante
acontecimento que 
começa já na sexta-feira

Aqui em directo às 10.30 de sexta-feira, 13

Síria

 O passado dos 
agora vencedores

Joseph Daher (socialista
 sírio-suiço, critico do regime
 de Assad)) aqui em «Counterpunch»

«Isso não significa que não exista corrupção nas áreas sob seu governo. Impôs o seu governo através de medidas autoritárias e policiamento. A HTS (*) tem notavelmente reprimido ou limitado atividades que considera contrárias à sua ideologia. Por exemplo, o HTS interrompeu vários projetos de apoio às mulheres, particularmente às residentes dos campos, sob o pretexto de que estes cultivavam ideias de igualdade de género hostis ao seu governo. O HTS também visou e deteve opositores políticos.»

 Tahrir al-Sham

P.S.: o líder do HTS foi considerado terrorista pelos EUA e o Departamento de Estado oferecia 10 milhões de dólares pela sua captura.



Um escandaloso silêncio
 sobre o que já está
 a acontecer na Síria

Miguel Castelo Branco no Facebook:
«Um vendaval de sangue varre todo o país. Por toda a Síria, centos de casos filmados, geolocalizados e confirmados de matanças de cristãos, ex-militares, alauitas, quadros administrativos e académicos, até terríveis crimes cometidos dentro dos hospitais e praticados contra doentes internados. Tais imagens não são, obviamente, mostradas aos europeus manipulados, teledirigidos e anestesiados. Entretanto, como nunca jamais ocorreu no passado, com a impunidade do cobrador de favores que ajuda o terror e lembra o preço ajustado, o regime israelita bombardeia a seu bel-prazer todos os objectivos que estabeleceu para erradicar a Síria do mapa, invade-lhe o território e alega desenvolver uma operação visando alargar o território dos Golãs já ocupado desde 1967 e estabelecer uma região-tampão com desconhecida profundidade em território sírio. »

Que Constituição tinha a Síria ?
Ainda Miguel Castelo Branco :

«Hoje, após o tratamento e da entrega de um trabalho que me foi solicitado com urgência, dediquei meia hora à leitura atenta da Constituição da Síria de Assad. Um monumento à tolerância, à inclusão e à partilha do poder entre cristãos, muçulmanos e judeus, um tesouro jurídico de rara beleza e equilíbrio que logo no seu articulado geral afirma não aceitar «grupos políticos com base na religião, no sectarismo, na tribo, região, classe, profissão ou discriminação de género, origem, raça ou cor» (4), precisa o lugar e o papel das mulheres («O Estado deve proporcionar às mulheres todas as oportunidades que lhes permitam contribuir efetiva e plenamente para a vida política, económica, social e cultural e deve trabalhar para remover as restrições que impedem seu desenvolvimento e participação na construção da sociedade» (23), respeita a «inviolabilidade da vida privada», assegura a educação universal e gratuita para rapazes e raparigas, assim como a liberdade científica, literária, artística e cultural. »


10 dezembro 2024

Já se sabia !

 

Irresponsáveis

 Para mais tarde
recordar

Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, na televisão: os acontecimentos na Síria «representam uma oportunidade para um novo fôlego no Médio Oriente».

Ideologia e pobreza

Lúcidas palavras
 sobre a pobreza

Ricardo Pais Mamede
 no «Público» de 9/12

 (...)«Durante boa parte do século XX, a generalidade dos governos europeus reconheceu o carácter multidimensional da pobreza e a sua tendência para se perpetuar, adoptando um conjunto interligado de medidas para lhe responder. Políticas macroeconómicas promotoras do pleno emprego, protecção social abrangente, educação gratuita e de qualidade, sistemas de saúde universais, habitação a preços acessíveis, redistribuição dos rendimentos por via fiscal, regulação do mercado de trabalho e investimento em infra-estruturas nos territórios mais desfavorecidos eram tidos como pilares fundamentais para qualquer estratégia de redução estrutural da pobreza.

A redução dos ritmos de crescimento económico na generalidade dos países ocidentais a partir da década de 1970 – independentemente dos modelos de Estado social que haviam adoptado – dificultaram o financiamento das políticas sociais. A globalização económica intensificou a concorrência internacional, criando pressões acrescidas nas relações laborais e na fiscalidade. O envelhecimento populacional reflectiu-se nos maiores custos dos sistemas públicos de saúde e de protecção social. As regras orçamentais da União Europeia conduziram em várias ocasiões a um prolongamento e aprofundamento desnecessário das recessões e do desemprego. A estratégia de austeridade adoptada durante a crise do euro (2010-2012) acentuou os cortes nos serviços públicos e nos investimentos sociais, as dificuldades financeiras dos Estados, a precariedade e a desestruturação das relações laborais.

Por detrás disto tudo não estão apenas tendências pesadas e dificuldades financeiras objectivas. Há também muita ideologia, mais ou menos disfarçada. (...)»

09 dezembro 2024

Algo explica um tal apoio

Fique a conhecer um
gangster que apoiou Trump

Salvatore Gravano

«No início de novembro, poucos dias antes das eleições presidenciais, Donald Trump recebeu o aval de uma figura que não costuma se interessar pela política nacional: Salvatore "Sammy, o Touro" Gravano, ex-assassino e subchefe da família criminosa Gambino. Em 1991, como parte de um acordo com o governo federal para testemunhar contra seu ex-chefe da máfia, John Gotti, Gravano confessou 19 assassinatos. Mas há amplas razões para acreditar que Gravano foi responsável por ainda mais assassinatos. Defendendo Trump, Gravano disse: "Vou chamá-lo de gangster. Precisamos de um gangster». Jeet Heer aqui em «The Nation»

08 dezembro 2024

O ocidente eufórico com vitória dos jihadistas

Bruno de Carvalho no Facebook ;»Sabemos como acabou o Afeganistão, sabemos como acabou a Líbia. Se alguém acha que os chamados rebeldes sírios lutam pela democracia é porque não percebe nada do que se está ali a passar.»





Jazz para o seu domingo

Jenny Scheinman
em "Ornette goes home"


07 dezembro 2024

Há exactos 10 anos

 A propósito dos 100 anos
 de Mário Soares um post
por ocasião dos seus 90

07 dezembro 2014

Informação para os mais novos ou...

... uma certa rectificação a Maria João Avillez

Na série de depoimentos que o «Público» hoje publica a propósito do 90º aniversário de Mário Soares (a quem felicito e cumprimento pela bonita data) inclui-se um de Maria João Avillez, jornalista com quem durante muitíssimos anos por razões profissionais mantive sempre relações muito cordiais, onde afirma a dado passo:
Quero crer que M. J. Avillez terá mais sido vítima da pressa do que de qualquer vontade de enevoar as coisas. Mas, como nem todos temos a minha idade e a dela, então talvez seja justo esclarecer que dizer que «o PS lhe retirou apoio por causa da recandidatura do general Eanes» é uma maneira algo embrulhada de contar as coisas. O que realmente aconteceu é, contra a opinião do Secretariado do PS, Mário Soares resolveu retirar o apoio à candidatura de Eanes em 1980 (contra Soares Carneiro) e se auto-suspendeu das funções de Secretário-geral do PS. E, pior que tudo, para além do problema de assinaturas que isso causou à candidatura de Eanes (como ele se resolveu não posso contar), Mário Soares não se remeteu a uma prudente reserva, antes fez numerosas declarações e deu numerosas entrevistas  em defesa da sua atitude. Algures, em sítio indeterminado, devo aliás ainda ter muitas dessas entrevistas que seria pura crueldade revisitar agora pois, efectivamente, entre outros, não foi dos momentos mais bonitos da longa carreira de Mário Soares. Mas, pronto, hoje é dia de parabéns.

PORQUE HOJE É SÀBADO ( )

 Luedji Luna

06 dezembro 2024

Nos 50 anos do 25 de Abril

"A Colónia" -
uma peça a não perder
 na Culturgest

"Partindo de uma investigação da jornalista Joana Pereira Bastos, o encenador e cineasta Marco Martins constrói um espetáculo sobre uma inédita colónia de férias para filhos de presos políticos, em 1972, nas Caldas da Rainha. Durante duas semanas, 18 crianças entre os 3 e os 14 anos, marcadas pela prisão dos pais e com um passado de clandestinidade e solidão, aprenderam pela primeira vez a brincar em conjunto e em liberdade. Marco Martins reúne um elenco de crianças e alguns dos participantes da colónia para trabalhar a partir das histórias e vivências pessoais e aproximar-se de uma reflexão mais ampla sobre a história, a memória e a opressão, numa peça em que o legado da música de intervenção é um aspeto fundamental."

06 DEZ 2024

SEX 21:00

07 DEZ 2024
SÁB 19:00

08 DEZ 2024
DOM 17:00

11 DEZ 2024
QUA 21:00

12 DEZ 2024
QUI 21:00

13 DEZ 2024
SEX 21:00

14 DEZ 2024
SÁB 19:00


Sessão solene

 O PCP na AR
sobre Mário Soares

05 dezembro 2024

O nosso mundo

 Os "danados" da terra

"As fortunas mundiais superiores a mil milhões de dólares aumentaram 121% entre 2015 e 2024 e o número de multimilionários passou de 1757 para 2682, segundo o relatório anual sobre grandes patrimónios elaborado pelo banco UBS." DN

O relatório, que este ano cumpre o seu décimo aniversário, centra-se nas mudanças registadas nessa década, destaca que o crescimento das grandes fortunas mundiais superou o dos mercados, uma vez que os valores subiram em média 73% nesse perío

02 dezembro 2024

As coisas que se acabam por saber

 O homem que trabalhou
para duas campanhas
presidenciais ao mesmo tempo

Antonio Campos, antigo governante e dirigente
 do PS, em entrevista ao Publico de hoje
Havia uma reunião onde a Pintasilgo estava a decidir se devia desistir da candidatura. Eu fico aflito, estava no Rato, saltei imediatamente para ir ao Botequim e falei com a Natália Correia. “Ó Natália, só você é que me pode salvar. Tem que ir a Santarém rapidamente” — já nem sei quem é que a levou — “e tem que convencer a Pintasilgo. Faço eu a campanha, mas ela não pode desistir.” Era óbvio que, se desistisse, punha em risco a segunda volta. A Natália era muito minha amiga e até na antologia tem um poema dedicado a mim. E lá convence a Pintasilgo e comecei a fazer as duas campanhas até ao fim. Arranjei um grupo para ir para a campanha da Pintasilgo, colavam os cartazes que eu imprimia. E também dei alguma orientação política, a dizer à Pintasilgo como era… '''

Nos bem desconfiavamos !

 Estava se mesmo a ver


O líder da Iniciativa Liberal admitiu, esta segunda-feira, que há "pontos de contacto" entre o seu partido e as políticas adoptadas pelo Presidente argentino, Javier Milei, mas ressalvou que isso não significa "uma visão completamente alinhada".
"Há pontos de contacto. Não quer dizer que tenhamos uma visão completamente alinhada, nem completamente desalinhada. Acompanhamos com muito interesse o que se passa naquele país", disse Rui Rocha, em declarações aos jornalistas em frente à embaixada da Argentina em Lisboa após uma reunião com o novo embaixador no país, Federico Alejandro Barttfeld. =Publico=


29 novembro 2024

É no que dá a política do governo da "AD"

 Um escândalo 
 de bradar aos céus !


Não aconteceu agora mas...

Um post de 2016
 que nos recorda quão
 democratas eles são

29 novembro 2016

Que grande lata !

Rangel no seu melhor

Imodéstia à parte, nem precisava de ler o artigo de Paulo Rangel hoje no Público para saber que argumento fundamental iria usar para tentar justificar um tão escabroso título: nem mais menos que os EUA são uma República Federal, daí o Colégio Eleitoral e, no fundo, uma espécie de eleição indirecta  Presidente. Mas tem azar Paulo Rangel: é que, por exemplo, o Brasil também é um República federal e não consta que lá alguma vez o segundo mais votado tenha sido eleito Presidente.  Bem no fundo, Paulo Rangel, tal como outros, refugia-se num formalismo seco onde a vontade real e maioritária dos votantes é um pormenor a esquecer depressa, onde o principio fundador de um homem - um voto é esmagado por obsoletas e velhas regras com 186 anos e através do qual aqueles que atiram para o lixo dois ou três milhões de votos são capazes depois de perorar candidamente sobre o desencanto dos cidadãos com a política.
P.S. Quem não pensa como Rangel é uma larga maioria de norte-americanos que, segundo sondagens, pelo menos desde há 20 anos, dizem preferir que se acabe com o Colégio Eleitoral e se dê primazia aos voos populares.
á 20 a