02 maio 2022

Ligeireza e má-vontade

Pontos nos is numa
campanha insidiosa

«Segundo o jornal, pelo menos 160 refugiados ucranianos terão sido recebidos por Igor Khashin, da Associação dos Emigrantes de Leste (Edintsvo), e pela mulher, Iulia Khashin, funcionária do município, que terão, alegadamente, fotocopiado documentos de identificação dos refugiados ucranianos, no âmbito da Linha de Apoio aos Refugiados da Câmara de Setúbal.» («Público» online)

Dezenas e dezenas de notícias sobre o caso «refugiados em Setúbal» continuam a referir como grande queixa contra os procedimentos do respectivo gabinete de apoio aos refugiados em Setúbal o facto de terem sido fotocopiados os seus documentos de identificação.

Ora, para além de já ter sido esclarecido que esses actos de fotocopiar documentos de identificação corresponder ao protocolo existente que vincula todos os órgãos de administração, só um empedernido espirito de campanha política pode explicar esta continuada tentativa de transformar em algo escandaloso o que se mete pelos olhos adentro que é um procedimento natural e indispensável.

E cabe mesmo perguntar : s
erá que todos o que tratam como escândalo e perigosa prática as fotocópias de documentos de identificação dos refugiados imaginam porventura que o processo de regularização dos refugiados se pudesse fazer apenas na base de «trinta e um de boca» ? 

P.S.: Sobre a guerra ler aqui no DN uma resposta de António Filipe a Daniel Oliveira.

3 comentários:

  1. Creio que para alguns ou quase todos, principalmente os anticomunistas, esta é uma campanha para denegrir, senão mesmo tentar acabar com o PCP, como partido político.
    Durão Barroso tentou fazer o mesmo em 2004, dizendo num congresso do seu partido que se ocorresse algum atentado terrorista em algum estádio de futebol (Euro 2004), ele culparia diretamente o PCP.
    A razão é clara e certa. O PCP é um partido revolucionário e como partido revolucionário é uma afronta a todos estes partidos que se dizem democráticos (e que não têm ideias e políticas necessárias para o país avançar).
    Por estranho que pareça, os partidos e pessoas mais agressivas ao PCP e mais anticomunistas são sobretudo aqueles que se dizem de «esquerda».
    É mais uma tentativa de destruir, senão mesmo aniquilar o PCP como partido político.
    Podem tentar, mas não vão conseguir.

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  2. Daniel Oliveira é um desses incendiários para quem também já vale tudo, aproveita a invasão da Ucrânia para destilar rancor antigo, esquecendo-se do apoio público que manifestou à invasão da Líbia. Está bem à vista o resultado dessa invasão. Um país destruído sem rei nem Roque.

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  3. Porquê tratar com tanta cordialidade um cínico como Daniel Oliveira que nem sabe a história da guerra nestes últimos cinquenta anos?
    É muito provável que Daniel Oliveira passe os olhos pelo texto de António Filipe, como também é mais provável que não o leia. Este sente-se melhor acompanhado pelos seus amigos e conhecidos (e ditos) jornalistas de direita.
    Daí que perder o nosso tempo precioso com pessoas cínicas e demagogas, como Daniel Oliveira, é sempre tempo mal empregue.

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