Ai ai,
a separação de funções
Certamente para dar sequência a um antigo editorial em que Manuel Carvalho acusava a comunicação social de levar o Chega «ao colo», o «Público» foi a correr entrevistar Diogo Pacheco de Amorim, vice-presidente do Chega por ser o putativo substituto de André Ventura na AR.
Questionado sobre a sua pertença ao MDLP, o entrevistado declarou com a maior desfaçatez que « mesmo que tivesse acontecido alguma atitude menos correcta dado o período conturbado, eu estava no gabinete político, que não tinha nada a ver com a parte operacional. O gabinete político onde estava o antigo bastonário da Ordem dos Advogados [Pacheco de Amorim refere-se a José Miguel Júdice] e ninguém se lembrou de o chatear com isso».
Tudo visto, ficamos a saber que para pôr bombas e matar pessoas a boa definção de Pacheco de Amorim é «alguma atitude menos correcta» e que no MDLP quem tratava de política não tratava de bombas embora estas fossem a principal expressão da política da organização. De uma coisa não restam dúvidas: omembro do «gabinete político» do MDLP sabian que havia uma «parte operacional» e que a mesma não se ocupava de jardiinagem.
Diogo Pacheco de Amorim e José Miguel Júdice: tudo bons rapazes. Um morto aqui, um estropiado ali. «Terroristas de veludo».
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