inocentes de dizer
Na crónica de Francisco Louçã hoje no Público não consigo deixar de reparar em duas coisas:
- uma, que era de esperar, é que, quanto ao «incidente» Jerónimo - Catarina, ele consegue passar convenientemente ao lado de que quem começou a «festa» foi Catarina Martins ao fazer uma generalização abusiva e injusta sobre o silêncio «das autarquias» face às políticas da troika; enfim, é o costume - é sempre o PCP que «ataca» e é sempre o BE que é «vítima» de ataques do PCP;
- a outra é que, perspectivando prováveis resultados, escreve F. Louçã: «Tudo leva a crer que, onde tem a presidência, o PCP se mantenha e, onde é minoritário, continua numa fasquia relevante. Confirmará assim a sua força orgânica e o secretário-geral discursará aos militantes sobre o trabalho do seu partido». Os sublinhados que acabo de fazer apontam os dois para uma ideia de fortaleza ou partido virado para si mesmo. Sendo absolutamente certo que na noite de 1 de Outubro Jerónimo de Sousa falará ao País e aos portugueses e sendo certo que os resultados eleitorais do PCP não são de facto separáveis da sua força orgânica, a verdade é que, a serem assim os resultados previstos por Louçã, se trata não do efeito mecânico de qualquer «máquina» mas de força eleitoral atestada pela vontade de várias centenas de milhar de cidadãos eleitores.
Sempre me emocionou aquele ar doutoral que o dr. Francisco Louça tão bem interpreta, apoiado por um discurso de sabedoria única, saltitado, segredado, sugerido, como se notasse a falta da batuta para o personagem ficar completo! Não conheci outro, não só por ele ser peça única, mas também por que não é de fácil desempenho o papel que lhe coube!
ResponderEliminarMovem-se as folhas
ResponderEliminarno chão que pisamos
Vítor bem observado,Muito bem.
ResponderEliminarPosso perguntar se é paranóia minha ou o BE anda a fazer umas autárquicas anti-pcp?
Outra pergunta Vítor está porque não tenho conhecimento basto como o teu, mas achas que a CDU vai perder câmaras municipais?
Grande abraço, bom domingo e desculpa o incômodo.