12 maio 2016

Palavra de honra



.. e os chefes deixassem, garanto-vos que já estaria no terreno a investigar (para depois contar aos leitores) como foi possível em três dias montar uma campanha de propaganda viciosa e tão poderosa como articulada e diversificada com pretexto na defesa dos 28 colégios privados com contratos de associação com o Estado.

Sim, havia de querer saber (porque é do interesse público) como em tão pouco tempo se encomendaram e distribuíram carradas de t-shirts amarelas, se imprimiram cartazes e faixas, se conseguiu que uma inscrição no chão do pátio de um colégio fosse logo filmada por um drone da TVI, se arranjaram «50 mil cartas» ( cartas-tipo ou com vários modelos ? os pais que pagam a integralidade das propinas também assinaram ? e o Jacinto Leite Capelo Rego também assinou ?), e se  os 97% de colégios privados também se envolveram nesta campanha dos 3% que tem contratos de associação e assim lhes fazem concorrência desleal ?.

E, mais tarde, faria mesmo tudo para ter acesso à provável factura de alguma agência de comunicação e ao seu relatório sobre o trabalho realizado.

É claro que eu não ganharia o Pulitzer mas, imodéstia à parte, seria certamente uma útil viagem aos bastidores de uma operação e uma contribuição para a transparência que alguns tanto reclamam mas só para os outros.

2 comentários:

  1. Muito bom este comentário. Concordo. Todos poderiam parar para pensar. Pensar dá muito trabalho.

    ResponderEliminar
  2. Quando quiz a minha filha numa privada paguei que foi uma maravilha.
    Se querem as criancinhas numa escola privada que fica perto de uma publica e escolhe a privada então que a pague.
    Quem está nas lonas também precisa de aprender e s´o pode ir para a publica.

    ResponderEliminar